A Igreja Evangélica de Confissão Luterana dentro do Protestantismo Brasileiro

A IGREJA EVANGÉLICA DE CONFISSÃO LUTERANA DENTRO DO PROTESTANTISMO NO BRASIL

A Fé Cristã, Curso por Correspondência, Editado pela Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Caderno No. 12, Editora Sinodal, São Leopoldo 

I. Primeiros Contatos do Protestantismo com o Brasil 

Já muito cedo na história do nosso País temos notícia de pessoas evangélicas. Pelo ano de 1530, por exemplo, vivia em São Vicente um escrivão chamado Heliodoro Hessus. Era filho de Eobano Hessus, amigo de Martin Luther. Mais conhecido ainda tornou-se o nome de Hans Staden, um luterano de Hessen que, pelo ano de 1550, viveu algum tempo no Brasil. No livro que editou após a sua volta à pátria narra a sua prisão, pelos índios, da qual conseguiu fugir, e fala de outros perigos pelos quais passou, dizendo que nesses infortúnios havia encontrado conforto nos hinos de Luther. Tais notícias são confirmadas pelo Padre Anchieta1 que relata ter deparado na região de São Vicente com defensores de ideias luteranas. Além dessa existência isolada de cristãos evangélicos, houve nos dois primeiros séculos duas tentativas de formar uma Igreja Evangélica: 

1. À invasão francesa na Guanabara, em 1555, estava ligado o plano, apoiado por Coligny, de formar um reino subártico francês, no qual os huguenotes encontrariam liberdade religiosa. Formou-se uma primeira comunidade, com 3 pastores reformados, que logo começaram a catequizar os índios do Botafogo. O primeiro culto evangélico realizou-se em Invocavit de 1557, na ilha hoje denominada de Villegaignon. Desentendimentos internos, e principalmente a traição de Villegaignon, puseram um fim à existência da comunidade. Os pasto-. res, presos, apresentaram por escrito a sua fé, a Confessio Fluminensis. Dois pastores morreram como mártires de sua fé2

2. No Norte do País, no tempo da invasão holandesa, formou-se um Sínodo Evangélico muito ativo. Durante o governo de Moritz von Nassau-Siegen havia 25 pastores. Dedicavam-se à missão entre os índios, como à catequese dos portugueses. Após a derrota dos holandeses, os pastores deixaram o País3

Para a história brasileira a existência dessas comunidades evangélicas ficou sem influência. Ambas as tentativas estavam ligadas a ações políticas. E, como no combate a essas invasões surgiu, pela primeira vez, uma noção de nação brasileira, formou-se na consciência do povo a opinião de serem nacionalismo e protestantismo contrastes irreconciliáveis. 

II. Igrejas com Origem no Trabalho Missionário

Principalmente de Missionários Norte-Americanos 

Comunidades e, posteriormente, Igrejas evangélicas brasileiras começam a formar-se a partir do século XIX. Historicamente o protestantismo no Brasil tem duas origens diferentes: 

1. o trabalho missionário, principalmente por parte de missionários norte-americanos; 

2. a imigração de evangélicos, principalmente da Alemanha. 

1. Os primeiros missionários foram dois metodistas que, em 1836, chegaram ao Brasil, regressando, porém, após poucos anos. Só em 1876 o trabalho metodista foi reiniciado, com a vinda do Rev. Ranson e, posteriormente, Tucker. Primeiros centros foram Rio, São Paulo e Juiz de Fora (o Rev. Cranberry). A Igreja Metodista hoje é episcopal, dividida em 5 dioceses, e é membro do Conselho Mundial de Igrejas4.

Em 1855 os congregacionalistas iniciaram o trabalho na Capital do País, com o missionário Kalley. Em 1858 foi organizada a Primeira Igreja Evangélica Fluminense. Hoje mantém trabalhos principalmente no centro e no norte do País5. O primeiro missionário presbiteriano, Rev. A. G. Simon, chegou ao Rio em 1859. Em 1861 proferiu a primeira prédica em português e em 1862 fundou a primeira Igreja Presbiteriana no Brasil, no Rio de Janeiro. Em 1867 deitou-se a base do primeiro seminário, no Rio. Em 1873 foi iniciada a obra no Norte do País, tendo Pernambuco como centro. Hoje trabalha em todos os Estados, sendo o Rio Grande do Sul o último no qual foi iniciado o trabalho6

Em 1903 sete ministros da Igreja Presbiteriana, entre eles Eduardo Carlos Pereira, por motivos doutrinários, principalmente com relação à maçonaria, se desligaram, passando a formar a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.

A Igreja Batista, dentro deste grupo, é a denominação que mais se desenvolveu, sendo superada apenas pela Assembleia de Deus. A primeira igreja batista foi organizada em 1873 entre os americanos de Santa Bárbara (Estado de São Paulo). Destacam-se entre os primeiros missionários os Revs. Bagby e Ta,ylor. O primeiro seminário batista foi fundado no Rio de Janeiro7

A Igreja Episcopal começou o seu trabalho no Rio Grande do Sul, em 1890. Os primeiros missionários foram Kinsolving e Morris. Foi fundado o Seminário de Porto Alegre, posteriormente transferido para São Paulo. A Igreja Episcopal conta 3 dioceses, das quais 2 na Rio Grande do Sul, com 3 bispos vitalícios. -É membro do Conselho Mundial de Igrejas8.

