João 5.24-29

Auxílio homilético

02/11/2004

Prédica: João 5.24-29
Leituras: Salmo 126 e II Pedro 3.8-14
Autor: Günter Adolf Wolff
Data Litúrgica: Dia de Finados
Data da Pregação: 2/11/2004
Proclamar Libertação - Volume: XXIX
Tema: Finados

1. A vida impregnada de morte

Enquanto a taxa de mortalidade da população caiu de 1989 para 1998, a matança de brasileiros entre 15 e 24 anos cresceu. Os números colocam o Brasil em terceiro lugar no ranking dos países mais violentos contra a juventude, atrás apenas da Colômbia e da Venezuela.

No Brasil, mais de dois terços dos jovens (67,9%) morrem por causas externas, principalmente homicídios e acidentes de transporte. A taxa nacional de 18,6 mortes por armas de fogo em grupos de 100 mil habitantes é considerada elevada, semelhante à taxa de mortes por acidentes de transporte, que ficou em 19,6 em 100 mil habitantes. Entre os jovens, esse percentual é ainda maior: 36 óbitos com armas de fogo e 21,4 mortes em acidentes por transporte em cada grupo de 100 mil jovens. O segundo item que mais mata jovens no país é o acidente de trânsito.

Taxa de óbitos por homicídio entre jovens de 15 a 24 anos por 100 mil habitantes:
1989 1998 2000
35,9 47,4 (mais 32%) 52,1

Índice de assassinatos de jovens cresce no Brasil; o país é 3º no ranking mundial.

De 45.919 pessoas assassinadas em 2000, 17.762 eram jovens. A ONU considera estado de guerra um país com 18 mil mortes por ano.

O problema é mais grave nos centros urbanos. Considerando apenas as capitais do país, a taxa de homicídios de jovens chegou a 98,8 a cada 100 mil em 2000. Isto significa que de cada mil jovens que moram em uma capital um é assassinado.

Os três estados com os índices mais altos de homicídios entre jovens são Rio de Janeiro, Pernambuco e São Paulo. Na capital paulista, a taxa é de 138,8 mortes a cada 100 mil jovens.

De acordo com o perfil traçado pela Unesco, as maiores vítimas são homens de 21 anos. Entre os jovens assassinados, 93% são do sexo masculino. A idade em que mais foram registrados homicídios em 2000 foi 21 anos: 2.220 casos. Entre 1998 e 2000, o uso de armas de fogo no homicídio juvenil cresceu de 66% para 74%.

Acidentes e suicídios

A Unesco também avaliou fatores de violência entre jovens que não são necessariamente “crimes”: as taxas de suicídios e de acidentes de trânsito. O número de suicídios no país cresceu 30% entre 1991 e 2000. O aumento foi quase o mesmo entre jovens. No entanto, a taxa de mortes por suicídio em toda a população foi de 3,5 para 4 (por 100 mil) no período. O país ficou em 52º lugar entre os países analisados pela Unesco.

Apesar de o país ter tido mais mortes por acidentes de carro tanto entre jovens como na população total, as taxas de óbito diminuíram. Entre os jovens, caiu de 21,1 para 18,9 entre 1991 e 2000. Para o sociólogo Jacobo Waiselfisz, responsável pelo estudo, isto é resultado de uma lei de trânsito mais eficiente (FSP, 03/05/2002).

São 45 mil mortes por acidentes de trânsito por ano, incluindo óbitos após 24 horas do acidente, e 350 mil feridos/ano, segundo dados do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito). Somando homicídios e mortes no trânsito, temos mais de 90 mil mortes por ano no país. Estamos fazendo uma forte concorrência com o Bush em tempos de “paz”, pois a Guerra do Golfo de 1992 matou 120 mil iraquianos.

Drogas

Aproximadamente 8 em cada 10 jovens conhecem alguém que fuma maconha e de 5 a 6 conhecem alguém que usa crack ou cocaína. Se já viram pessoalmente alguém consumindo maconha, 76% dos jovens afirmam que sim e 43% declaram já ter visto alguém usando crack ou cocaína. 44% afirmam que já receberam alguma oferta para provar maconha e 26% para experimentar crack ou cocaína. 22% seguraram maconha em suas mãos, e 9% crack ou cocaína. 13% dos jovens entrevistados declararam que alguma vez já fumaram maconha e 5% usaram crack ou cocaína.

Essa droga é legal?

