João 20.19-31

Auxílio homilético

18/04/2004

Prédica: João 20.19-31
Leituras: Salmo 149 e Apocalipse 1.9-20
Autor: Wilhelm Wachholz
Data Litúrgica: 2º Domingo da Páscoa
Data da Pregação: 18/4/2004
Proclamar Libertação - Volume: XXIX
Tema:

1. Salmo 149

O Salmo enriquece o culto sob a perspectiva da alegria. A comunidade é convidada a cantar, louvar, regozijar, exultar pela salvação ofertada. Em João, a aparição de Jesus aos discípulos provoca alegria (20.20). Que tal atender o convite do salmista e engajar pessoas da própria comunidade que tocam “flautas, adufe e harpa”, isto é, instrumentos, de forma que o culto possa ser uma “explosão de alegria”?

2. Apocalipse 1.9-20

Os principais paralelos do texto de João e do Apocalipse poderiam ser as portas trancadas dos discípulos (medo) e a tribulação de João na situação da Igreja perseguida; o primeiro dia da semana, domingo (Jesus ressurreto aparece aos discípulos), e o dia do Senhor (Deus fala a João); o escrito no Evangelho de João (com a finalidade “para que creiais”) e a voz que manda João escrever às setes igrejas (testemunho); oferta da “paz seja convosco” do Cristo ressurreto e do “não temais” do Cristo que esteve morto.

3. João 20.19-31

Introdução

A subdivisão comumente aceita do período é tríplice: 1 – a aparição de Jesus aos discípulos, que se subdivide em duas partes: a) a aparição propriamente dita e a alegria dos discípulos e b) o envio dos discípulos para perdoarem pecados devidamente autorizados pelo Espírito Santo – v. 19-23; 2 – Jesus e Tomé (a bem-aventurança dos que crêem) – v. 24-29; e 3 – a finalidade do Evangelho – v. 30-31.

Analisando o texto

v. 19 – A aparição de Jesus aos discípulos ocorreu numa casa não especificada. Sabe-se somente que foi em Jerusalém (diferentemente da Galiléia, anunciada em Mc 16.7). Segundo João – e isto para ele é muito importante –, a aparição ocorreu ainda no próprio domingo da Páscoa, dia da Ressurreição. Segundo 1 Co 15.5, Cristo aparecera oficialmente aos doze. Segundo Lc 24.33-36, a aparição ocorrera aos onze e aos “outros [que estavam] com eles”, além dos companheiros que voltaram de Emaús. A questão que se coloca é se “discípulos” (v. 19, 20, 25, 26) designa somente o colégio apostólico (os “doze”) ou abrange um grupo maior. João conhecia a diferença entre o grupo mais restrito dos “doze” e os “discípulos” num sentido mais amplo.

Até antes da aparição, os discípulos tinham conhecimento da ressurreição de Jesus de forma mediada: através de Maria Madalena. A referência às portas trancadas tem um duplo significado: aponta para o medo dos discípulos diante dos judeus, que, para João, são representantes da incredulidade. Também é motivo de tristeza para os discípulos. Além disso, ainda expressa o perigo em que se encontravam os discípulos, pois, não bastassem a perseguição e a “derrota” impostas ao movimento de Jesus, eles poderiam ser acusados pelo roubo do cadáver de Jesus (Mt 28.13). Neste clima de angústia e medo, o ressurreto se coloca no meio deles e oferece paz.

O verbo “vir” (érkhesthai) é próprio das narrativas pascais de João: “Eu venho a vós” (Jo 14.18, 28). O verbo hístémi indica a posição de pé (cf. 20.14; Lc 24.36) em oposição ao estado de quem “jaz”, ao estado de morte (20.12). Portanto, reforça e exprime a ressurreição.

João não afirma que Jesus atravessou as portas trancadas. A referência às portas trancadas aponta para o fato da ressurreição dos mortos não se inserir nas leis humanas de espaço-tempo-mundo. A ressurreição diz respeito à realidade de Deus e não às leis humanas. Ela não é um retorno à velha vida deste mundo.