O Movimento Pentecostal (Assembleia de Deus) iniciou o trabalho no Brasil em 1910, com a vinda de dois missionários americanos de origem sueca, Daniel Berg e Olaf Uldin, em Belém do Pará. Desenvolveu-se de modo surpreendente. Não há hoje centro urbano em que não esteja presente a Assembleia de Deus, constituindo centros de irradiação que se expandem para toda a área do Brasil. É o maior movimento evangélico, e o que cresce mais rapidamente9

III. Igrejas com Origem na Imigração de Evangélicos 

1. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)10 tem a sua origem na vinda de imigrantes evangélicos para o Brasil, a partir do início do século XIX. Ela é, portanto, a mais antiga Igreja evangélica no Brasil. Após a proclamação da Independência do Brasil o governo imperial incentivou a imigração europeia, já antes iniciada, porque o País necessitava de homens para cultivar o solo. Com essa imigração, no começo quase totalmente da Alemanha, e que se estenderia por todo o século, pela primeira vez, trezentos anos após o descobrimento, vieram evangélicos, em número considerável e para sempre, ao Brasil. A primeira colônia alemã no Brasil fundou-se em 1818, na Bahia, recebendo o nome de Leopoldina, em homenagem à princesa Leopoldina. No mesmo ano fundou-se a colônia São Jorge dos Ilhéus, também na Bahia. Em 1818, por suíços franceses, foi fundada a colônia Nova Friburgo, no Estado do Rio, à qual se juntaram em 1823 famílias alemãs, entre elas o primeiro pastor evangélico no Brasil, o Pastor Sauerbronn11

a) Época da Existência de Comunidades Isoladas 

Enquanto a imigração planejada em Santa Catarina, Paraná e outros Estados começou apenas a partir de 1850, no Rio Grande do Sul os primeiros imigrantes chegaram em 1824, desembarcando em São Leopoldo no dia 25 de julho. Entre os imigrantes da segunda leva, em 1824, se encontrava o Pastor Ehlers12, que em Hamburgo exercera as funções de sacristão-mor, tornando-se o primeiro pastor dos imigrantes, com sede em São Leopoldo. Seguiram-se o Pastor Klingelhoeffer13, que depois veio a morrer em combate na Revolução Farroupilha, e o Pastor Voges14, que se radicou em Três Forquilhas, com o seu nome transformado pelo povo em Borges. Quanto à situação dos evangélicos no País a Constituição Política do Império, de 25 de março de 1824, determinava em seu artigo 5: A Religião Católica Apostólica Romana continuará a ser a religião do Império. Todas as outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico ou particular, em casas para isso destinadas, sem forma alguma exterior de templo. Esse artigo até a proclamação da República, em 1889, é a base legal para a existência e o trabalho de cristãos e comunidades evangélicas no Brasil.

Nos primeiros anos, alguns pastores evangélicos, como os sacerdotes católicos, recebiam um ordenado do Estado; o Governo ajudava, também, na aquisição de cemitérios e de moradias para os pastores. Mas isso acontecia sem fundamento legal, era uma medida passageira, dos primeiros tempos, e nunca geral. Na realidade, imigrantes e pastores, quanto à vida eclesiástica, estavam inteiramente entregues a si mesmos. Os pastores eram poucos, tinham vindo casualmente e, na maioria, careciam de uma formação teológica regular. Passaram 35 anos, isso é, uma geração inteira, até que entidades eclesiásticas na Alemanha começassem a reconhecer e a assumir a sua responsabilidade pelos irmãos que haviam emigrado para o Brasil.

As comunidades eram inteiramente autônomas. Escolhiam como pastor a quem julgavam competente, demitindo-o quando lhes parecia conveniente. O pastor era simples empregado. As comunidades eram associações livres, sem estatutos, dando margem às maiores arbitrariedades. As consequências destes primeiros 35 anos, em parte, ainda hoje se fazem notar. 

b) A Formação de Sínodos

Um novo período começa em 1864 com a vinda do Pastor Borchard15, que assumiu a paróquia de São Leopoldo. Fora enviado pela Evangelische Gesellschaft für die protestantischen Deutschen in Südamerika. 

Após várias tentativas de organizar a vida eclesiástica com o apoio do Estado, por meio da instituição, pelo mesmo, de um Consistório Evangélico — tentativas que não lograram êxito devido ao caráter católico do Governo — Borchard propôs a formação de um Sínodo. Esse se constituiu no Rio Grande do Sul em 1868 com a presença de 9 pastores e outros tantos representantes de comunidades. Borchard foi eleito presidente. Os estatutos dizem:

§ 1o — O Sínodo Evangélico Alemão da Província do Rio Grande do Sul, baseando-se exclusivamente na Sagrada Escritura, reconhece as confissões principais da Reforma, em especial a Confissão de Augsburgo.

