Diaconia - A fé ativa pelo amor



ID: 2660

O tesouro da ilha Vida abundante

04/05/2003

 

O tesouro da ilha Vida abundante

Lá, no meio do oceano, havia uma ilha. Tinha belas praias, um mar generoso de frutos, terra fértil e clima bom. O povo que a habitava era bonito, de boa índole, ordeiro e trabalhador. Cada homem e mulher do povo contribuía com o que tinha e como podia para a prosperidade da ilha e ninguém passava necessidade, porque tinham tudo em comum. Não havia entre eles discórdia nem vaidade nem cobranças. E todas as pessoas, com necessidades especiais ou não, eram tratadas de modo digno. As diferenças eram valorizadas e respeitadas como traço característico e peculiar do ser humano.

Um dia apareceu na praia uma garrafa. Dentro da garrafa tinha um papel. No papel havia um mapa e uma anotação a punho. O achado foi imediatamente levado ao Conselho de Anciãos da Ilha. Apreensivo, o conselho convocou o povo para divulgar o conteúdo da carta. O arauto, então, leu, em tom solene, a mensagem que veio do mar:

No meio do oceano tem um tesouro. Não é prata nem é ouro. Mas a quem o achar nada mais lhe faltará, Siga as estrelas, siga o coração, e o lugar haverá de encontrar.

Depois desenhou na parede o mapa de estrelas. Quando terminou, houve grande murmuração entre o povo. Um tesouro! Um tesouro!, diziam.

Naquela noite ninguém dormiu. Em cada lugar havia alguém olhando as estrelas. Entre o povo, o tesouro ia se tornando desejo, ambição, cobiça. Quando amanheceu, havia uma movimentação muito diferente na ilha. Logo, estavam todos disputando espaços e informações mais precisas sobre o tesouro. Ao final do dia, ninguém o havia encontrado, mas muitos já haviam perdido o brilho dos olhos. No outro dia, muita gente já estava fora da busca. E daí em diante foi se conformando uma nova ordem na ilha e uma nova lei: a ordem de classes e a lei do mais forte.

Pela nova ordem, as praias, os frutos do mar e a terra fértil estavam reservados aos mais fortes e capazes. Assim, a fartura e a abundância passaram a ser bênção de Deus ou destino e a pobreza e a doença, vontade divina ou castigo. Por causa disso, alguns diziam ter encontrado o tesouro, porque viviam em abundância. Outros, contudo, se achavam desafortunados porque não tiveram a mesma sorte.

Lá, no meio do oceano, estava a ilha. Mas já não tinha mais praias tão belas, nem o mar era tão generoso, nem a terra produzia-suficiente nem o clima era bom. E o povo havia perdido a sua beleza. Na busca do tesouro, as pessoas o haviam perdido. Mas não se davam conta disto.

Até que um dia aportou na ilha um barco com um único tripulante. Trazia um pedaço de papel com um mapa de estrelas e um manuscrito. Desembarcou e recitou: No meio do oceano tem um tesouro. Não é prata nem é ouro. Mas a quem o achar nada mais lhe faltará. Siga as estrelas, siga o coração, e o lugar haverá de encontrar. Sim, disse o marujo, é aqui, não tenho dúvidas. Este é o lugar e o tesouro de que fala o manuscrito.

Não pode ser, retrucou um ilhéu. Procuramos a vida toda e não o encontramos.

Porque vocês seguiram apenas as estrelas e esqueceram de ouvir os seus corações. Vocês tinham um tesouro e o desperdiçaram. Agora é preciso converter o coração, mudar a atitude, reformular a ordem e a lei. Aí vocês vão encontrar o seu tesouro e jamais haverá de novo falta, exclusão ou necessidade entre vocês.

TÉCNICA I:

Material: Papéis e uma caixa com tesouro
1. Colocar numa caixa alguma surpresa
2. Distribuir entre os participantes os papéis com as seguintes perguntas:
a) O que há na caixa?
b) Qual a cor do objeto na caixa?
c) Pertence a quem?
d) Em nossa região há pouco ou muito?
e) A quem você daria?
f) Que tamanho tem?
g) Que valores sugere o objeto?
3. Trocar as folhas com as respostas com o companheiro/a do lado.
4. Abrir a caixa de surpresas
5. Ouvir as respostas e perceber quem mais se aproximou do tesouro.
6. Refletir em duplas ou em grupos sobre: a) quais são os valores da nossa sociedade, da nossa comunidade, da nossa família, do nosso grupo?; b) quais são os meus tesouros ou os da minha comunidade?; c) o que eu ou a comunidade estamos fazendo com este tesouro?

(Adaptado de: Pe. Canísio Meyer S.J. Viver e Conviver Dinâmica e Textos para diferentes momentos. S.P: Paulus, p72)

TÉCNICA II:

Leia a história para o grupo e promova um breve diálogo sobre as seguintes questões: a) qual era .o tesouro da ilha?; b) por que as pessoas perderam o tesouro?; c) o que precisavam fazer para reencontrá-lo?

TÉCNICA III:

Promova um debate sobre vida 'abundante. As seguintes perguntas podem ajudar: a) O que é vida abundante?; b) vida abundante é igual para cada pessoa? O que é vida abundante para uma pessoa com deficiência?; c) como podemos ter vida abundante?; d) o que impede a vida abundante?


Ricardo Fiegenbaum, jornalista e teólogo Colaborou: Vera Walber e Carla Jandrey do Departamento de Diaconia - PPD


Voltar para o índice Dia Nacional da Diaconia 2003

 


Autor(a): Ricardo Fiegenbaum
Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Diaconia
Natureza do Texto: Estudo/Pesquisa
ID: 46200

AÇÃO CONJUNTA
+
tema
vai_vem
pami
fe pecc

É totalmente insuportável que em uma Igreja cristã um queira ser superior aos outros.
Martim Lutero
REDE DE RECURSOS
+
Assim como o fogo sempre produz calor e fumaça, também a fé sempre vem acompanhada do amor.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br