Ecumenismo: Pastor da comunidade luterana em Roma

Legado do pontificado vai continuar a «indicar o caminho» para o diálogo entre as diferentes comunidades cristãs, diz Jens-Martin Kruse

21/02/2013

O pastor da comunidade luterana de Roma elogiou hoje o impulso que o pontificado de Bento XVI deu ao relacionamento entre as diversas comunidades religiosas de matriz cristã.

Numa mensagem publicada hoje na edição online do jornal 'L'Osservatore Romano', Jens-Martin Kruse recorda principalmente “três gestos” ecumênicos que o Papa alemão protagonizou, o último dos quais “durante a oração para a abertura do Encontro europeu dos jovens, na Praça de São Pedro, a 29 de dezembro de 2012”.

“No lugar onde, habitualmente, se encontra a cátedra do Papa, havia uma cruz. Como os irmãos de Taizé, também o Papa se ajoelhou diante da cruz, permanecendo assim por alguns minutos em oração e meditação”, descreveu aquele responsável religioso.

Para Jens-Martin Kruse, tratou-se de “um gesto impressionante, da concepção que o Papa tem de si e indício claro da mensagem fundamental da fé: há um só Cristo, para o qual todos os cristãos olham juntos”.

Em setembro de 2011, Bento XVI visitou o “ex-convento dos Agostinianos em Erfurt”, na Alemanha, tornando-se no primeiro Papa a entrar “no lugar onde Martinho Lutero (1483-1546) foi ordenado sacerdote e celebrou a primeira missa”.

Na altura, Joseph Ratzinger reuniu-se com os bispos da Igreja evangélica luterana germânica e depois celebrou junto com eles o culto, numa atitude que, segundo o líder da comunidade luterana de Roma, reforçou a ideia de “proximidade e comunhão” entre as duas Igrejas.

A forma como o Papa alemão abordou o diálogo com as outras sensibilidades cristãs tem para Jens-Martin Kruse uma “importância permanente para o ecumenismo” e vai no futuro continuar a “indicar o caminho” para uma boa convivência entre as diferentes comunidades.

O pastor conclui a sua comunicação recordando o terceiro gesto ecumênico de Bento XVI, que durante uma visita à comunidade evangélica luterana de Roma a 14 de março de 2010, também celebrou o culto na igreja de Christuskirche, mais “um sinal muito especial” da disponibilidade e do respeito do Papa pela “tradição luterana”.

Naquela ocasião, o Papa sublinhou a importância do ecumenismo e reconheceu que “o caminho dos discípulos de Cristo dividiu-se em tantos percursos que o testemunho dos cristãos obscureceu-se”.

Bento XVI lamentou também o fato de não ser possível que todos os cristãos celebrem juntos a Eucaristia, e confiou na ação de Deus para atingir a desejada “unidade”.

Fonte: Agência Ecclesia
 

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