§ 2o — O Sínodo Evangélico Alemão do Rio Grande do Sul, em doutrina, culto e disciplina, segue a Igreja Evangélica na Alemanha, principalmente na Prússia, e reconhece o Supremo Conselho Eclesiástico Evangélico em Berlim como autoridade eclesiástica máxima.

Interessante é o § 9 O Sínodo procurará estabelecer contatos com o Sínodo Evangélico dos Estados do La Plata, assim como com as conferências pastorais e comunidades nas demais províncias do Brasil.

A formação desse Sínodo foi uma tentativa de organizar a vida eclesiástica evangélica com o auxílio da autoridade eclesiástica na Alemanha. Embora se tenha reunido mais duas vezes, juridicamente não chegou a existir, porque o Evangelischer Oberkirchenrat de Berlim não reconheceu os estatutos, nem a filiação do Sínodo prevista nos mesmos. O Pastor Borchard regressou para a Alemanha.

Em 1875 começa o trabalho do Pastor D. Wilhelm Rotermund16. Luterano da Igreja de Hannover, fora enviado ao Brasil por Fabri17, da Evangelische Gesellschaft für die protestantischen Deutschen in Südamerika. Assumiu a paróquia de São Leopoldo, como sucessor de Borchard. Havia naquele ano 15 paróquias e pastores no Rio Grande do Sul.

Para representar e defender a causa evangélica em público, principalmente contra os ataques de von Koseritz18, que, naquela época, propagava o materialismo alemão, Rotermund fundou em 1877 o Deutsche Post, jornal impresso em oficinas próprias, e que só em 1926 deixaria de aparecer. Por meio de circulares procurou estabelecer maior contato com os pastores. Na sétima circular, em 1886, Rotermund apela para a formação de um Sínodo.

Haviam fracassado as tentativas de dar uma ordem à vida eclesiástica evangélica com auxílio da autoridade do governo provincial; havia igualmente fracassado a tentativa de obter uma regulamentação com o auxílio da autoridade eclesiástica na Alemanha. Rotermund, em 1886, tem a coragem de estabelecer urna autoridade eclesiástica genuinamente brasileira, apoiando-se na autonomia das próprias comunidades. Juntamente com a circular mencionada ele dá a conhecer um esboço de estatutos, cujos 2 primeiros artigos têm o seguinte teor:

Art. 1o — Sob o nome 'Sínodo Riograndense' forma-se uma associação de comunidades evangélicas da Província do Rio Grande do Sul com a finalidade de cuidar da boa ordem nas comunidades evangélicas e representar os interesses das mesmas em Igreja e Escola. Comunidades existentes fora da Província poderão filiar-se ao Sínodo.

Art. 2o — Com base na Sagrada Escritura o Sínodo confessa os símbolos da Reforma Alemã, em especial a Confissão de Augsburgo, seguindo em culto, doutrina e disciplina as igrejas da Reforma. Esse Sínodo baseia-se na autonomia das comunidades. Nem o governo da Província, nem a Igreja na Alemanha, mas as próprias comunidades constituem o Sínodo, garantindo a sua existência e determinando sobre a sua competência. Toda a autoridade eclesiástica provém das comunidades. Rotermund foi eleito presidente do Sínodo, em 188619.

Dez anos depois, em 1896, no Estado de Santa Catarina se deram os primeiros passos para uma organização sinodal. Formou-se, sob a iniciativa do Pastor Runte20, a Conferência Pastoral Evangélica de Santa Catarina à qual, em 1907, com a presença de 11 pastores e do Propst D. Braunschweig21 (representante da Igreja na Alemanha) se deu estatutos, segundo os quais visa representar também as comunidades e estreitar o contato entre elas. Em 1909, na reunião em Blumenau, a Conferência é transformada na Associação Paroquial Evangélica Alemã de Santa Catarina, sob a presidência do Pastor Mummelthey22. Após a Primeira Guerra Mundial os estatutos foram reformados e a associação passou a denominar-se Sínodo Evangélico Alemão de Santa Catarina, Paraná e outros Estados.

A distância geográfica dos diversos centros de colonização, a falta de comunicação entre eles, assim como a diversidade de entidades eclesiásticas que enviavam pastores, dificultaram a organização sinodal em Santa Catarina. Ao lado da Conferência Pastoral formou-se em Santa Catarina uma segunda entidade eclesiástica, que passou a denominar-se Sínodo Evangélico Luterano, com trabalho nos Estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Espírito Santo. O Lutherischer Gotteskasten, da Alemanha, que até então enviara pastores para os Estados Unidos, em 1897 enviou o primeiro pastor para o Brasil, o Pastor Kuhr23, que assumiu a paróquia vacante da Inselstrasse. Outros pastores do Gotteskasten vieram, assumindo as paróquias de Joinville, Dona Francisca e outras, no Paraná, Santa Catarina e Espírito Santo, onde o trabalho tinha sido iniciado por missionários da Basiléia. Em 1905 constituiu-se o Sínodo Evangélico Luterano de Santa Catarina, Paraná e outros Estados.

