Hebreus 12.12-18 (19-21) 22-25

Auxílio Homilético

14/01/1990

Prédica: Hebreus 12.12-18 (19-21) 22-25
Autor: Clemente João Freitag
Data Litúrgica: 2º. Domingo após Epifania
Data da Pregação: 14/01/1990
Proclamar Libertação - Volume: XV

 

l — A obra

l. Introdução

A obra apresenta, entre outras, a seguinte estrutura global:

1.1-4 moldura inicial;

1.5-6 preparação do assunto;

7.1-10,18 centro — auge do escrito - sumo sacerdócio de Cristo;

10.19-12,29 consequências — exortação;

13.1-21 vida concreta da Igreja;

13.22-25 moldura conclusiva.

Para uma melhor compreensão e afinidade com os destinatários, o autor veste a mensagem cristã com símbolos da cosmovisão helenista. Esta caminhada didática propõe um drama cultural relacionado com a situação religiosa que estava sendo vivida pela sociedade como um todo. Assim, nos lega um sermão, onde a interpretação cristológica do AT é a mais abrangente da época. O uso do AT não reproduz meramente o passado. Torna à história de fé dos pais, como sendo a história de fé de sua comunidade. A comunidade, como povo migrante de Deus, não pode esmorecer na prática das boas obras e na fé em Deus, ainda mais tendo Cristo como guia e fim último. Segue anunciando aos fiéis que a f é é condição básica para se chegar a Deus. Faz esta pregação com uma terminologia soteriológica, onde destaca o arrependimento (6.1-6; 12.17), a penitência (12.17) e o perdão dos pecados (10.18). Cristo, o sumo sacerdote, é o realizador do perdão. Desta forma preenche a lacuna da revelação salvífica escatológica na vida da comunidade.

2. Autor — Época — Destinatários

O texto é de autoria desconhecida e época incerta, mais ou menos 90 d. C. Na atualidade, estudiosos indicam a possibilidade de ter sua origem no judaísmo helenista. O escritor era ousado e radical no tocante à penitência e ao arrependimento. Existe também uma grande probabilidade de que o autor se dirige para cristãos em Roma, uma comunidade urbana, formada por judeus cristãos e helenistas. Estes certamente tiveram que dar seu testemunho quando, entre 64 — 96 d. C., Nero, Vespasiano e Domiciano ditavam e controlavam o poder do Império Romano. Os destinatários já haviam vivido dias gloriosos como Igreja, principalmente no campo da liberdade, da generosidade e da liderança (6.10). Hoje, contudo, é diferente. A tentação, o esmorecimento da fé e a perseguição estavam determinando sua vida prática. Passaram a viver à margem da sociedade, vacilantes e cheios de dúvidas acerca de sua crença.
Para uma comunidade em tais circunstâncias, o autor não escreve um tratado ou um ensaio teológico, faz uma pregação parenética, com o objetivo de ajudar, exortar e ensinar. A perícope indicada para o segundo Domingo após Epifania (Hb 12.12-18(19-21)22-25a) fala numa linguagem atual aos leitores da comunidade.

II - O texto

Hebreus 12.12-18(19-21)22-25a nos oferece indicações negativas, que geram a perda da salvação, e outras positivas, que favorecem a esperança de alcançar a salvação. Noutra terminologia, estas exortações pastorais buscam resgatar as boas obras em detrimento e oposição às obras mortas. Partindo do conhecimento que o autor demonstra ter da vida e do testemunho cristão destes fiéis e do mundo, lança a mensagem com a roupagem terminológica da época. Faz sobressair em sua parênese conflitos, posições, dúvidas e práticas que não estavam cooperando no testemunho e crescimento da fé. Estranha e vê como perigo o esmorecimento, a apatia e o conformismo em relação à mensagem cristã. Uma comunidade generosa, atuante no campo do louvor, entra em dificuldade na perseguição e no confronto com outros cultos.

