Mulheres luteranas – Justificadas pela fé – libertas para amar.

Caderno de Estudos para Mulheres/OASE

04/03/2014

ENCONTRO nº __ Dia: __/__/____
Departamento de Mulheres/OASE do Sínodo da Amazônia
Pª Neida Inês Altevog Sander
Paróquia Evangélica de Confissão Luterana em Erechim – RS

 

Rm 5.1 “Cristo nos libertou para que nós sejamos realmente livres.

Por isso, continuem firmes como pessoas livres e não se tornem escravos novamente”.

Materiais para dinâmica:
1 - Vassoura, avental. Pano de prato, calças/camisas masculinas, panela, ferro de passar roupas, agenda, relógio (despertador), fotos ou instrumentos de trabalho da mulher fora de casa.
2 - Flores, livro, CDs/rádio (música), guarda sol/sombrinha, Bíblia, devocionário, cruz, vela, hinário, chimarrão/tererê/xícara e bules de café ou chá, roteiro de viagem, título de eleitora (...).
- Mulheres sentam se em círculo e no centro são dispostos os objetos (1 e 2) separadamente.

Saudação:
Olá! Hoje temos a oportunidade de estarmos reunidas sob a presença de um Deus que nos aceita e nos ama incondicionalmente. Isso é motivo de muita alegria! Encontramos Deus no rosto de cada irmã e nos sentimos unidas na mesma fé como comunidade. Que o Deus do amor – Pai, Filho e Espírito Santo - nos anime a amar.
Para iniciarmos nosso encontro vamos nos achegar a Deus em oração:

Oração: Pai querido, oh Deus do amor. Agradecemos a Ti por esse dia maravilhoso de encontro. Nós somos feitas à Tua imagem e semelhança. O Senhor valoriza muito cada uma de nós e nos chama para junto com os homens dar testemunho da nossa fé. Fomos libertadas do pecado através do batismo e chamadas a viver uma vida plena, justificadas pela fé. Obrigada pela vida e pela salvação que nos concedes em Cristo Jesus. Abençoa este nosso encontro. Que nós possamos refletir à luz da Tua palavra sobre o nosso papel como mulheres no lar e na sociedade. Em nome de Jesus amém.

Canto: ____________

Reflexão:

Você já pensou o quanto somos cobradas quando estamos diante das inúmeras tarefas atribuídas a nós como tipicamente femininas? Lavar, passar, cozinhar, cuidar dos filhos, administrar o lar são apenas alguns dos desafios que nós mulheres enfrentamos no dia-a-dia. E assumimos isso quase que naturalmente como se essa fosse realmente a nossa sina. Quando uma mulher se arrisca a fazer algo diferente e fugir à rotina imposta pela sociedade, muitas vezes ela é discriminada. Os olhares ao redor dessa mulher são de condenação e censura. Dá até prá trabalhar fora, desde que se cumpra com as “obrigações do lar”. Mas não é apenas isso. Nós também nos cobramos quando não conseguimos dar conta do recado. Sentimo-nos responsáveis pela roupa que ficou para trás, pela comida feita às pressas, por acharmos que não estamos fazendo o suficiente. E se algo dá errado? Ah, aí sim bate aquele sentimento de culpa. Com a maioria de nós isso é assim.
- E você como se sente frente às tarefas do cotidiano?
- Será que diante de tantas coisas que fazemos ainda precisamos nos cobrar quando falta fazer algo?
- Qual deveria ser o papel da mulher no lar e na sociedade?
Enquanto respondemos a essa questão vamos olhar para os materiais que temos no chão. (Tempo para o diálogo).