A metade dos estudantes de dez capitais brasileiras tem seu primeiro contato com o álcool antes de completar 13 anos, enquanto 2,4 milhões de brasileiros com menos de 19 anos já são dependentes da nicotina.

Por que coloco esses dados? Porque são sinais claros de morte. São mais chocantes porque falam a respeito dos jovens, que deveriam ser sinal de vida.

De onde vem a violência e a morte e por que ela se expande e por que a permitimos?

Vamos olhar isso do ponto de vista teológico. Pergunte aos membros de sua comunidade se eles crêem na ressurreição do corpo ou da alma? A esmagadora maioria responderá que crê na ressurreição da alma. Fiz essa pergunta a 250 mulheres reunidas num encontro sinodal da OASE, que é o grupo que estuda relativamente bastante a Bíblia. 200 mulheres responderam que crêem na ressurreição da alma, 30 ficaram em dúvida e 20 responderam que crêem na ressurreição do corpo. A questão básica e fundamental da fé cristã não está clara para o povo.

Se alguém crê na ressurreição da alma, ele está legitimando a violência e a morte sobre o corpo das pessoas, pois o corpo não interessa, só interessa a salvação da alma.

Nós cristãos cremos na ressurreição do corpo e por isso não admitimos qualquer violência e ameaça à vida do corpo de uma pessoa, pois o corpo ressuscita – isto nos dizem o fim do credo apostólico e a Bíblia.

Nos cemitérios temos muitos jovens sepultados que morreram devido ao álcool, acidentes de carro, uso de outras drogas e normalmente porque misturaram tudo isso. O nosso luto está impregnado e é conseqüência dessa violência que contamina o nosso país.

A morte é uma violência em si: ela nos violenta, agride, traz sofrimento e temos muito medo dela.

2. O texto

Contexto

O nosso texto está no contexto dos capítulos 3 a 6: Ele veio para os seus.

Ele veio em sua palavra – 3 a 4: Nicodemos, o Batista, a samaritana, a ceifa e os ceifeiros.
Ele veio em seus milagres – 5 a 6: a cura do filho do oficial de Cafarnaum, a cura do paralítico, Pai e Filho – ressurreição da vida e ressurreição do juízo, multiplicação e partilha dos pães, Jesus anda sobre o mar, Jesus pão da vida, confissão de Pedro.

O contexto mostra a vida que Jesus traz em sua palavra e em seus sinais bem concretos, que fortalecem a vida e lutam contra a morte que está instalada a seu redor. O nosso texto – Jo 5.24-29 – mostra que a morte que nos rodeia em vida e a que vai nos encontrar no fim da vida já começa a ser superada desde agora pela salvação através do ouvir da palavra de Jesus e pela fé em Deus (v. 24).

Texto

O v. 24 diz que a fé vem pelo ouvir da palavra (união entre palavra e fé); e a palavra-chave aqui é morte-juízo-ressurreição-vida. Por isso é fundamental falar sobre a ressurreição do corpo (1 Co 15). Dentro disso está embutido o juízo que já aconteceu para os que crêem naquele que enviou Jesus. Para aqueles que ouvem a palavra de Jesus e crêem em Deus, a vida eterna já iniciou. A fé torna o crente desde já divino, mesmo ainda não ressurreto. A morte não poderá mais prejudicar o crente, pois este já está salvo pela fé em Deus, que veio da palavra de Jesus. Por isso o cristão não precisa ter medo de nada nem da morte, porque já foi salvo por graça por meio da fé em Deus. Esta é a grande novidade! O verbo usado (ouve, tem, entra) está no presente quando fala da vida eterna; o verbo passou (passado) pela morte mostra que pelo ouvir da palavra de Jesus e pela fé em Deus a vida eterna já começou para os que crêem. Isto nos dá a coragem de agir contra as mortes em vida ao nosso redor (violência contra a mulher, drogas, má distribuição de renda e de terra, luto crônico etc.).

Martim Lutero diz: “A pobre pessoa humana, enredada em pecados, morte e a caminho do inferno, nada pode ouvir de mais consolador que esta preciosa, querida mensagem de Cristo, seu coração tem que rir do mais profundo íntimo e se alegrar, ao crer que isso seja verdade” (Prefácio ao NT, in: Pelo Evangelho de Cristo, p. 174)

O v. 25 fala do ouvir a voz do Filho de Deus – aqui ouvir significa aceitar o projeto de Deus realizado em Jesus Cristo. Os “mortos” podem ser os que estão longe do projeto de Jesus e que são convidados a participar dele; por isso diz: os que ouvirem viverão.

