07/01/2011 - 105 Anos dos sinos da Comunidade Luerana em Santa Maria de Jetibá

17/12/2010

1 | 1
Ampliar


Os sinos de bronze da nossa Igreja foram adquiridos na Alemanha, no ano 1904, pelo P. Heinrich Wrede. Foram inaugurados no dia 07 de janeiro de 1906. Vieram de navio até o porto de Vitória. Com embarcações menores foram trazidos até Santa Leopoldina e, depois, carregados nos ombros de pessoas ou lombos de burros até Santa Maria de Jetibá. Durante seu transporte a “estrada” de Santa Leopoldina a Santa Maria de Jetibá, em alguns trechos, precisou ser reaberta para que os sinos pudessem passar. Esta etapa da viagem levou mais de uma semana para chegar às 40 famílias que compunham a Comunidade de Santa Maria na época.

Muitas pessoas perguntam: Por que sino na Igreja?

Os sinos comunicam acontecimentos importantes aos membros da Comunidade. A raiz da palavra sino provém do latim “signu” (sinal). Sinaliza e convoca para o culto, para a adoração e para a gratidão por causa da graça de Deus. O som do sino penetra profundamente nos ouvidos. Atinge a alma das pessoas. Por isso não conseguimos ficar indiferentes ao repicar sonoro do sino. Isso nos lembra o Salmo 150:

“Aleluia! Louvem a Deus no seu templo. Louvem o seu poder, que se vê no céu.

Louvem o Senhor pelas coisas maravilhosas que tem feito. Louvem a sua imensa grandeza. Louvem a Deus com trombetas; louvem com liras e harpas. Louvem o Senhor com pandeiros e danças. Louvem com harpas e flautas. Louvem com pratos musicais. Louvem bem alto com pratos sonoros. Todos os seres vivos louvem o Senhor! Aleluia!”.

Os sinos, na época em que foram adquiridos, ficavam instalados numa torre de madeira do lado de fora do templo, ao lado do coreto, até no ano de 1948. Naquele ano foram instalados e sustentados por uma estrutura de madeira na torre anexa ao templo, onde permanecem até hoje. Ficavam responsáveis pelo pelos sinos o Sr. Bertholdo Ramlow, até 1992. Quando chegou a uma boa e avançada idade, o seu filho, Sr. Feliciano Ramlow, assumiu esta responsabilidade até a vinda do Sr. Alfredo Guilherme que foi contratado em 1° de março de 1993 como sineiro na Comunidade. Este recebeu orientações de como tocar o sino da parte de Feliciano e também do P. Valdir Weber que atuava na Paróquia naquela época. Durante quase 18 anos em atividade, Alfredo Guilherme ensinou a Valdeci Lichtenheld, Laércio Bull, Hilquias Rossmann e Renato Strelow as noções básicas de como tocar os sinos.

Muitas pessoas não entendem por que o sino é tocado de formas diferentes. Mas isto é normal. O sino toca diferente para podermos diferenciar o momento e o que está sendo anunciado. A intensidade e o ritmo das badaladas expressam sentimentos de alegria, dor, reverência, saudade, respeito, dignidade, confiança, esperança, zelo, paz e plenitude, entre muitos outros. Anuncia mensagens que alcançam muitas pessoas ao mesmo tempo. Os sinos são badalados todos os dias no horário da tarde, em feriado religioso, meia hora antes do culto, no inicio e final do culto, batismo, confirmação, casamento e óbito. O sinal de três batidas lembra a Santíssima Trindade, ou seja: Deus Pai, Filho e Espírito Santo. O sino maior instalado na torre do templo de Santa Maria d Jetibá pesa 250 quilos. Nele temos a seguinte inscrição: “Lobet, ihr Völker, unsern Gott; lasset seinem Ruhm weit erschallen” (Louvem a Deus todos os povos da terra, deixem o seu louvor ecoar para longe).
 

O sino menor pesa 125 quilos e nele está escrito: “Jesus Christus, gestern und heute und derselbe auch in ewigkeit”. (Jesus Cristo é o mesmo ontem e hoje e por toda a eternidade).

 

 

Texto e fotos: Hilquias Rossmann e Renato Strelow


Autor(a): Paróquia Santa Maria de Jetibá
Âmbito: IECLB / Sinodo: Espírito Santo a Belém / Paróquia: Santa Maria de Jetibá (ES)
ID: 2257
COMUNICAÇÃO
+
Hoje, tenho muito a fazer, portanto, hoje, vou precisar orar muito.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br