O Sínodo Evangélico do Brasil Central foi constituído nos anos de 1912/13, com sede no Rio de Janeiro (onde existia uma comunidade desde 1827) e campos de trabalho nos Estados de São Paulo, Rio, Minas Gerais e Espírito Santo. Em extensão geográfica é o maior, em número de comunidades e membros o menor dos Sínodos24.

A proclamação da República em 1889 trouxera inteira liberdade de culto. A Constituição de 1891 estabelece no seu artigo 72: Todos os indivíduos e confissões religiosas podem exercer pública e livremente o seu culto, associando-se para esse fim e adquirindo bens, observadas as disposições do direito comum. Nenhum culto ou igreja gozará de subvenção oficial, nem terá relações de dependência ou aliança com o governo da União ou dos Estados. Dispõe ainda: as organizações religiosas são associações civis, podendo adquirir o status de pessoas jurídicas. Com isso, os estatutos, não só dos Sínodos, mas também das comunidades, se tornam obrigatórios, sendo lei para a própria comunidade, limitando, as- em parte, as arbitrariedades.

c) Intensificação das Relações para com a Igreja-Mãe

Com o ano de 1900 começa um novo capítulo na história dos Sínodos e das comunidades. Neste ano a Igreja da Prússia, a APU (Altpreussische Union), por meio de decreto, abriu a possibilidade de serem filiados a ela pastores e comunidades do Brasil. O Sínodo Rio-grandense resolveu recomendar tal filiação a seus pastores e comunidades. Também comunidades e pastores dos outros Sínodos fizeram uso dessa possibilidade, com exceção do Sínodo Evangélico Luterano, que procurou filiar-se à Igreja da Baviera, o que essa, porém, não aceitou. A filiação à APU, com a qual essa assumiu compromissos para com pastores e comunidades. implicava a inclusão nos estatutos das seguintes disposições: Em caso de dissolução os bens pertencerão ao Sínodo Evangélico Alemão, e: A comunidade só pode ter um pastor reconhecido pelo Sínodo, e: Qualquer alteração destes estatutos depende do consentimento do Sínodo. É evidente que, com essas disposições, a APU procurava fortalecer a posição dos Sínodos diante do individualismo das comunidades.

Houve visitas oficiais de pessoas de destaque da vida eclesiástica na Alemanha, como do Superintendente Geral D. Zoellner25 e do D. Braunschweig, pelo ano de 1908/10, para resolver questões administrativas. D. Braunschhweig foi nomeado representante permanente da APU, com sede em Porto Alegre.

Essas relações para com entidades eclesiásticas na Alemanha, embora interrompidas por algum tempo durante a Primeira Guerra Mundial — ano em que as comunidades começaram a sentir e a assumir a sua própria responsabilidade — foram intensificadas após os anos da Guerra. Contudo, havia-se dado alguns passos importantes: Foi estipulada, pela primeira vez, uma contribuição sinodal; o Sínodo Rio-grandense elaborou novos estatutos, que foram aceitos em 1922; foi fundada a Caixa de Aposentadoria dos Pastores; e foi fundado, em 1923, em Cachoeira, pelo Pastor Hermann Dohms, o Instituto Pré-Teológico que, em 1927, foi transferido para São Leopoldo.

Mas, a partir de 1925, foram restabelecidas, e sempre mais estreitadas, as relações para com a Igreja na Alemanha. Em 1928 o Sínodo Rio-grandense, como organização eclesiástica, filiou-se ao Deutscher Evangelischer Kirchenbund (Federação de Igrejas Evangélicas da Alemanha), posteriormente Igreja Evangélica Alemã; foi seguido pelo Sínodo Evangélico Luterano, que se filiou em 1933. As relações eram regulamentadas por convênios. Com esse ato a Igreja Evangélica na Alemanha assume a responsabilidade pela aposentadoria dos pastores, assistência às famílias, assim como outros compromissos de ordem pessoal e financeira, trazendo consigo um grande desenvolvimento do trabalho; mas, com esse ato, estagnaram os esforços dos Sínodos de se tornarem autônomos, financeira e juridicamente. A suprema autoridade eclesiástica, nos Sínodos, estava com os poderes eclesiásticos na Alemanha.

d) Em Caminho para uma Igreja Autônoma Brasileira

Uma nova época na história eclesiástica evangélica do Brasil começa em 1938. Neste ano, pela primeira vez, se reuniram os presidentes dos quatro Sínodos, para estabelecer em linhas gerais uma ação em conjunto para os anos vindouros, durante os quais, como já era evidente, poderiam contar apenas com seus próprios recursos, sendo necessário atuar como Igrejas de fato autônomas. Esse contato entre os Sínodos, através da conferência de seus presidentes, estreitou-se sempre mais durante os anos subsequentes, culminando na resolução unânime de se unirem os quatro Sínodos em uma só Igreja brasileira, de confissão luterana, independente e autônoma. Mas ficou estabelecido que, por motivos de lealdade, esse ato se concretizasse somente em comum acordo com a Igreja-Mãe, da qual estariam separados por longos anos. Em 1948 o Presidente do Departamento de Relações Exteriores da Igreja Evangélica na Alemanha26 fez saber aos Sínodos que, segundo a sua convicção, havia chegado o momento de se unirem os quatro Sínodos em uma Igreja autônoma brasileira, cujas relações para com a Igreja Evangélica na Alemanha seriam reguladas por um convênio entre ambas as Igrejas. Esse convênio foi ratificado em 1955, achando-se ainda em vigor.