O v. 26 fala do poder de criação do Pai e do Filho, que remete para a recriação via ressurreição do corpo.

O v. 27 fala do poder de juiz que Jesus tem por ser Deus. O juízo tem a ver com o não-ouvir a palavra e com isso não chegar à fé e tem a ver com a interligação: fé e vida que fala no v. 29.

O v. 29 acentua a prática da fé como conseqüência da salvação, que já nos foi dada. Fé sem obras é fé morta. Quem crê já foi julgado e já tem vida e não precisa mais temer o juízo final. Lembrando Martim Lutero: “As obras boas e piedosas jamais tornam a pessoa boa e justa, mas a pessoa boa e justa realiza obras boas e piedosas”. As boas obras são frutos da fé, pois a salvação já aconteceu e o juízo final não precisa meter medo ao crente; porque, na verdade, ele já passou por isso (v. 24).

Martim Lutero diz: “... onde não irrompem obras e amor, a fé não está bem, o evangelho ainda não pegou, e Cristo ainda não foi bem reconhecido” (prefácio ao NT, in: Pelo Evangelho de Cristo, p. 176).

3. Os textos de leitura

Salmo 126 – O Salmo expressa a nós cristãos hoje a esperança da ressurreição do corpo; quando nós seremos restaurados em nosso corpo pela ressurreição. Agora choramos, mas sabemos que este choro é passageiro e a ressurreição do corpo será a nossa grande alegria, que nos dá força agora para superar o choro e a dor de agora.

2 Pedro 3.8-14 – O texto fala da esperança e da demora da volta de Cristo. Quando este dia chegar, tudo será desfeito e será refeito novamente. A esperança dessa palavra está que Deus não quer que ninguém se perca e Ele construirá um novo céu e uma nova terra com uma característica muito clara: ali haverá justiça. A justiça pela qual lutamos agora vai acontecer, nem que seja no juízo final.

4. A prédica

O tema é morte e ressurreição, ligadas à fé em Deus e à palavra de Jesus Cristo. O centro do texto são os versículos 24 e 29, que falam da fé que vem da palavra de Cristo como poder para poder enfrentar o juízo e participar da ressurreição do corpo. O v. 29 ressalta a coerência da fé vivida, que se espelha nas boas obras. Os dois versículos falam da prática de uma fé coerente com o Evangelho. Como diz Martim Lutero: “Olha para a tua vida. Se não te encontrares, como Cristo, no Evangelho, em meio aos pobres e necessitados, então que saibas que a tua fé ainda não é verdadeira, e que certamente ainda não provaste a ti o favor e a obra de Cristo”.

Sugiro ligar esses dois versículos ao final do Credo Apostólico, que diz: “Cremos na ressurreição do corpo”, e aproveitar para falar sobre a base de nossa fé, que é a ressurreição do corpo.

Sugiro lembrar o final do Credo Apostólico e a confissão de fé dos primeiros cristãos em 1 Co 15.3-4, que diz: Jesus Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado (morto) e ressuscitou. A cruz e a ressurreição de Jesus Cristo são o centro da fé cristã. Se o corpo ressuscita, então ele deve ser valorizado e não pode ser escravizado, explorado e torturado. Como diz Paulo em 1 Co 6.19: “Acaso não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo que está em vós...” Explorar alguém é explorar a Deus.

A fé na ressurreição da alma nada tem a ver com a fé cristã. A questão da ressurreição da alma vem da filosofia grega, que ajudava a legitimar o sistema econômico escravista dos gregos. Os gregos baseavam a sua economia na exploração da mão-de-obra escrava, e por isso essa filosofia legitimava a sua economia e sua prática de guerra para conseguir mais escravos; o Império Romano fazia o mesmo. Assim podiam encarar o corpo dos escravos como uma embalagem descartável; pois o que interessava mesmo era a alma. Os gregos diziam que a alma é imortal e vem dos deuses e, quando o corpo morre, ela volta para os deuses. Assim, para eles, o corpo é mera embalagem que dá para explorar e escravizar, enfim, é descartável.