Fazendo uso do antagonismo metafísico de ideias e fenómenos, demonstra aos fiéis a superioridade da fé cristã, mesmo que as boas obras e o louvor ainda não tenham mudado o mundo. Com os olhos da fé descobre que no sofrimento, na perseguição, aumentam as possibilidades de exercitar as boas virtudes. São múltiplas as chances para a prática do bem. A perseguição quase que anulou a visão, o sentimento da realização escatológica e o resultado das boas obras. Era necessário recompor o ânimo e a certeza eterna da comunidade ante o poder da morte. Trabalhou os antagonismos reinantes juntamente com a tradição da Escritura. Citou exemplos do AT e os radicalizou numa perspectiva celestial (v. 16-24). Ofereceu instrumentos e recompôs o credo e a certeza de que Cristo é o Senhor e Realizador da história, libertando-nos da morte e de todas as outras prisões. Eles não eram os únicos nesta caminhada como servos sofredores de Deus.

Adentrando na perícope percebemos, no resultado da fé, o profundo entrelaçamento das boas obras com a visão mística e escatológica da vida dos fiéis e o futuro da comunidade. Em sua obra de exortação e conforto, o autor leva os fiéis a perceber que a prática das boas virtudes (restabelecer mãos descaídas, os joelhos trôpegos, os caminhos retos, a paz, a santificação) evita o extravio do manco e propicia sua cura. Tais obras, inclusive, redundam em benefício próprio como: a graça de ver o Senhor e circular em caminhos retos, tendo lugar neste mundo, para o arrependimento. Introduzido na comunidade, o fiel tem a certeza das promessas escatológicas que são como que o fortificante das virtudes da fé. O autor externa a certeza de que as boas obras não afastam ninguém da cidade do Deus vivo, do Monte de Sião, da Jerusalém celestial, das hostes dos anjos, do espírito dos justos, da universal assembleia, da igreja dos primogénitos, do Juiz de todos, e de Jesus, o Mediador da Nova Aliança e do sangue da aspersão que é o selo da nova e eterna Aliança. Assim, não é só no culto do Imperador, dos outros deuses, no judaísmo e nas ciências e filosofias que os mistérios incompreendidos extasiam a vida dos indivíduos e da comunidade. No êxtase e crença escatológica cristã não há conformismo, acomodação, profanação, rejeição, perda do arrependimento, participação com a opressão e as obras que geram a morte. É possível realizar boas obras, viver e buscar o êxtase com enlevo espiritual. Quando ocorre o abandono do amor a Deus e aos irmãos, a fé e a esperança perdem valor e cedem espaço a uma existência mundana, sem virtudes. Existência esta que não está comprometida com a busca da vida e nem reconhece o senhorio de Cristo na história da humanidade.

Todas estas boas obras (v. 12-14) e o seu resultado expresso em ideias e fenómenos metafísicos (v. 22-24) propiciam um fortalecimento, uma exortação e expectativa da nova realidade que é Cristo. Ela representa uma intervenção de Deus em todos os aspectos da vida e do mundo. Não escapam nem os cultos e, menos ainda, o poder do Imperador, pois não só a alma será arrebatada, mas sim, todo o ser, inclusive o mundo e sua história serão transformados. Desta forma os v. 12-14 desembocam na supremacia escatológica de Cristo, expressa nos v. 22-24, cuja terminologia é algo celestial, futuro, sem contudo deixar de ser um fato já consumado e realizado por Deus em Cristo aqui e agora. Cada boa virtude ascende e fortalece a Jerusalém celestial no próximo e dinamiza o poder e a força do crente nesta vida. Sendo assim, não deixa de ser uma ameaça aos poderes constituídos que oprimem e massacram as criaturas humanas. Ao colocar o senhorio de Cristo acima de tudo e de toda gama de fenómenos e ideias escatológicas, o autor garante e assegura a transitoriedade e a pequenez do Império, indicando com isto o caminho na direção do fortalecimento daqueles que ainda comungam na fé cristã, incentivando a consciência e a intensidade das boas obras, pois estas geram fé, esperança e propiciam arrependimento dentro da vida peregrina do povo de Deus, evitando uma recaída e a aceitação fatal do aparente poder exterminador que o Império Romano e seus defensores faziam soar e praticar.

Como o poder opressor — as obras da morte — não só age individualmente, assim, também a fé cristã passa a ser orientada na sua abrangência coletiva, incentivando a permanecer no credo da Igreja e na comunhão do povo de Deus.

Ao entrarmos nos aspectos negativos, percebemos que a comunidade estava equivocada em sua avaliação e concepção do Reino de Deus em relação ao Império Romano. As obras do Império surtiam efeito imediato e tinham grande aceitação. As boas virtudes e promessas cristãs estavam demorando e levando à perseguição.