Os anos da Segunda Guerra Mundial foram de importância decisiva para a conscientização das comunidades quanto à sua própria responsabilidade e, de importância maior ainda, para a reavaliação teológica da tarefa da Igreja. Nestes anos se concretizou uma transformação já há muito preparada: a época da Igreja dos imigrantes, cuja tarefa primordial era a de congregá-los e mantê-los unidos, estava chegando ao fim; e em seu lugar surgia uma Igreja arraigada no País, participe da responsabilidade pela formação da vida do seu povo, responsável para que neste País hoje e no futuro, a todos os homens, sem distinção alguma, seja anunciado o Evangelho de Jesus Cristo.

Um dos primeiros atos em que se manifestou essa transformação, foi a fundação da Escola de Teologia, em São Leopoldo, em 1946, hoje Faculdade de Teologia da IECLB.

Em 1949 os quatro Sínodos, através de seus órgãos competentes, aceitaram a Ordem Básica (Constituição) de uma Federação Sinodal a ser por eles constituída. Em maio de 1950 realizou-se em São Leopoldo o Concílio Eclesiástico Constituinte da Federação Sinodal, presidido pelo D. Hermann Dohms, presidente do Sínodo Rio-grandense que, nessa qualidade, segundo a Constituição, seria o presidente ex-officio da Federação Sinodal até o II Concílio. O Concílio de 1950 ratificou urna Declaração básica, apresentada por D. Dohms, de importância decisiva para a evolução da Federação, que culminou nas 4 seguintes teses:

1. A Federação Sinodal é Igreja de Jesus Cristo no Brasil com todas as consequências daí advindas para a proclamação do Evangelho neste País e para a corresponsabilidade pela formação da vida política, cultural e econômica de seu povo.

2. Esta Igreja é confessionalmente determinada pela Confissão de Augsburgo e o Pequeno Catecismo de Lutero, pertence à família das Igrejas moldadas pela Reforma de Martim Lutero, e quando adotará em lugar de 'Federação' a denominação de 'Igreja', o que esperamos para breve, exprimi-lo-á nesta mesma denominação.

3. Como Igreja assim determinada confessionalmente, a Federação Sinodal se encontra na comunhão das Igrejas representadas no Conselho Mundial, as quais reconhecem o Evangelho de Jesus Cristo, que nos transmite a Sagrada Escritura, como única regra e diretriz de sua obra evangélica e de sua doutrina.

4. A Federação Sinodal cultiva a comunhão de fé com a Igreja-Mãe, a Igreja Evangélica na Alemanha, que pela sua Ordem Básica evidencia a comunhão da cristandade evangélica na Alemanha e se enquadra na ordem ecumênica.

Destas frases, como da Ata do 1 Concílio, deduz-se claramente que a Federação Sinodal desde o início é Igreja. Na qualidade de Igreja, e como tal reconhecida, foi aceita em 1951/52 como membro do Conselho Mundial de Igrejas e da Federação Mundial Luterana, e em 1958, como Igreja, tornou-se membro efetivo da Confederação Evangélica do Brasil.

Já o II Concílio Eclesiástico em 1954, em São Leopoldo, alterou o nome, acrescentando Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, passando, portanto, a ser o nome da entidade: Federação Sinodal, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil.

No IV Concílio, novamente em São Leopoldo, no qual foi aprovada uma nova constituição, foram eliminadas as palavras do nome original Federação Sinodal. O atual nome, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil expressa o que a entidade ao ser constituída quis ser.

D. Hermann Dohms, eleito pelo II Concílio, exerceu a presidência até a sua morte, em novembro de 1956. Entrou então em exercício o vice-presidente, D. Ernesto Th. Schlieper, pastor da comunidade do Rio de Janeiro, o qual foi eleito presidente pelo III Concílio, realizado em 1958 em Curitiba, sendo reeleito pelo IV Concílio.

Segundo a Constituição atualmente em vigor, a IECLB é constituída pelos Sínodos, cujo número, após a fusão do Sínodo Evangélico de Santa Catarina e Paraná e da Igreja Luterana no Brasil, ocorrida em 1963, e que passaram a formar o Sínodo Evangélico Luterano Unido, ficou reduzido a três, os quais continuam a ser pessoas jurídicas, com sua administração própria.

Os órgãos administrativos da IECLB são:

a) O Concílio Eclesiástico, constituído: 1. dos membros do Conselho Diretor, 2. de 20 membros eleitos, dos quais 10 são delegados do Sínodo Rio-grandense, 8 delegados do Sínodo Evangélico Luterano Unido e 2 do Sínodo Evangélico do Brasil Central, e 3. de 4 membros nomeados pelo Conselho Diretor.

b) O Conselho Diretor, constituído: 1. do Presidente da Igreja, 2. do Presidente, 19 Vice-presidente, 1 pastor e 2 leigos do Sínodo Rio-grandense ; 3. do Presidente, 1º. Vice-presidente e 2 leigos do Sínodo Evangélico Luterano Unido, e 4. do Presidente e 1 membro leigo do Sínodo Evangélico do Brasil Central.

c) O Presidente da Igreja, eleito pelo Concílio Eclesiástico, com mandato de 8 anos.

