Curiosidades da língua portuguesa falada no Brasil

01/12/2013

A Língua Portuguesa praticada no Brasil não é para amadores, nem puristas... Confirma-o um diálogo na recepção de um salão de convenções, em Fortaleza, no Ceará:

– Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso.

– Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde?

– Sou de Maputo, Moçambique.

– Da África, né?

– Sim, sim, de África.

– Aqui está cheio de africanos, vindos de toda parte do mundo. O mundo está cheio de africanos.

– É verdade. Mas se pensar bem, veremos que todos são africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade...

– Pronto. Tem uma palestra agora na sala meia oito.

– Desculpe, qual sala?

Meia oito.

– Você pode escrever para mim, por favor?

– Não sabe o que é meia oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68.

– Ah, entendi, meia é seis.

– Isso mesmo, meia é seis.

– Mas não vá embora, só mais uma in- formação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser receber o kit com o material do Congresso: DVD, apostilas, etc. O senhor gostaria de encomendar?

– Quanto tenho que pagar?

– Dez reais. Mas, estrangeiros e estudan- tes pagam meia.

– Hmmm! Que bom. Ai está: seis reais.

– Não, o senhor paga meia. Só cinco reais, entende?

– Pago meia? Só cinco? Meia é cinco?

– Isso, meia é cinco.

– Está bem, meia é cinco.

– Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e meia.

– Ih, então já começou há quinze minutos. São nove e vinte.

– Não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só começa às nove e meia.

– Pensei que fosse às nove e cinco, pois meia não é cinco? Você pode escrever aqui a hora que começa?

Nove e meia, assim, veja: 09 h 30 min.

– Ah, entendi, meia é trinta.

– Isso, mesmo, nove e trinta

– Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas. O senhor já está hospedado?

– Sim, já estou na casa de um amigo.

– Em que bairro?

– No Trinta Bocas.

– Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza. Não seria no Seis Bocas?

– Isso mesmo, no bairro Meia Boca.

– Não é meia boca. É um bairro nobre!

– Então deve ser cinco bocas.

Não, Seis Bocas, entende, Seis Bocas. Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso Seis Bocas. Entendeu?

– E há quem possa entender?


Extraído da Internet


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Autor(a): Anamaria Kovács
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Anuário Evangélico - 2014 / Editora: Editora Otto Kuhr / Ano: 2013
ID: 34394
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