Seguindo a parênese, agora em seu aspecto negativo, confrontamo-nos com a ousadia e a intrepidez teológica do autor ao defrontar-se com uma situação desanimadora na vida da comunidade. A comunidade perseguida estava medrosa e com sua capacidade de discernimento enfraquecida. Aceitam a análise conjuntural feita pelo opressor e seus instrumentos. Então, o seu discernimento optou pelo abandono da fé e das boas virtudes. Para o autor isto é grave e um pecado frontal à Nova Aliança. Didaticamente passa a usar o esquema do antagonismo. Isto para clarear e conceder elementos aos cristãos, uma vez que cultos e filosofias praticam este esquema para desviar e amainar o efeito da opressão e perseguição. Com o uso dos antagonismos (positivo-negativo) o autor exercita uma nova pedagogia para dentro da vida cristã, introduzindo elementos e concepções pagãs para auxiliar o discernimento. Com os aspectos, conceitos e práticas negativas denuncia toda a ideologia que se esconde nos cultos e filosofias que ignoram o efeito opressor do Império. Além de mostrar a transitoriedade destes e a superioridade da mediação em Cristo.

Certamente, como nos dias de hoje, a grande adesão e aceitação de certas obras e práticas religiosas, naquela época também colocavam em dúvida as virtudes cristãs por sua lentidão e seu suposto fracasso. Ainda mais que, realizar boas obras e ser proibido de circular livremente, de rezar e sofrer perseguição de morte não podia ser fruto da vontade de Deus. Bem antes, a fé cristã não era a melhor opção. Além disto, económica e politicamente os cristãos estavam sendo arrasados. A sua credibilidade e a do culto cristão não eram nada salutar aos olhos da sociedade. Piorou com o incêndio de Roma em 64 d.C.. Estes aspectos todos, aliados à demora das promessas escatológicas, acusaram esmorecimento de ação e fé (6.12; 3.7; 10.36; 12.4-11). No estilo do confrontamento entre negativo e positivo o autor vê a saída dos fiéis (v. 18-21) X (v. 22-24). Mostra as inúmeras obras mortas (ser faltoso, amargurado, impuro, profano, rejeitado e perder o arrependimento) e suas possibilidades quanto à perda da salvação (v. 15-17). Alerta para o fato de que os cristãos não estavam isentos de obras mortas ao recaírem. Bem antes, se assemelham aos que camuflam, apoiam e praticam a perseguição. Por mais divinos, místicos, celestiais e aceitáveis que fossem as obras da morte, elas contêm energias e efeitos terríveis, como: separação da graça de Deus, perda da herança da bênção e rejeição sem arrependimento. Aqui surge uma radicalidade na pregação do autor que assusta e passa a ser quase herética.

O texto culmina apresentando o resultado, os frutos das obras mortas nos v. 18-21, contextualizando uma parte da vida de Moisés. Os frutos, fogo palpável e ardente, a escuridão, as trevas e a tempestade induzem ao abandono do conhecimento da verdade, induzem à aceitação da sociedade escravagista e opressora como sendo dom de Deus. Levam ao desperdício da graça de Deus. Esta perda não só ocorre na teoria, na elevação mística, mas na situação concreta também. Isto nos mostra o exemplo da contextualização do exemplo de Esaú (v. 17), quando ele trocou sua bênção no momento de agir. Perdeu o lugar do arrependimento. Não convém ao cristão compactuar, negociar ou ignorar o opressor, pois nesta hora estará perdendo a chance da salvação. Assim, a perda da salvação não só ocorre na ausência das boas virtudes, mas também na falsa busca dos mistérios salvíficos em cultos e práticas contrárias à vida. Além disto, põem em perigo a fé dos irmãos(ãs), desacredita e dificulta a nova realidade que Deus iniciou em Cristo. Nesta pedagogia dos antagonismos o autor demonstra que as boas virtudes e a f é são respaldadas por elementos escatológicos positivos (v. 22-24), enquanto que as obras mortas são respaldadas por elementos negativos (v. 18). Ambos os elementos (positivo-negativo) possuem caráter futuro e escatológico. Porém, já se fazem manifestos aqui e agora. Deus em Cristo, o Sumo Sacerdote, veio consumar a história. Sendo Cristo algo definitivo. A comunidade é convidada por Cristo para ser sua imagem. Passando a ser a precursora do caminho salvífico neste mundo. Ela pode perder o lugar do arrependimento, pois aí a comunidade n3o herda a benção. Esta percepção não estava evidente aos fiéis, conforme o teor da obra. E, sem a confrontação das obras e a fé dos diferentes cultos, a comunidade estava ameaçada de perder a salvação. A complexidade do momento leva o autor a concluir esta perícope com uma exortação acerca da mensagem do mensageiro cristão: Prestai atenção para não deixar de ouvir aquele que vos fala (v. 25a).