Em virtude de resoluções e moções de assembleias e diretorias sinodais, bem como de conferências pastorais, no sentido de que fossem tomadas as medidas condizentes para que a IECLB em sua estrutura correspondesse á realidade expressa pelo seu nome, o Conselho Diretor, em outubro de 1965, formou uma Comissão Inter-Sinodal, incumbindo-a do estudo da reestruturação.

O resultado do estudo dessa comissão foi o anteprojeto de uma nova constituição da IECLB, que foi apresentado ao IV Concílio Eclesiástico, realizado em outubro de 1966, em Porto Alegre. Discutido, emendado e alterado, o anteprojeto foi aceito pelo Concílio como base de discussão, a ser apresentado aos Concílios Regionais e Sinodais. As emendas e alterações resolvidas pelas Assembleias Sinodais, em 1967, por incumbência do Conselho Diretor, foram estudadas e coordenadas pela mesma Comissão Inter-Sinodal de Reestruturação. Após minucioso exame pelo Conselho Diretor, o novo projeto de constituição será apresentado, para ratificação, ao Concílio Eclesiástico Extraordinário, a ser convocado para os dias 23 a 27 de outubro de 1968. Pela ratificação da nova constituição será consumada a fusão dos três Sínodos existentes.

A nova constituição prevê quatro unidades eclesiásticas:

1. a Paróquia, composta de uma ou mais comunidades;
2. o Distrito Paroquial, composto de determinado número de Paróquias;
3. a Região Eclesiástica, sobre cujo número e delimitação decidirá o Concílio Eclesiástico;
4. a Igreja.

Os órgãos administrativos centrais da IECLB serão:
1. 0 Concílio Eclesiástico;
2. o Conselho Diretor;
3. o Presidente.

Concomitantemente com a centralização, a constituição prevê uma descentralização. As Regiões serão presididas por um pastor superintendente (ou outro título equivalente), de tempo integral, que exercerá as suas funções de guia espiritual não só em virtude de sua eleição pelo Concílio Regional, mas concomitantemente, em nome do Conselho Diretor da IECLB, devendo ser pessoa de confiança do mesmo.

A administração central da Igreja estará a cargo de uma Secretaria Geral, dirigida por um pastor, nomeado pelo Conselho Diretor.

Será um novo período que começará com a ratificação da nova constituição. O Concílio Extraordinário de outubro de 1968 terá uma tarefa de singular responsabilidade, que exige uma grande fé em Deus, o Senhor da Igreja, e a confiança em que não somos nós que formamos a Igreja, mas que é Deus mesmo que pelo seu Santo Espírito determina os desígnios de sua Igreja.

2. A Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB) começou o seu trabalho no Rio Grande do Sul. No ano de 1899 o Pastor Brutschin27, pastor e ex-membro da diretoria do Sínodo Rio-grandense, dirigiu-se ao Sínodo Evangélico Luterano de Missouri, Ohio e outros Estados, no Estados Unidos, solicitando que enviassem pastores para o Rio Grande do Sul. Em 1900 foi enviado o Pastor Broders, incumbido de estudar a situação e de preparar a vinda de mais pastores-missionários. Em 1901 quatro pastores começaram a trabalhar na região sul do Rio Grande do Sul, entre imigrantes alemães e descendentes dos mesmos. Em 1902, com o Pastor Mahler, iniciou o trabalho em Porto Alegre que se tornou o centro da Igreja. Em 1904 foi constituído o Sínodo, hoje Igreja Evangélica Luterana do Brasil, como distrito brasileiro da Igreja Evangélica Luterana — Missouri Synod.

IV. Confederação Evangélica do Brasil

A Confederação Evangélica do Brasil (CEB) é uma associação de Igrejas evangélicas no Brasil que tem por fim estreitar os laços de cooperação entre as Igrejas no País e de representá-las publicamente em assuntos de interesse comum. Não é super-Igreja, não lhe cabe nenhuma jurisdição sobre as Igrejas filiadas, ficando todas as suas resoluções sujeitas ad referendum das mesmas. A CEB foi fundada em 1934, tendo, porém, como precursores três órgãos de cooperação já existentes no seio do protestantismo brasileiro: a Comissão Brasileira de Cooperação (filiada ao Committee on Cooperation in Latin America, de New York), fundada em 1916, com sede no Rio de Janeiro; a Federação de Igrejas Evangélicas, fundada em 1931; e a União das Escolas Dominicais do Brasil. Esses três órgãos se uniram em 1934 na Confederação Evangélica do Brasil. Um dos maiores batalhadores pela cooperação das Igrejas foi Erasmo Braga. Rodolfo Anders serviu por mais de 30 anos à CEB, na qualidade de secretário-executivo.

