Consequência inegável do progresso do movimento ecumênico em nosso país é a aceitação incrível que Batismo, Eucaristia e Ministério teve. Em menos de seis meses esgotou-se a primeira edição deste livro. A sua aceitação, entretanto, foi uma agradável surpresa.
Constitui ela prova da maturidade que o diálogo entre os setores significativos das Igrejas Cristãs vai alcançando. Já é possível debaterem-se, sem traumas e sectarismos, temas vitais da doutrina cristã tais como o batismo, a eucaristia e o ministério. Durante séculos, os principais fatores de desunião do Corpo de Cristo foram as tradições teológicas e as diferenças de organização institucional. Quando se iniciou o Movimento de Vida e Ação, em Estocolmo (1925), o lema era A doutrina divide, mas o serviço une. Mas, para o avanço do movimento ecumênico, missões, doutrinas e serviço devem juntos ser alvo de aproximação e diálogo. E estamos chegando a esse ponto. Com dificuldades, mas com avanço. O sopro do Espírito Santo bate forte e constante apelando para que a oração sacerdotal de Cristo, cada vez mais, seja atendida. E ouvidos e corações estão sendo sensíveis à sua voz.
O documento Batismo, Eucaristia e Ministério, do Conselho Mundial de Igrejas está sendo estudado, debatido e enriquecido em mais de cem países. No Brasil, foi base de seminários de reflexão em muitas igrejas. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs, muitos Concílios de Igrejas Evangélicas têm incentivado sua leitura e divulgação.
O Centro Ecumênico de Documentação e Informação — CEDI, tomando a iniciativa de publicar esta segunda edição, reafirma o seu compromisso com o movimento ecumênico e com as Igrejas que buscam de maneira corajosa evitar que o escândalo das nossas divisões seja empecilho para que o mundo creia na mensagem daquele que é o verdadeiro centro da Igreja, Jesus Cristo.
Jether Pereira Ramalho
Pelo Centro Ecumênico de Documentação e Informação — CEDI
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