“Paz seja convosco.” Não se trata de um desejo ou saudação simplesmente. Paz é um dom. É uma oferta. Tem conotação litúrgica. Relaciona-se com a ressurreição. A paz que o ressuscitado conquistou e oferta foi conquistada e possibilitada através de sua paixão e morte. É paz que expressa a reconciliação universal de Jesus com o mundo através da vitória sobre morte e pecado. Trata-se, portanto, da paz plena que Cristo deixa e concede e não da paz parcial e imperfeita do mundo (14.27).

v. 20 – João identifica o ressurreto com o crucificado. As chagas são os sinais da identidade do Cristo crucificado. O ressurreto e glorificado não aboliu as marcas do Cristo histórico. Não podem ser separados. Desenraizar o Cristo da história leva ao perigo de uma teologia da glória. As mãos e o lado de Jesus refletem as marcas do pecado humano. O lado onde saiu água e sangue (19.34) pode ser relacionado com a fonte da “água viva” (7.37s) e a “verdadeira bebida” (6.55).

Como forma de preparar o tema em torno da incredulidade de Tomé, diferentemente do que em Lucas (24.36-43), os discípulos não vacilam em reconhecer o Cristo naquele que ali se apresenta. A alegria que toma conta dos discípulos tem origem na concretização da promessa de Jesus: “[...] outra vez vos verei; o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém poderá tirar” (16.22).

v. 21 – Pela segunda vez, Cristo oferta sua paz. Se, na primeira vez, esta paz relaciona-se à reconciliação de Jesus com o mundo, agora ela prepara os discípulos para a missão de também reconciliar. A experiência pascal dos primeiros cristãos é precisamente esta: o ressurreto envia seus mensageiros (Mt 28.19; Mc 16.15; Lc 24.46-49; At 1.8). Em João, a aparição de Jesus está vinculada ao “ato de fundação da Igreja”. Portanto, a fundação da Igreja e o envio dos discípulos relacionam-se com a realidade pascal da “paz e reconciliação”. A missão tem a finalidade de proclamar ao mundo a “paz” conquistada e ofertada por Jesus.

As pessoas enviadas são como se fossem aquele que as enviou. Representam não a si próprias, mas quem as enviou. Por isso têm o mesmo poder de quem enviou. Constituem-se em autoridades de Jesus no mundo. Mas esta representação só é plena se caminho trilhado, vivência, testemunho de reconciliação, renúncia, humildade (p. ex., lava- pés – 13.1-20) são condizentes. O envio, portanto, não se fundamenta em “transmissão formal e canônica de poderes eclesiásticos especiais”, mas é “sacerdócio geral de todos os crentes”; é serviço de amor, paz e reconciliação.

v. 22 – A concessão, o dom do Espírito Santo, lembra o sopro de Gn 2.7. Aqui, a dádiva do Espírito Santo também representa vida; vida nova. Vida que vem de fora, de Deus. Qual a relação entre esta cena e o Pentecoste (At 2)? Em ambos, o Espírito Santo inaugura o tempo da Igreja. Mas é somente João que situa a dádiva do Espírito Santo no dia da Páscoa. Neste sentido, João mantém claramente a unidade dos dois tempos: Páscoa e dádiva do Espírito Santo. O próprio Jesus inaugura o tempo da Espírito Santo.

v. 23 – A partir da paz ofertada (reconciliação) e da dádiva do Espírito Santo ocorre o envio para perdoar pecados. Perdão de pecados indica pacificação da vida, um novo tempo, a “nova chance”, a partir da qual existe rompimento radical com o passado. O passado já não conta mais. A justificação do pecador por Cristo mediante graça e fé é o fundamento e a motivação para o envio. Graça experimentada é graça testemunhada. Quem se sente reconciliado por Cristo também reconcilia no mundo. Quem acolheu a paz de Cristo faz dela a fonte de vida e denuncia a falsa paz. O perdão não se limita somente à aliança entre Deus e o ser humano, mas se estende de forma horizontal (Mt 18.18). No momento em que a comunidade perdoa, Deus mesmo perdoa. Somente existe Igreja verdadeira onde existe comunhão plena, onde “os de fora” são convidados para “vir ao meio” (Mc 3.3).

v. 24 – Tomé estava ausente na primeira aparição de Jesus aos discípulos. João deseja que o leitor – também nós – se identifique com Tomé pelo fato de dispor somente do testemunho apostólico como fundamento para crer. Ou seja, aqui já está implícito o que valerá para todas as gerações pós-apostólicas, a saber, “bem-aventurados os que não viram e creram”.

