Em 83, maioria dos leitores morava nas cidades

PESQUISA DE OPINIÃO

01/08/1988

Em 83, maioria dos leitores morava nas cidades

A primeira pesquisa de opinião realizada pelo Jornal Evangélico, em 1976, foi feita envolvendo todos os seus leitores, que na época chegavam a 16.407. Dos questionários enviados, retornaram 571, ou seja, 3,48%. A pesquisa de 1983, por sua vez, envolveu os 12.253 assinantes da época, dos quais 373 devolveram o questionário, ou seja, 3,28%, praticamente igual ao número de respostas dadas na pesquisa de 1976.

A pesquisa de 1976 mostrou que a maioria dos leitores, pelo menos aqueles que responderam, morava nas cidades, mas com pequena margem. Residiam nas áreas urbanas 52,54% contra 46,96% na zona rural. O êxodo rural também se fez sentir no JOREV. A pesquisa de 1983 apontava apenas 28,56% dos assinantes residindo na zona rural, enquanto a esmagadora maioria — 71,4-4% — morava nas cidades.

CLASSE SOCIAL

Quanto a renda familiar e composição em classes sociais, fica difícil traçar um parâmetro entre as duas pesquisas, porque o levantamento feito em 1976 calculava sobre o número de salários mínimos recebidos, sendo que o máximo registrado era de quem ganhava salário superior a 7,86 salários mínimos, o que não chega nem mesmo a classificar como classe média, ou B. Já a pesquisa feita em 1983 classificava exatamente desta forma: classe A, B e C.

Mesmo assim, os dados mostram que o JOREV se eleitizou, já que, em 1976, 14,71% dos leitores ganhavam menos do que um salário mínimo; 16,64% entre um e dois mínimos; 15,59% entre dois e três; 7,88% entre três e quatro; 11,21% recebiam na faixa dos quatro e cinco mínimos; 9,8% entre cinco e oiti mínimos; e 15,24% acima de oito salários mínimos.

IDADE MÉDIA

A pesquisa de 1983 apontava, por sua vez, 39,4% dos leitores que responderam ao questionário como pertencentes à classe A, 33,5% à classe B e 24,4% à classe C. Esta pesquisa mostrou, também, que a Região Eclesiástica mais rica era a Região 2, com 55,2% pertencentes à classe A, seguida de perto pela Região 1, com 47,6% dos leitores nesta faixa. Já a região mais pobre, segundo a pesquisa, era a Terceira, com 34,4% dos seus leitores situados na classe C. Esta região, contudo, é uma das mais equilibradas, já que 30,1% são classe A e 33,3% da B. Outro tipo de equilíbrio é registrado na Região 5, onde 50% dos leitores são da classe B, enquanto 22,5% da A e 27,5% da C.

Em 1976, o JOREV era lido por 69,88% de homens e 29,60% de mulheres. Este quadro não mudou muito na pesquisa de 1983, pois ali foi registrada uma frequência de 70% de leitores homens e 30% de leitores do sexo feminino. Quanto à idade média, os leitores do JOREV, na época da pesquisa de 1983, estavam com 49 anos de idade, mesma média registrada na pesquisa de 1976.

GRAU DE INSTRUÇÃO

Provavelmente por falha na tabulação dos dados, a pesquisa de 1976 não ficou completa quanto ao item grau de instrução dos leitores. Assim, ela registrou que 1,4% não tinham nenhuma instrução, 33,63% tinham estudado até a 4' série do 1° Grau, 33,2% até o oitavo ano e 9,6% tinham o segundo grau incompleto. Somando aqueles que não responderam à pergunta ou a responderam de forma errada, sobra ainda um percentual muito alto, que não pode ser atribuído às pessoas que têm o segundo grau completo ou curso superior, frente a própria realidade do nosso país.

Enquanto isso, o levantamento realizado em 1983 registrava 43,6% com instrução primária, 25,3% com segundo grau e 24,3% com curso superior. A Região 1 foi a que mostrou, naquela ocasião, o maior número de leitores com instrução superior — 33,3% —, enquanto a Região 5 registrava apenas 10% de seus leitores neste nível.


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