HPD 204 – Sempre quero estar contigo
Letra: Karl Johann Philipp Spitta, 1829
Melodia: do folclore alemão, adaptada em 1735 pelos Irmãos Morávios.
Textos bíblicos: João 15.4-7
Os conceitos do Racionalismo na Europa no início do século 19 começam a ceder a uma nova teologia, a qual visa o reavivamento da fé evangélica. Abre-se, então, espaço para novos catecismos, novas liturgias e novos hinos. Foi naquela época que em 1801 nasceu Karl Johann Philipp Spitta, o autor do hino de HPD nº 204 “Sempre quero estar contigo, sempre a ti, Jesus, servir...”
O movimento novo, trazido pela teologia, acentuava Cristo como o centro do Evangelho. Por outro lado, juntamente com as Escrituras Sagradas e as Confissões fundamentais, a experiência religiosa também ganhava importância. Na letra deste hino se vê a influência deste movimento: por um lado, o subjetivismo (o hino está escrito na primeira pessoa do singular), e por outro lado, Cristo enaltecido como fonte e objeto da nossa fé. “Eu sou vide a ti unida; a videira és tu, Senhor.”
Spitta começou a escrever versos aos oito anos de idade. O hino “Sempre quero estar contigo” foi feito em 1829. No ano de 1833 Spitta publicou o primeiro volume do seu hinário “Psalter und Harfe” (Saltério e Harpa). O segundo volume foi publicado em 1843. Os dois hinários foram recebidos com imenso entusiasmo popular, sendo reeditados muitíssimas vezes.
Spitta era um homem de calorosa fé em Jesus. Trabalhou como pastor e como capelão militar e presidiário, deixando em cada lugar frutos duradouros. A simplicidade de sua fé transparece nas estrofes deste hino: “Sim, Jesus, em ti somente fico em alegria e dor... para a morte é preparado o que em ti permanecer.” Sentado à sua escrivaninha, faleceu inesperadamente, em 1859, com 58 anos de idade.
A melodia do hino HPD 204 se baseia numa música folclórica alemã de cerca de 1700. A atual forma desta música foi publicada pela Comunidade dos Irmãos Morávios em 1735. Note-se que o ritmo indicado é um compasso vigoroso de 2/2.
Fonte: P. Joel Mark Flugstad “Sempre quero estar contigo” em “Jornal Evangélico” de 08/1985, pág. 13