v. 25 – O elemento da dúvida é omitido no primeiro encontro do ressurreto com os discípulos. Na relação com Tomé, ele constitui o ponto de partida – nas duas outras vezes em que Tomé é citado por João (11.16 e 14.5), é caracterizado como alguém que não compreendeu Jesus. A reação de Tomé mostra o ceticismo natural do ser humano diante da inédita vitória sobre a morte. Tomé queria sinais concretos do ressurreto. No fundo, no entanto, a realidade de Tomé não é tão diferente da dos demais discípulos. Antes de aparecer, também estes dependiam do que Maria Madalena vira (v. 18). Assim também Tomé dependia do que os discípulos viram.

v. 26 – Jesus aparece de novo “estando as portas trancadas”. O relato da segunda aparição de Jesus é de tal forma construído, que a presença de Tomé fica destacada. É novamente domingo, a saber, o primeiro após a Páscoa. Muito cedo, este dia se tornara dia de reunião habitual, de culto. Mais do que isso. A aparição do Jesus ressuscitado é associada às assembléias eucarísticas da Igreja primitiva. A presença (real) é relacionada à liturgia experimentada pela comunidade. Por isso, a oferta de paz – terceira vez – tem significado litúrgico: deveríamos resgatar a importância dessa saudação na celebração da Santa Ceia.

v. 27 – Contrariamente à tradição, segundo a qual fé é um não-ver, em João, o ver não se opõe ao crer, mas conduz à fé. Isto pode ser percebido no fato de Jesus oferecer suas mãos e lado para que Tomé tivesse uma “prova”. Neste sentido, “não sejas incrédulo, mas crente” prepara as palavras que serão ditas posteriormente (v. 29). Além disso, Tomé é colocado como pano de fundo para reforçar que a ressurreição não foi uma invenção fantasiosa, mas um fato consumado.

v. 28 – Como os demais discípulos, Tomé reage ao “simples” ver de Jesus, sem tocá-lo. Aliás, João sequer precisa detalhar a exigência anterior de Tomé (v. 25), pois, ao chamar sua atenção (v. 27), Jesus avisa que o importante não é apalpar, tocar, mas crer. Por isso, as três aparições de Jesus relatadas por João centralizam a fé naquele que “se fez carne e habitou entre nós” (1.14), para que a salvação fosse possibilitada pela fé (3.16).

A experiência de Tomé suscita uma confissão de fé: “Senhor meu e Deus meu!” O pronome possessivo “meu” indica que Tomé se rende do seu “eu” cético e acolhe Cristo de forma decisiva. Ele não diz somente “Senhor” – kyrios, que também era de uso secular –, mas também “Deus” (theós). Isto indica que o ressurreto tem semelhança essencial com Deus, formulada no prólogo do evangelho (1.1).

v. 29 – Tomé creu porque viu. Ele é testemunha ocular. Gerações futuras somente teriam Cristo, particularmente o evento pascal, intermediado pela pregação – e administração dos sacramentos –, pois não veriam o ressurreto (1 Jo 1.1-3). Diante disso, vale não o ver, mas o crer. As testemunhas oculares – também Tomé – têm lugar importante e positivo, pois o evangelho não relata algo imaginado, mas algo ocorrido. Os discípulos são testemunhas de que o Cristo glorificado e invisível é idêntico àquele cujas mãos e lado puderam ver. O elevado aos céus não é outro senão aquele que se fez carne.

v. 30s – João desperta no leitor a impressão de que realizou uma seleção de “sinais” operados por Cristo para redigir o evangelho. “Sinais”, em João, são relacionados aos milagres de Jesus. Estes “sinais” têm como objetivo suscitar fé e apontar para a unidade e comunhão perfeita com o Pai (2.11; 10.38; 14.10s). Os discursos de revelação de Jesus partem normalmente de um sinal realizado. Assim, os “sinais” servem para que “Jesus, o Cristo, Filho de Deus” seja reconhecido e associado à esperança messiânica judaica. O objetivo do evangelho, portanto, não é escrever um “diário da vida de Jesus”, mas servir “para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (v. 31).

Resumindo, Jesus toma a iniciativa de apresentar-se e de enviar com seu Espírito Santo para perdoar, testemunhar paz e reconciliar para que, sendo reconhecido e crido, haja “vida em seu nome”, isto é, vida em abundância (10.10).

Encaminhando a prédica

A perícope suscita uma tríplice dimensão, que pode servir como estrutura para a prédica: iniciativa, reconhecimento e missão.