Canto: ___________

Katarina Von Bora foi uma grande mulher. Como freira estudou a Bíblia e teve contato com os escritos dos reformadores. Descobriu um Deus amável que não impõe clausura ou regras opressoras. Ela liderou um grupo de religiosas que fugiram do convento; por não concordarem com as injustiças e abusos cometidos pela Igreja da sua época. Foi participante ativa do movimento da Reforma. Casou-se com Martim Lutero e constituiu família.
Ela trabalhava em seu lar para muito além das tarefas domésticas. Cuidava do dinheiro e administrava um pensionato para estudantes em sua casa. Além disso, tirava tempo para se envolver nas discussões teológicas e estudos da Palavra. Ela não foi apenas alguém ao lado de Lutero, mas uma mulher valorosa que teve influência marcante na história da Igreja. Katarina é exemplo para nós mulheres. Ela teve coragem para questionar muitos costumes de seu tempo.
- Cada mulher precisa ser valorizada pela sua dedicação e personalidade. Mas é preciso se dar conta de que a divisão de tarefas precisa acontecer de forma justa. Então, de que maneira podemos reordenar as tarefas de forma a compartilhá-las com nossos companheiros?
- De que forma a mulher pode encontrar espaço para ser reconhecida como igual aos homens em dignidade diante da sociedade? (Tempo para diálogo).
A sociedade nos imprime um sentimento de responsabilidade, impondo regras e costumes. Busca justificar o papel de submissão da mulher até mesmo pela Bíblia (pela lei). Porém, conforme a Sagrada Escritura não nos cabe nenhum sentimento de culpa. “Pois, por meio da fé em Cristo Jesus, todos vocês são filhos (as) de Deus. Porque vocês foram batizados para ficarem unidos com Cristo e assim se revestiram com as qualidades do próprio Cristo. Desse modo não existe diferença entre judeus e não-judeus, entre escravos e pessoas livres, entre homens e mulheres: todos vocês são um só por estarem unidos com Cristo Jesus. E, já que vocês pertencem a Cristo, então são descendentes de Abraão e receberão aquilo que Deus prometeu”. Gl 3.26-29
Queridas, Cristo nos libertou para sermos verdadeiramente livres. Deus nos justifica, nos aceita, como pessoas dignas aos olhos Dele. E nós podemos viver dessa justiça de Deus pela fé. Sabemos que Deus ama homens e mulheres igualmente. Assim, não precisamos nos diminuir e nem nos culpar quando não conseguimos dar conta de tudo.
Podemos sim compartilhar as tarefas do dia-a-dia com nossos companheiros, pais e irmãos. É claro que isso acontece de formas diferentes em cada situação. Mas, sempre procurando organizar da melhor forma possível o lar em comunhão com os homens – repartindo responsabilidades e buscando espaço para compartilhar momentos de lazer. A verdade – JESUS CRISTO - nos liberta! (João 8.31-38) Somos justificadas pela fé somente e não pela lei ou pelos costumes deste mundo. Deste modo, temos paz com Deus. (Rm 5.1) E essa paz se expressa nos gestos de amor que são a base para as relações familiares saudáveis.

Canto: ______________

Oração: Querido Deus. Tu és a nossa luz e a nossa salvação. De quem teremos medo? Nessas palavras do salmista clamamos: salva-nos de todo o tipo de discriminação. Mostra como podemos, junto com os homens edificar uma sociedade mais justa e igualitária. Permite que nossa fé possa ser vivenciada em gestos de justiça e de paz. Que o amor de Deus em nós possa frutificar pela fé. E que ao viver da graça de Deus possamos ter consciência de que somos livres para servir. Nenhuma lei serve para nos obrigar a nada, mas a fé nos move ao amor. Senhor tu fizestes a lei para nos inspirar; para que, pela fé, busquemos a Tua vontade. Assim, podemos viver da justiça de Deus que nos é presenteada na cruz por Cristo. E isto nos basta. Tu nos livrastes de todo o tipo de ansiedade e da mania que temos de prestarmos conta aos outros; de provarmos que somos dignas de receber amor e reconhecimento. Somos justificadas por Jesus. Junto com o apóstolo Paulo, Lutero e Katarina Von Bora testemunhamos: “O justo viverá por fé”. E porque tu nos aceitas e nos dás o presente maravilhoso de viver pela fé: obrigada Senhor. Em nome daquele que por amor a nós morreu na cruz oramos. Amém.

Canto: ______________
Avisos: _____________
Bênção Final:
A bênção do Deus de Sara e de Maria, mãe de Jesus, seja contigo.
Que Ele te mostre o caminho da dignidade.
Que Ele te dê força para lutar por amor.
Que Ele te anime a viver pela fé da Justiça divina.
Que assim te abençoe o Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
 


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Autor(a): Pª Neida Inês Altevogt Sander
Âmbito: IECLB / Sinodo: Amazônia
Título da publicação: Caderno de Estudos para Mulheres/OASE 2014-2015 / Ano: 2014
Natureza do Texto: Educação
Perfil do Texto: Estudo
ID: 27053
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Senhor, tu és bom e compassivo, abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Salmo 86.5
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