A CEB é dirigida por uma diretoria, eleita pela Assembleia Geral Bienal. O atual presidente é o Rev. Karl Gottschald28, presidente do Sínodo Rio-grandense. Os atuais membros efetivos da Confederação são: a Igreja Metodista do Brasil, a Igreja Presbiteriana, a Igreja Presbiteriana Independente, a Igreja Episcopal Brasileira, a Igreja Congregacional, a Igreja Reformada Húngara de São Paulo, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil e a Igreja Metodista Livre do Brasil.

Notas:

1. Pe. José de Anchieta, um dos mais famosos dos jesuítas que trabalharam no Brasil no séc. XVI, muitas vezes chamado «Apóstolo do Brasil». Nasceu em 1533 em São Cristóvão da Laguna, na Ilha de Tenerife; veio ao Brasil em 1549 com o primeiro grupo de jesuítas que acompanharam o 1º. Governador Geral, Tomé de Sousa; em 1578 foi nomeado Provincial dos jesuítas no Brasil, retirando-se desse cargo em 1585; faleceu em 1507 na aldeia de Reritiba, a atual cidade de Anchieta, no Estado do Espírito Santo.
2. Jean Crespin: A Tragédia de Guanabara ou: História dos Proto-mártires dos Cristianismo no Brasil. Apêndice: contendo as Atas dos Sínodos e Classes do Brasil, no século XVII, durante o domínio holandês, Rio de Janeiro, 1917. — Martin Begrich: Beiträge zur evangelischen Kirchengeschichte in Brasilien, I: Die Hugenotten in der Guanabarabucht, em: Deutsche Evangelische Blätter für Brasilien, São Leopoldo, 1938, 1 — 15. — Martin Begrich: Bilder aus der Evangelischen Kirchengeschichte Brasiliens, Erlebnisse des ersten deutschen Hugenottenpfarrers Peter Richer in Brasilien zur Zeit Calvins; e: Bilder aus der brasilianischen evangelischen Kirchengeschichte, em: Jahrweiser für die Evangelischen Gemeinden in Brasilien, Almanaque do Sínodo Riograndense, São Leopoldo, Ed. Sinodal, 1954, 31 — 35 e 1950, 34 — 37. Martin Begrich: Villegaignon und die Hugenotten 1555 — 1559 in der Guanabarabucht, Zur 400sten. Wiederkehr des Tages ihrer La,ndung em 10.3.1957, em: Estudos Teológicos, Studien und Berichte, São Leopoldo, 1956, Maio, 17 — 19. — Martin Begrich: Villegaignon und die Hugenotten in der Guanabarabucht, em: Staden-Jahrbuch, Beitrãge zur Brasilkunde, São Paulo, Instituto Hans Staden, 5 (1957,), 185 — 201. — Grottke, Gotthard: Zur Vierhundertjahrfeier des ersten evangelischen Gottesdienstes in Brasilien, em: Die evangelische Diaspora 28 (1957), 148 — 154. Martin Begrich: Was Jean de Léry und Hans Staden vor 400 Jahren in Brasilien erlebten, em: Jahrweiser für die Evangelischen Gemeinden in Brasilien, Almanaque do Sínodo Riograndense, São Leopoldo, Ed. Sinodal, 1958, 59 — 61. — Martin Begrich: Des Genfer Theologiestudenten Jean de Léry Praktikum in Brasilien 1557/58, em: Die evangelische Diaspora 35 (1964), 195 — 207.
3. Martin Begrich: Kirchengeschichtliche Bemerkungen zur Holländischen Fremdherrschaft in Brasilien 1630 — 1654, em: Deutsche Evangelische Blätter für Brasilien, São Leopoldo, 1936, 21 — 88. — Helmut Andrä: Zur Geschichte der Reformierten Kirche in Holländisch-Brasilien, em: Jahrweiser für die Evangelischen Gemeinden in Brasilien, Almanaque do Sínodo Riograndense, São Leopoldo, Ed. Sinodal, 1961, 35 — 49. — Helmut Andrä: Kalvinist und Rothaut (Indianermission in Holländisch-Brasilien), em: Staden-Jahrbuch, Beiträge zur Brasilkunde — Kulturaustausch, São Pau-lo, Instituto Hans Staden, 9/10 (1961/62), 103 — 127.
4. James L. Kennedy: Cinquenta Anos de Metodismo no Brasil (1876 — 1926), São Paulo, Imprensa Metodista, 1928. — Isnard Rocha: Histórias da História do Metodismo no Brasil, São Paulo, Imprensa Metodista, 1967. — Isnard Rocha: Pioneiros e Bandeirantes do Metodismo no Brasil (Cem Biografias), Bispos, Ministros, Pregadores Locais e Leigos da Igreja Metodista do Brasil, São Bernardo do Campo, 1967.
5. Esboço Histórico da Escola Dominical da Igreja Evangélica Fluminense (1855 — 1932), Rio de Janeiro, 1932.