1 – A iniciativa de Cristo em “pôr-se no meio” leva à transformações de realidades.

Passaram-se oito dias desde a Páscoa. A “euforia” ligada às coisas exteriores vai se apagando. A vida volta ao “normal”. Neste sentido, este segundo domingo da Páscoa é uma excelente oportunidade para lembrar a comunidade que as perguntas, os problemas, os sofrimentos, os lutos, as angústias etc. serão dirimidas porque Cristo toma a iniciativa de colocar-se no meio, de apresentar-se, de revelar-se, de aproximar-se, de oferecer-se, de encontrar pessoas e comunidades em sua realidade existencial. Ele oferece paz ali onde ela não existe. A realidade dos discípulos ainda é a da Sexta-Feira da Paixão, apesar das palavras de Maria Madalena. Certamente esta também é a realidade de grande parte das pessoas reunidas no culto. Medos, inseguranças, resistências levam-nos a nos fechar em nossos guetos, a trancar-nos atrás de nossas “portas” e reforçar cada vez mais as “trancas”. Cristo não arrombou portas. Também o pregador e a pregadora não deveriam fazê-lo com suas prédicas. Lutero disse certa vez: “Ninguém sabe o que significa crer a não ser aquele cuja canoa vai sendo invadida pelas ondas”. O pregador e a pregadora não deveriam ajudar a afundar a “canoa”, mas apontar que, em situações de desespero, a paz é possível porque Cristo toma a iniciativa de colocar-se no meio. E ao colocar-se no meio, ele transforma realidades.

A comunidade também não precisa ser “martelada” com a temática da incredulidade. Dividir a comunidade entre os que têm e os que não têm fé, pois quem se sentir excluído acabará trancando-se ainda mais atrás de suas “portas” de insegurança, medo, tristeza. Lembremo-nos de que, ali onde existe fé, não estarão necessariamente ausentes dúvidas e provações.

Culto é lugar onde Deus vem servir a comunidade. Ele toma a iniciativa de oferecer-se (Santa Ceia). Por isso, a prédica deveria auxiliar a comunidade, talvez trancada atrás de “portas”, de que o Cristo ressurreto vem oferecer paz. O culto seria extremamente enriquecido se a Santa Ceia fosse celebrada. Oferecer-se-ia a possibilidade de experimentar Cristo. Lembre-se daquela palavra de Lutero: “A Igreja é o hospital e o sanatório para os doentes serem curados”.

2 – Reconhecer o Cristo ressurreto e glorificado suscita alegria.

A primeira questão que se levanta aqui diz respeito ao próprio pregador ou pregadora. Qual é o seu grau de motivação, convicção e alegria? Um pregador ou pregadora triste, desmotivado, não irá convencer nem contagiar com alegria.

O ponto seguinte diz respeito à alegria na comunidade. Existem sinais de alegria e testemunho dessa alegria na vida da comunidade? Não se trata de uma alegria cega e alienante, que ignora as tristezas, mas que justamente liberta. Cristo, que toma a iniciativa de “pôr-se no meio”, é reconhecido e crido. E este reconhecimento provoca alegria. Alegria imbuída de esperança de que a iniciativa de Cristo visa transformar situações. Essa alegria não pode ser vivida em guetos. Ela transborda, contagia, multiplica-se.

3 – A iniciativa de Jesus não visa satisfazer meras curiosidades humanas. Também não se limita ao reconhecimento e à confissão, mas motiva a sair do gueto, a destrancar portas. Permite o envio.

Confessar Cristo como “Senhor meu e Deus meu” não é sinônimo de tornar Jesus um simples ídolo, um super-herói – exemplos desse tipo existem aos montes. Tornar Jesus um ídolo paralisa. Serve somente para cultivar uma “fé egocêntrica”, sem amor. Lutero diz: “Fé e amor perfazem a natureza do cristão. A fé recebe, o amor dá; a fé leva a pessoa a Deus, o amor aproxima dos homens. Através da fé ela aceita os benefícios de Deus, através do amor ela beneficia seus semelhantes”. Reconhecer Cristo, o ressuscitado, coloca em movimento, leva à missão alegre. Se a dimensão do envio alegre não ocorrer, pessoas no máximo “pertencerão à Igreja”, mas não serão a própria Igreja, que recebeu o “sopro” da nova vida. Jesus liberta para colocar em movimento.