Ill — A caminho da prédica

1. Neste período do 2° Domingo após Epifania, não vivemos uma perseguição declarada e oficial por causa da fé e das boas virtudes, como possivelmente a comunidade de Roma o viveu. Vivemos um tempo de autocensura e aceitação que já passou em muitos lugares os limites da censura oficial de membros, diretorias, líderes maiores, instituições políticas e econômicas. Vivemos uma imensa liberdade nos confrontos, propostas de fé e crenças. Cada qual vai em busca de alimentação espiritual e é convidado para satisfazer suas necessidades transcendentais e materiais. Aceitamos como normal a desorganização dos fiéis nas comunidades e suas excursões nas mais diferentes crenças. No Império Romano, com o passar do tempo e para o bem da opressão, todos(as) os(as) deuses(as) e crenças foram direcionados na mesma perspectiva: divinizar o imperador e seu poder. Nós, na atualidade, vivemos obcecados e induzidos a crer e praticar a tese do Deus é um só. Isto camufla e esconde muita omissão nos dias atuais. Nesta caminhada percebemos o pouco compromisso com este mundo que é uma boa criação de Deus e será transformado em Novo Céu e Nova Terra, por Cristo. Ainda não pesamos e nem meditamos acerca das propostas escatológicas reinantes. Aceitamo-las como sendo parte da mensagem cristã. Estamos traindo nossa fé e iludindo o espírito com mistérios opressores.

Toda crença e religião que ignora o poder da opressão, que ajuda a fortalecer e defender as obras que geram morte são bem-vindas em nossa pátria, inclusive, e em especial, no seio de muitas comunidades da IECLB. Aqui detecto mais uma semelhança profunda da nossa atuação em relação ao descrito pelo autor de Hebreus. Precisamos detectar nas seitas e religiões seus elementos opressores, dos e com os quais o sistema opressor se alimenta, além de atrair os fiéis de uma forma acelerada. Assim nós queremos ser cristãos, usando a mesma leitura e análise da realidade que os líderes da opressão praticam. Isto sem detectar outro resultado.

2. Por outro lado, podemos afirmar que vivemos uma época de perseguição econômica muito forte. Como no Império Romano, aqui também a religião e as seitas são convidadas ao acobertamento e defesa deste e daquele sistema opressor. São as potências desenvolvidas perseguindo as riquezas das sub-desenvolvidas. São os fortes internamente perseguindo os fracos de sua própria pátria. Poucos adquirem o direito e o acesso aos mais diferentes meios econômicos. Instrumentalizam tudo para não sofrerem nenhum embargo e desbanque de posição. As religiões e as seitas são convidadas para embelezar esta situação com roupagem divina, como sendo vontade deste um só Deus.

Não sabemos ainda qual será a postura do novo presidente. Aceitamos como normal o primeiro lugar em acidentes de trabalho, a nível mundial. Aceitamos como normal a morte de mais ou menos 300 mil crianças menores de seis anos, anualmente, em nossa pátria. Aceitamos como normal todo estágio de corrupção. Aceitamos como normal e intransponível a atual situação educacional, de saúde e ecológica. Aceitamos como normal toda impotência social frente à opressão. Poderíamos aumentar esta listagem, porém acredito que já é possível perceber como também lemos e aceitamos a realidade com os olhos da opressão. Este procedimento passa a ser fatal conforme o autor de Hebreus, pois leva à perda do arrependimento.

3. Após esta amostragem geral de nossa realidade, podemos confrontar os elementos constantes nos vv. 12-14 e 22-24, com os dos vv. 15-18, observando nossa realidade. Podemos admitir: lidamos pouco com os elementos celestiais e escatológicos de uma forma libertadora e contestadora, deixamos que aqueles(as) que cooptam com a opressão façam uso destes elementos para seu benefício e dos opressores. Não estamos sendo sábios no aspecto pedagógico para realizar este confronto. Normalmente, usamos a leitura opressiva para viver o resultado alcançado. Deixamos, assim, de afirmar e praticar o senhorio absoluto de Cristo. Não é possível crer no senhorio de Cristo e aceitar, conviver e defender a opressão.