O espiritismo fala algo semelhante quando se refere à reencarnação e com isso também legitima a opressão, exploração e a tortura. Por quê? Porque para eles o espírito (alma) é imortal e o corpo também é mera embalagem. O espiritismo diz: “A única lei geral é que toda falta terá punição e terá recompensa todo ato meritório”. O sentido da reencarnação, ou seja, o sentido da vida na Terra, seria unicamente pagar a culpa neste “planeta da expiação”. Tudo deve ser pago, expiado (reparado). Se o patrão explora o trabalhador, se o marido bate na mulher, se os meninos e meninas de rua estão passando fome, porque foram abandonados pelos pais e pela sociedade, então eles apenas estão sofrendo o que foi combinado antes dessa encarnação, para que aconteça a expiação através do sofrimento e não pode ser visto como uma violência e injustiça. “(...) a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.” Com isto se justifica todo sofrimento, tortura, violência, guerra, pobreza, opressão e exploração do sistema capitalista, dizendo que é coisa boa e necessária para a salvação, para que possa se tornar um espírito superior.

Léon Denis, o sucessor de Kardec, afirma: “Não, a missão do Cristo não era resgatar com sangue os crimes da humanidade: o sangue, mesmo o de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se da ignorância e do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo” (Léon Denis, Cristianismo e Espiritismo, 5. ed., Rio de Janeiro, p. 81). E o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira reconfirma: “A salvação não se obtém por graça nem pelo sangue derramado por Jesus no madeiro, mas a salvação é o ponto de esforço individual que cada um emprega na medida de suas forças” (O Reformador, Rio de Janeiro, 10, 1955, p. 236). Por isso não dá para ser cristão e espírita ao mesmo tempo (Ingo Wulfhorst).

“O povo hebreu não conhece uma divisão da pessoa em partes distintas e separáveis. Para o hebreu, a pessoa é um todo. Quando Deus fez a pessoa do pó da terra, soprou em suas narinas o fôlego da vida e a pessoa se tornou um ser vivo (Gn 2.7). A segunda parte deste versículo também se tem traduzido assim: ‘e a pessoa se tornou uma alma vivente’. A palavra hebraica nefesh (traduzida por alma) tem o sentido original de goela/garganta, portanto, tem algo a ver com fôlego, que é sinal de vida; é aquilo que dá identidade, consciência de si ao ser humano. Assim, a pessoa ao receber o fôlego de vida não está recebendo uma alma para dentro do corpo, mas simplesmente se torna um ser vivo. Respeitando o pensamento hebraico, a tradução mais correta para o termo nefesh seria, simplesmente, vida. Quando o Antigo Testamento foi traduzido para o grego (esta tradução chama-se Septuaginta), o termo nefesh foi traduzido por ‘alma’ com toda a concepção grega da imortalidade e superioridade dessa em relação ao corpo. Quando a Bíblia emprega os termos ‘corpo’, ‘alma’ e ‘espírito’ em relação à pessoa, ela sempre se refere a um aspecto da pessoa.” (Darcy Brandt)

Para a Bíblia, corpo e alma são uma coisa só e não duas coisas distintas. Não somos qualquer coisa, somos imagem de Deus, somos santos (Ef 1.1). Alma é a vida que está no corpo. Se morrermos, morre tudo e Deus recria um novo corpo com a ressurreição, como lemos em 1 Co 15.35-58. A questão da imortalidade da alma também não é bíblica e nem luterana. A Bíblia diz que somente Deus é imortal em 1 Tm 6.15-16: “... o Rei dos reis e o Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade”. Se o corpo e a alma são uma coisa só e se o corpo ressuscita, então não dá para escravizar e explorar o corpo (a vida) de uma pessoa; não dá para justificar um sistema econômico, como o capitalista, que está baseado na exploração de uma pessoa sobre a outra para se reproduzir. Por isso os cristãos não admitem a escravidão, a guerra, o racismo, a exploração, a tortura, violência, o fato de existirem agricultores sem terra, famílias sem teto, trabalhadores com salário indigno e desemprego, pois tudo isto atinge e degenera o corpo (a vida) das pessoas. Jesus curou tantas pessoas porque ele estava valorizando o corpo, a vida, das pessoas. Deus mesmo se fez carne, corpo, matéria (no Natal), para nos mostrar a valorização do corpo, da vida, na Páscoa.

Além de falar da ressurreição do corpo, lembrar a coerência da fé, que não está desvinculada da vida, como nos lembra o v. 29. Assim como não se separa o corpo da alma, não se separa a fé da vida. As obras da vida são conseqüência da fé e da salvação já alcançada por graça pela fé em Deus.