O envio tem como objetivo perdoar, reconciliar, a exemplo de Deus em Cristo. Existem sinais de reconciliação e/ou necessidades de reconciliação na comunidade? Reconciliação não se limita a desentendimentos entre pessoas que “não vão com a cara do outro”. É muito mais amplo. Implica sinais (!) de justiça, de paz verdadeira, de solidariedade, de fraternidade, de consolo, de amparo. Neste sentido, o pregador ou a pregadora pode arrolar iniciativas diaconais, catequéticas, missionárias etc., existentes na comunidade, ou que poderiam constituir-se em desafios para a reconciliação. Da mesma forma, apontar para situações familiares, comunitárias, nacionais e mundiais que exigem reconciliação.

A paz somente é verdadeira onde houver fé, esperança e amor. Só então é possível proclamar, em meio à realidade de não-paz, que “a fé é como um pássaro que canta quando a noite ainda está escura”. As pessoas deveriam ser alertadas a não se conformar com a realidade individualista e de não-reconciliação: “não tem jeito”. Pelo contrário, devem ser fortalecidas na fé de forma que haja esperança de que aquele ato de corrupção, assassinato, mentira, guerra etc. “foi o último”. Neste sentido, uma pequena história pode ser ilustrativa: Um judeu italiano que sobreviveu ao extermínio nazista em Auschwitz relatou um caso de enforcamento naquele campo de concentração. Cada preso de guerra era forçado a assistir à morte dos companheiros. Naquele dia, a vítima respondia por um “crime” diferente: havia explodido um forno de cremação em Birkenau. Segundos antes de ser enforcado por esse “crime”, aquele judeu se virou e gritou: “Companheiros, eu sou o último!” Esta frase anunciava uma esperança: a libertação que viria, embora ele não a pudesse experimentar. Quantas são, talvez, as pessoas que não sobrevivem por falta esperança e sinais de paz de outros? A esperança não deixa de anunciar: “Paz seja convosco”.

4. Subsídios litúrgicos

Hinos: Hinos do Povo de Deus, vol. 1: 59, 159, 200, 260; Hinos do Povo de Deus, vol. 2: 402, 414, 434, 468.

Confissão de pecados: Senhor Deus, confessamos que somos pessoas pecadoras que necessitam da tua graça. Temos dificuldades de sair detrás dos guetos de nossas inseguranças, dúvidas, medos. Trancamos as portas de nossas vidas, achando que assim estaremos seguros. Clamamos a ti: Senhor, por meio de Jesus Cristo, vem, coloca-te no meio de nossas vidas, na vida de nossa comunidade, perdoa-nos, reconcilia-nos contigo e entre nós mesmos. Concede-nos a tua paz e o teu perdão. Amém.

Oração de coleta: Amado Salvador. Agradecemos que em Jesus Cristo tomaste a iniciativa da reconciliação. Rogamos: não cesses de oferecer-nos a tua paz todos os dias. Ilumina-nos para que cheguemos à verdadeira convicção da tua ressurreição e testemunhemos em alegria o teu amor. Por Jesus Cristo, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina eternamente. Amém.

Bibliografia

BLANK, Josef. O Evangelho Segundo João. 3ª parte. Petrópolis: Vozes, 1991. p. 172-187. (Novo Testamento, 4/3)
LÉON-DUFOUR, Xavier. Leitura do Evangelho Segundo João IV (capítulos 18-21). São Paulo: Loyola, 1998. p. 163-191. (Bíblica Loyola, 16)
NICCACI, Alviero; BATTAGLIA, Oscar. Comentário ao Evangelho de São João. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 1995. p. 258-265.
VOIGT, Gottfried. Der Schmale Weg. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1978. p. 232-239. (Homiletische Auslegung der Predigttexte; Reihe I)
______. Licht-Liebe-Leben; das Evangelium nach Johannes. Göttingen: Vandenhoeck & Ruprecht, 1991. p. 280-285. (Biblisch-theologische Schwerpunkte, 6)

Proclamar Libertação 29
Editora Sinodal e Escola Superior de Teologia
 


Autor(a): Wilhelm Wachholz
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Páscoa
Perfil do Domingo: 2º Domingo da Páscoa
Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 20 / Versículo Inicial: 19 / Versículo Final: 31
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2003 / Volume: 29
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 7143
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