Cuidado com a Criação



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Ambientalista gaúcha Magda Renner morre aos 90 anos

Porto-alegrense conhecida como a primeira-dama da ecologia, ela integrava a geração de ativistas capitaneada por José Lutzenberger

12/10/2016


A geração de ouro da ecologia, capitaneada por José Lutzenberger, que morreu em 2002, perdeu na terça-feira uma de suas ativistas mais influentes. Magda Elisabeth Nygaard Renner morreu aos 90 anos, em casa, em Porto Alegre — cidade onde nasceu, construiu família e esteve à frente de importantes causas ambientais desde a década de 1960, após ter ingressado na Ação Democrática Feminina Gaúcha (ADFG), grupo criado por mulheres que não se satisfaziam em apenas serem donas de casa.

O fascínio em observar a mãe, Irma, a cuidar do jardim despertou uma ambição maior do que aprender a enterrar uma latinha para que a ferrugem do metal influenciasse na tonalidade das flores. Foi em casa, com a mãe, quem dizia ser uma ecologista por natureza, que ela entendeu a importância de reutilizar materiais e de não desperdiçar alimentos. Magda contaria histórias como essa décadas depois, quando ficaria conhecida como a primeira-dama da ecologia, com direito a uma homenagem do governo federal em 2003, em Brasília. A data não poderia ser diferente: 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.

Viúva desde 1998 do empresário Otto Renner e nora de Antônio Jacob Renner, fundador da empresa gaúcha que leva seu sobrenome, Magda agitou desde as primeiras iniciativas de reciclagem na Capital até conferências internacionais sobre ameaças e regulamentação de substâncias químicas.

Em entrevista a Zero Hora, em 2003, a amiga Giselda Castro, uma das fundadoras da ADFG, que morreu em 2012, descreveu a ecologista como uma mulher discreta e reservada, mas que se transformava quando pegava um megafone. A Magda tem um carisma especial, é mais coração e mente, disse Gisela, à época.

Mas a personalidade imponente da gaúcha não se destacava apenas em episódios como a luta contra a maré vermelha que atingiu o litoral gaúcho nos anos 1970. Apaixonada pela altivez dos cavalos, saltava em provas hípicas. Em uma época em que a maioria das mulheres se dedicava a novos pontos de crochê, Magda ganhou um cavalo que batizou de Guarani, em homenagem aos índios que legaram a erva-mate.

Diagnosticada com Alzheimer havia 13 anos, deixa os filhos Telma, Felicitas, Cristiano e Mathias, nove netos e sete bisnetos.

O sepultamento foi realizado na terça-feira, no Memorial Martim Lutero, em Porto Alegre.

Fonte: Jornal Zero Hora


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