6. Júlio Andrade Ferreira: História da Igreja Presbiteriana no Brasil, 2 vols., São Paulo, Casa Ed. Presbiteriana, 1959/60. — Domingos Ribeiro: História da Igreja Cristã Presbiteriana no Brasil, Rio de Janeiro, Apollo, 1940.
7. A. R. Crabtree: História dos Batistas cio Brasil, Rio de Janeiro, Casa Publ. Batista, 1937. — Antônio Neves de Mesquita :História dos Batistas no Brasil, 2 vols., 24 ed., Rio de Janeiro, Casa Publ. Batista, 1962.
8. George Upton Krischke: História da Igreja Episcopal Brasileira, Rio de Janeiro, Ed. Igreja Episcopal Brasileira, 1949.
9.Emílio Conde: História das Assembleias de Deus no Brasil, Rio de Janeiro, 1960. — Harding Meyer: Die Pfingstbewegung in Brasilien, em: Die evangelische Diaspora, Jahrbuch des Gustav-Adolf-Werkes, Kassel, 39 (1968), 9 — 50.
10. Joachim Fischer: Geschichte der Evangelischen Kirche lutherischen Bekenntnisses in Brasilien, em: Joachim Fischer Christoph Jahn (ed.), Es begann am Rio dos Sinos, Geschichte und Gegenwart der Ev. Kirche lutherischen Bekenntnisses in Brasilien, Erlangen, Verlag der Ev.-luth. Mission, 24 ed., 1970, 83 — 204 — Erlanger Taschenbücher 9 (bibliografia: p. 187 — 204).
11. Friedrich Sauerbronn, 1784 — 1867, pastor em Nova Friburgo de 1823 a 1864.
12. Johann. Georg Ehlers, nasc. em 1779, pastor em São Leopoldo de 1824 a 1844.
13. Friedrich Christian Klingelhoeffer (ou: Klingelhöfer), 1784 — 1838, pastor em Hamburgo Velho e Campo Bom de 1825 a 1838.
14. Karl Leopoldo Vages, fal. em 1892, pastor em Três Forquilhas de 1825 a 1892.
15. Dr. Hermann Borchard, 1823 — 1891, pastor em São Leopoldo de 1864 a 1870 e em Petrópolis RJ de 1870 a 1872.
16.1843 — 1925, pastor em São Leopoldo de 1875 a 1918.
17. Dr. Friedrich Fabri, 1824 — 1891, inspetor da Sociedade Missionária Renana e fundador da ‹Evangelische Gesellschaft» (1864).
18. 1834 — 1890. — Carlos H. Oberacker Jr.: Carlos von Koseritz, São Paulo, 1961. — Karl Heinrich Oberacker Jr.: Karl von Koseritz, em n Deutscher ais brasillanischer Politiker, em: Staden-Jahrbuch, Beiträge zur Brasilkunde, São Paulo, Instituto Hans Staden, 7/8 (1959/60), 65 — 117.
19. Die Vorsynode am 19. und 20. Mai 1886 zu S. Leopoldo, Provinz Rio Grande do Sul, São Leopoldo — Leipzig, Koehler, 24 ed., 1887.
20. Heinrich Runte, 1856- ?, pastor em Bedenfurt de 1884 a 1907 e de 1908 a 1909.
21. D. Martin Braunschweig, 1869 — 1930, representante da Igreja da Prússia, com sede em Porto Alegre, de 1907 a 1908 e de 1911 a 1919.
22. Walther Mummelthey, nasc. 1873, pastor em Blumenau de 1906 — 1917, em Conventos RS de 1917 a 1920, pastor para assuntos da migração interna de 1920 a 1923.
23. Otto Kuhr, fal. 1938, pastor em Estrada da Ilha de 1898 a 1899, pastor itinerante de 1890 a 1938 ( ?). — Lutherische Kirche in Brasilien, Festschrift zum 50jährigen Bestehen der lutherischen Synode am 9. Oktober 1955, São Leopoldo, Rotermund. [1955].
24. Martin Begrich (ed.): Jubiläums-Festschrift zur Wiederkehr des 50. Gründungstages der Mittelbrasilianischen Synode am 28. — 30. Juni 1912, São Paulo, 1962.
25. D. Wilhelm Zoellner, 1860 — 1937.
26. D. Martin Niemoeller, nasc. 1892, na época presidente da Igreja de Hesse.
27. Johann Friedrich Brutschin, 1844 — 1919, pastor em Dois Irmãos de 1868 a 1891 e em Estância Velha de 1891 a 1904.
28. Nasc. 1916, presidente do Sínodo Riograndense de 1956 a 1968, 19 Vice-Presidente da IECLB de 1968 a 1969, Pastor Presidente da IECLB desde 1969.

Veja:

Testemunho Evangélico na América Latina

 Editora Sinodal

 São Leopoldo - RS
 

 


Autor(a): Ernesto Theophilo Schlieper
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Testemunho Evangélico na América Latina / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1974
Natureza do Texto: Artigo
ID: 19751
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Ó Senhor Deus, o teu amor chega até o céu e a tua fidelidade vai até as nuvens. A tua justiça é firme como as grandes montanhas e os teus julgamentos são profundos como o mar.
Salmo 36.5-6
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