Presidência da IECLB divulga pedido de intercessão por São Lourenço

11/03/2011

O Centro de Apoio ao Agricultor, com o apoio do Sínodo Sul-Rio-Grandense montou um posto de recebimento e outro de distribuição de alimentos e outros itens. No momento, o mais necessário é água, leite, bolachas (para consumo rápido, até que os alimentos cheguem e se monte uma infraestrutura para o seu preparo), colchões, cobertores, papel higiênico e produtos de higiene pessoal.

Além disso, o CAPA abriu uma conta específica para o atendimento às vítimas:

Caixa Econômica Federal
ISAEC / CAPA - Instituição Sinodal de Assistência e Cultura - Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor
Agência 1594
Conta Corrente 013 91495-4

“Perdi tudo, tudo o que eu tinha. Só deu tempo de pegar a minha filha pela mão, a bolsa e sair o mais rápido possível. Tudo ficou para trás”, disse a vendedora Márcia Barths, de São Lourenço do Sul (RS), em prantos. Assim como Márcia, milhares de pessoas estão desabrigadas, depois das fortes chuvas que caíram na quarta e na quinta-feira na região Sul do estado, castigando especialmente as cidades de São Lourenço do Sul e Turuçu.

Rocheli Wachholz e o marido Roni, com os dois filhinhos, Benjamin, um ano e sete meses, e Laura, dois meses, ficaram ilhados no segundo piso da sua casa. Conseguiram sair na quinta-feira. “Temos que agradecer que não nos aconteceu nada, mas o nosso sentimento é de desolação. Andamos ontem pela cidade. A situação é caótica. As pessoas estão em choque, sem saber direito o que fazer. Muita coisa foi destruída. Na praia, a chuva fez crateras onde cabem um caminhão”, contou Rocheli, por telefone.

Roni é engenheiro agrônomo, mora em São Lourenço e trabalha com o Centro de Apoio ao Pequeno Agricultor (CAPA) em Pelotas. Ele e uma equipe de técnicos de várias organizações e da prefeitura começaram agora a avaliar os estragos no entorno da cidade. O vice-prefeito de São Lourenço, José Daniel Raupp Martins, informou que em alguns locais do interior a situação também é calamitosa: pequenos riachos abriram áreas de 300 metros de cada lado, ou seja, 600 metros, com o roldão das águas.

Os prejuízos totais ainda são desconhecidos, mas uma rede de solidariedade já está mobilizada para atender as vítimas. “Montamos aqui na sede do CAPA e da Cooperativa Sul Ecológica, com o apoio do Sínodo (Sul-Rio-Grandense, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil/IECLB), uma central de recebimento de doações. No nosso escritório em São Lourenço do Sul, temos uma central de distribuição”, relatou a coordenadora do CAPA/Núcleo Pelotas, Rita Surita.

“Muitos agricultores nossos parceiros perderam suas casas e plantações. Ainda não temos idéia do prejuízo – estamos primeiro nos organizando para atender as demandas mais urgentes e depois sim vamos poder avaliar a situação”, disse Rita. Com a destruição da praia e das lavouras, a economia local fica fragilizada, uma vez que tem sua base no turismo e na produção rural.

“Muitas pessoas, empresas e outras instituições estão nos procurando para entregar os donativos”, relatou ela. A equipe do CAPA está levando o que é possível até o local da tragédia, passando por caminhos alternativos, mas ainda tendo que atravessar trechos com grandes quantidades de água.

A Presidência da IECLB distribuiu na sexta-feira um pedido de intercessão referente à tragédia. “Não é preciso detalhar o que ocorreu nesta semana em São Lourenço do Sul, no Rio Grande do Sul”, escreve o pastor presidente, Nestor Paulo Friedrich. Ele cita também as notícias do desastre ocorrido no Japão e lembra as dificuldades que as pessoas da região serrana do Rio de Janeiro estão passando para retomar suas vidas.

É justamente no próximo domingo, dia 13 de março, que a IECLB lança o Tema e o Lema de 2011. Paz na criação de Deus – esperança e compromisso. Glória a Deus e paz na terra”, diz ainda. “Em solidariedade a toda essa gente (junto com a natureza, todos os seres criados por Deus), confiando que Deus ouve, vem, está junto, recomendamos que o motivo de intercessão seja lido em todos os cultos”, pede o pastor presidente

A Fundação Luterana de Diaconia (FLD)/ACT, vai articular com o CAPA, seu parceiro estratégico, ações relacionadas à emergência e desenvolvimento, a partir da sua conexão com a Aliança ACT. “Vamos fazer todo o possível para apoiar o trabalho do CAPA e do sínodo no atendimento às vítimas”, disse o secretário executivo da FLD, Carlos Gilberto Bock.

Até o momento, a Defesa Civil do RS informou que 2.350 pessoas estão desalojadas ou desabrigadas. Até agora, foram localizadas oito vítimas fatais. Quinze mil pessoas foram afetadas.

 


Autor(a): Portal Luteranos - IECLB
Âmbito: IECLB / Instância Nacional: Presidência
ID: 1994
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