Ressurreição é o tema. Não estava em nossas preocupações para os próximos quatro números. Tínhamos Evangelização e outros. Porém a morte de nosso companheiro Breno e a necessidade urgente de fazer mais conhecido o testemunho de sua vida, levaram-nos a mudar o esquema.
Por outro lado o farto material que tivemos em mãos, o trabalho de seleção, a ida a Juiz de Fora por ocasião da Semana de Oração pela Unidade e o mundo de pequenas coisas que surgiram levou-nos a este atraso no lançamento deste SUPLEMENTO-4.
Mas, por que o Breno? A resposta vocês vão ter lendo uns poucos sermões (seleção difícil entre mais de oito dezenas de peças simples, mas ricas e incarnacionais), dados biográficos, a palavra do Padre Jaime, urna semana após a morte, e observações de amigos e colaboradores. Há mesmo um sem-número de escritos e trabalhos, perdidos alguns definitivamente, que dariam livro ou livros sobre a obra, pensamento e vida desse semi-rapaz, semi-adulto, --- meias dimensões físicas, — que, no entanto foi de uma grandeza que ultrapassou sua Igreja Luterana, sua Paróquia juiz-forana e o movimento ecumênico.
As constantes de sua pregação eram Ressurreição, Esperança, Reino de Deus, Discipulado. Eu, no entanto, pequeno conhecedor de sua imensidão, arrisco dizer que Discipulado foi a essência dele mesmo.
Os retalhos, que, nesta fronteira de redator da Revista do CEI, recolhi para levar-lhes, a vocês, leitores, tiveram um objetivo mostrar-lhes o DISCÍPULO — escrevo com maiúsculas intencionalmente.
Por isso este número 4 é Breno de capa a capa. A sua vida é igual à de muitos, mas é singular porque andou espantosamente próxima de nós, próxima e impregnada em nós.
Num mundo tão vazio de discípulos do Cristo e tão cheio de ex-quase-discípulos é bom e gostoso repetir urna afirmativa do próprio Breno: Podemos ser verdadeiros discípulos, hoje, agora.
Breno pôde. Foram 34 anos apenas, um a mais do que o Mestre. E foram 34 anos tão intensos, que a morte não interrompeu. Só por isso é que o nosso tema é ressurreição.
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