5. A liturgia

Saudação

Confissão de pecados

P – “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 Jo 1.8-9). Senhor, Deus de eternidade a eternidade, mais do que nunca nos lembramos neste dia dos nossos finados e meditamos o que seria de nós se fôssemos chamados, repentinamente, diante do teu tribunal, assim como somos, com toda a nossa culpa. Geralmente vivemos como se não houvesse uma responsabilidade diante de ti e um juízo final. Senhor, perdoa a nossa falta de coerência por separarmos a fé da vida. Ajuda-nos a superar a culpa que sentimos quando nos lembramos do que poderíamos ter feito por aqueles que aqui estão sepultados. Tenha paciência conosco por causa de nossa falta de clareza na fé. Amém.

Absolvição

P – O onipotente e misericordioso Deus teve compaixão de nós. Ele deixou que seu Filho unigênito fosse entregue à morte por nós na cruz e perdoou-nos de graça todo pecado. Por isso anuncio o perdão dos teus pecados com a palavra de Deus, que diz: “Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). Amém.

Versículo de entrada

P – A Sagrada Escritura diz: “Graças a Deus, que nos dá a vitória por intermédio de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15. 57).

Kyrie (fala das dores do mundo)

P – Diante dessa glória de Deus temos que admitir que nós vivemos em meio a sofrimentos, injustiças, violências e dores neste mundo; estas nós queremos trazer agora. Pela grande dor que o luto continua trazendo para o meio de nossas famílias. Pela dificuldade que muitos têm em não conseguir superar e aceitar a separação que a morte ratificou.

Glória

P – Frente a estas e outras dores do mundo queremos anunciar e confessar a glória e a vitória de Deus na pessoa de seu Filho Jesus Cristo.

P – Deus, Todo-Poderoso, te exaltamos, pois nos anunciaste através de teu Filho o projeto da felicidade eterna. Exaltamos-te, Senhor, porque a função da tua Igreja hoje é participar do processo de libertação da morte em vida, iniciado por Jesus Cristo.

Oração do dia (invocação do Espírito Santo)

P – Oremos: Santo Deus e Pai, que és o amor eterno, ajuda-nos para que possamos crer sempre em teu amor. Não permitas que dele duvidemos, também não quando o teu agir é incompreensível e enigmático para nós. Fortalece-nos hoje, por tua palavra, na confiança e na fé em tua boa vontade conosco. Senhor, torna-nos quietos e fala tu a nós. Amém.

Leitura bíblica: Sl 126 e 2 Pe 3.8-14.

Prédica: Jo 5.24-29.

Credo

Intercessões gerais da Igreja

P – Queremos trazer agora perante Deus as nossas intercessões.

Oremos: Senhor Jesus Cristo, todos nós sentimos um certo medo diante da morte. Nós te agradecemos porque nos prometeste que não nos deixarás sozinhos quando formos chamados desta vida. Nós te agradecemos porque nos dás a salvação de graça pela fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Confiamos em tua promessa: “Eu vivo e vós vivereis também”. Lembra-nos, Senhor, que um dia teremos que prestar contas por tudo o que fizemos e deixamos de fazer, pelo que dissemos e pelo que deixamos de dizer, pelo que ousamos e pelo que deixamos de ousar. Consola, por nosso intermédio, todas as famílias que este ano tiveram que se separar de uma pessoa querida e dê-lhes uma fé firme e confiante. Amém.

Pai-nosso

Bênção

Bibliografia

BRANDT, Darcy Hugo. Ressurreição. Quem sou? In: GTMR, nº 11. São Leopoldo.
MESTERS, Carlos e outros. Raio-X da Vida. In: A Palavra na Vida. Vol. 147/148. São Leopoldo: Cebi, 2000.
SCHULZ, Siegfried & STÄHLIN, Gustav. Das Evangelium nach Johannes. In: Das Neue Testament Deutsch, vol. 2. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1976.
WESTERMANN, Claus. Abriss der Bibelkunde. Hamburg: Fischer Bücherei, 1968.
WULFHORST, Ingo. Espiritismo. In: Série Novos Movimentos Religiosos, nº 3. EST – ICTE. São Leopoldo, 1993.

Proclamar Libertação 29
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia


Autor(a): Günter Adolf Wolff
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Dia de Finados

Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 5 / Versículo Inicial: 24 / Versículo Final: 29
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2003 / Volume: 29
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 7137
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