O impacto das guerras

IMPRENSA EM SC E PR

01/08/1988

O impacto das guerras

Tanto o Christenbote do Sínodo Evangélico como a Evangelisch-Lutherisches Sonntagsblatt tiveram uma coexistência durante mais que meio século e refletiram a teologia assumida pelos referidos sínodos e a piedade praticada em suas comunidades. É amplamente conhecido que os dois sínodos nem sempre tiveram um convívio harmoniosa Os conflitos em diversas áreas, tanto em termos teológicos como no sentido geográfico, ficaram transparentes nos respectivos periódico. Não obstante estes registros de contendas nos jornais, a existência de dois periódicos na mesma área geográfica contribuiu para o crescimento das respectivas Igrejas no sentido mais amplo.

Em 1917 sobreveio a desgraça da 1ª. guerra mundial: as autoridades brasileiras proibiram a circulação dos dois periódicos. Somente em 1919, as sínodos receberam permissão para continuar suas atividades jornalísticas.

A mesma dose repetiu-se por ocasião da 2ª. guerra mundial. Enquanto o Evangelisch-Lutherisches Gemeindeblatt, redigido pelo pastor Hans Müller, de Joinville teve que encerrar as suas atividades (naquela época tinha 2.626 assinaturas), no mês de junho de 1938, a redação do Christenbote passou, no mesmo ano, as mãos da senhora Ema Deeke, esposa do historiador blumenauense José Deeke. Em 1942, os editores foram obrigados a publicar parte do Christenbote em língua portuguesa, denominando-se a partir do primeiro número de janeiro de 1942 Mensageiro dos Christãos. Mas isto não o salvou da proscrição no mesmo ano. Seu último número foi publicado em fevereiro de 1942 com uma tiragem de 3.700 exemplares (conforme notificação de J. Ferreira da Silva em seu livro A imprensa em Blumenau).

Fica a pergunta: por que o Evangelisch-Lutherisches Sonntagsblatt parou de circular tão cedo, enquanto que o “Mensageiro teve permissão para circular até fevereiro de 1942?

Novos rumos após a 2ª. guerra

Em 1946, o periódico do Sínodo Evangélico recomeçou a circular. Ele reapareceu com a denominação O Mensageiro do Evangelho e com um cabeçalho diferente. Durante 21 anos, este periódico foi redigido pelo Praeses Hermann Stoer, com a colaboração, durante muitos anos, do pastor Rolf Dübbers, de Blumenau.

O periódico do Sínodo Luterano foi reeditado em março de 1947 e denominou-se Castelo Forte, apresentando também um novo cabeçalho. No preâmbulo do primeiro número, o então Praeses F. Schlünzen escreve: “Após uma interrupção involuntário de vários anos, mandamos agora de novo o nosso jornal sob a denominação Castelo Forte, demonstrando assim que somos hoje os mesmos como antes. Queremos de novo cuidar da comunhão entre as paróquias do nosso sínodo; queremos cuidar da cooperação com os outros três sínodos no Brasil, baseados conosco na mesma confissão luterana, a fim de que seja realizada a Igreja Evangélica Luterana no Brasil. Este jornal, redigido pelo pastor Friedrich Wüstner, de Joinville, e sob a direção do senhor Julio Manteufel, teve, no início, 1.400 assinantes, número este que cresceu até o fim de 1947 à casa dos 4.300. Posteriormente foi redigido pelo pastor Hans Zischler.



 


Autor(a): Friedrich Gierus
Âmbito: IECLB
ID: 32159
HISTÓRIA
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