O JOREV é um termômetro da própria Igreja

SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO

01/08/1988

O JOREV é um termômetro da própria Igreja

Um veículo extremamente necessário dentro da IECLB:' Desta forma o Secretário de Comunicação da Igreja, pastor Silvio Schneider, vê o Jornal Evangélico. Ele é uma expressão de unidade dentro da Igreja e por isso as dificuldades de cunho econômico-financeiro, pelas quais ele passa, não deveriam desanimar ou desviar dos objetivos para os quais existe: de dar expressão de unidade a Igreja a nível nacional, destacou o Secretário.

Ele frisa que é através do seu Conselho de Redação, composto por seus redatores, por pastores e membros de comunidades, que atravessa tanto o planejamento como a avaliação do Jornal Evangélico. O Conselho de Redação é muito positivo, pois não personaliza a autoria do jornal, destaca Silvio. Coloca que o Jornal Evangélico pode ser entendido como uma tribuna muito democrática, modelar, para a prática de uma livre troca de opiniões e pensamentos sobre determinados assuntos. Por outro lado, também tem opinião formada quando se trata de confessar claramente a fé de confissão luterana.

O Secretário de Comunicação não esconde, porém, que o que mais o preocupa cm relação ao Jornal Evangélico é a diminuição de seus leitores e assinantes, e admite ser muito difícil ver as causas disso: Estaria na diminuição do poder aquisitivo das pessoas, sujeito às crises econômicas do país? Ou na falta de empenho das comunidades para levar o jornal a um maior número de pessoas possíveis? Ou, ainda, no conteúdo e na forma de como se faz o jornal?

Ele faz questão de dizer que o Jornal Evangélico é um termômetro da própria Igreja e de suas comunidades. Do ponto de vista de Silvio, a dificuldade maior está em articular o Evangelho a nível comunitário de tal forma que de fato seja compreendido e que resulte em Igreja viva. Silvio acredita que dos membros inscritos somente 10 a 15% participam ativamente dos cultos e de outras atividades em suas comunidades.

Silvio Schneider afirma que para manter um jornal é impossível fazê-lo somente através de assinaturas e incluí-lo no orçamento da Igreja é algo impensável.
Considerando aspectos éticos e estéticos, não vejo nenhum problema em inserir anúncios comerciais no Jornal Evangélico, salienta.

Qual, enfim, as expectativas da Secretária de Comunicação para com o jornal nacional da IECLB após o Congresso de Comunicação de maio de 1988, em Joinville (SC)? Urge que o JOREV retome a participação e o trabalho dos correspondentes distritais e proporcione treinamento tanto para estes correspondentes como para os agentes de venda de assinatura, responde Silvio.

Para ele, é importante e urgente que aumente o número de pessoas que participam no empenho pelo jornal e entende que a equipe de redação deve insistir numa maior integração com os outros setores de comunicação da IECLB, como, por exemplo, as emissoras da Fundação ISAEC de Comunicação, o Centro de Elaboração de Material, Curso Redescoberta do Evangelho. Silvio Schneider também insiste na proposta do Congresso de que os vogais leigos dos presbitérios sejam chamados a exercer a tarefa de correspondentes paroquiais para o Jornal Evangélico.


Igreja tem deficiências na área de comunicação 

A Edição de periódicos e de literatura; produção de material; edição de material elaborado sob a orientação das outras secretarias da IECLB; distribuição de material como livros, hinários, cancioneiros, audio-visuais, jornais, periódicos, programas de rádio, material didático, edição de veículos de comunicação social e de informação para a IECLB e o povo brasileiro. 

Com estas funções foi criada, em 1975, com a reestruturação da Secretaria Geral, a Secretaria de Comunicação da IECLB. No entanto, somente em julho 1977 ela foi ativada, e o pastor Hilmar Kannenberg foi o seu primeiro titular, permanecendo na função até ser sucedido, em 1° de outubro de 1980, pelo pastor Silvio Schneider. Este continua no cargo, em tempo integral, há quase oito anos. 

Os objetivos descritos para a Secretaria de Comunicação são tão amplos, que mesmo com esforço sobre-humano não conseguiria executá-los isoladamente, confessa Silvio. Por isso — prossegue —foi criado o Conselho de Comunicação e assessorias especiais, como o Conselho de Redação do Jornal Evangélico, o Conselho de Folhetos, grupos de apoio do Centro de Elaboração de Material (CEM) c do Curso Redescoberta do Evangelho (CRE), e que se tornam mais e mais necessários para multiplicar esforços para conseguir realizar a proposta de comunicação cristã. 

Avaliando o desempenho da Secretaria de Comunicação à luz das funções a ela delegadas, Silvio Schneider reconhece que a Igreja tem enormes deficiências em pessoas qualificadas e dispostas a trabalhar em comunicação. A dificuldade de manter estes profissionais talvez seja um dos motivos destas deficiências, arrisca o Secretário de Comunicação.


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HISTÓRIA
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