4. Resumo da proposta:

1 — Analisar a realidade global que vivemos hoje. Partir para uma maior exploração dos aspectos religiosos, sua simbologia e importância para esta realidade;

2 — Enfocar o trabalho religioso e a terminologia escatológica como sendo um respaldo às boas virtudes ou às obras mortas;

3 — Anunciar a supremacia de Cristo na história.

IV — Subsídios litúrgicos

1. Confissão: Deus glorioso e humano, uma parcela de teus filhos(as) estão aqui reunidos para falar e reconhecer todo o desperdício de tempo e vida exercitados até hoje. Não somos dignos de chegar à assembleia celestial, mas mesmo assim nos admites em tua presença. Não precisamos falar e reconhecer, pois tu nos conheces. Contudo, se tu aceitares a fala, nossa vida também será purificada e aliviada de todo pecado. Dizemos-te, Senhor, neste momento que vivemos cansados, atarefados, desanimados e até desacorçoados com tudo que se passa em nossa pátria e, em especial, na Igreja. Não somos participantes assíduos de tua congregação. Como indivíduos e comunidade estamos em greve no que diz respeito à prática das boas obras. São poucas e insuficientes. Caímos na tentação de ignorar ou apoiar a opressão à vida do próximo. Perdoa-nos também a ausência do espírito de discernimento entre tua mensagem e os meios que oprimem e massacram a vida. Senhor, reconhecemos que diante da nossa omissão, estamos rodeados pelo cheiro da morte e da tirania deste século. Confessamos, Senhor, que não temos reconhecido a tua santidade e o teu senhorio neste mundo. Por último, nesta hora, perdoa os maus exemplos que exercitamos já neste início de ano em nosso meio, no tocante ao aspecto material e espiritual de nossa vida comunitária e pessoal. Amém.

2. Oração de coleta: Senhor, tu és o Deus da história dos que oprimem e são oprimidos. Tu és o Deus daqueles que chegam e se retiram de tua face. A tua misericórdia, a tua bondade e compaixão contrastam com a nossa fraqueza e arrogância. Por isso sejas louvado. Bendizemos o teu nome por nos corrigires com mão dura quando vivemos desalentados. Guarda neste instante nossa vida, para que o orvalho de tua Palavra nos sacie, dando força para mais um dia de boas virtudes. Amém.

3. Oração final:

Interceder para que a comunidade não:
— recuse a mensagem cristã;
— aceite a opressão e perseguição económica;
— ceda aos apelos celestiais de seitas e outras ofertas;
— desista das boas obras da fé;
— abandone a vida comunitária e os fracos;
— compactue com a profanação e impureza;
— participe do massacre à natureza.

Agradecer e louvar a Deus pela:
— vitória e consolo que nos dá em Cristo Jesus, mesmo nas horas mais cruéis da vida;
— liberdade de confrontar nossas boas virtudes da fé com todas as demais ofertas deste século;
— reconciliação e aceitação em Cristo;
— radicalidade de seu amor e perdão para conosco;
— força concedida aos cristãos em realizar boas virtudes com as mãos decaídas e joelhos tropeços;
— esmola e caridade organizacional entre os mais fracos material e espiritualmente;
— transformação social e crescimento espiritual da comunidade;
— pela certeza da Jerusalém celeste em nosso meio;
— auxilio aos velhos e crianças;
— luta contra o alcoolismo e outros meios que levam à morte.

V — Bibliografia

- GOPPELT, L. Teologia do Novo Testamento. Sinodal/Vozes, v. II.
- GRUNDMANN, W. El Mundo del Nuevo Testamento. Madrid, Ediciones Cristiandad, v. I e II.
-TURRADO, L. Bíblia Comentada. Madrid, v. VI.


Autor(a): Clemente João Freitag
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Epifania
Perfil do Domingo: 2º Domingo após Epifania
Testamento: Novo / Livro: Hebreus / Capitulo: 12 / Versículo Inicial: 12 / Versículo Final: 18
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1989 / Volume: 15
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 13506
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