Quando os olhos não veem, mas sente o coração.

14/07/2016

Fiquei pensativa depois que a Robinete me perguntou: Você viu o arco íris hoje a tarde? Eu não vi porque passei a tarde ocupada, e nesmo o anuncio de chuva me fez abrir a janela do escritório. Isso aconteceu no ano passado e ainda hoje está na minha memória o fato de não ter presenciado o arco íris daquela tarde.

Não o presenciei através dos meus olhos da face, mas sim pelo relato que me chegou ao coração. “O ouvido é o acesso ao coração”. Não é sempre válida a expressão poética de que: “o que os olhos não veem o coração não sente”. Há momentos em que o coração sente, mesmo que os olhos não tenham visto. Podemos ver e sentir através do testemunho de outras pessoas e da natureza.

Quando a Monica, nossa filha de cinco anose a Pastora Beta, nossa amiga de muitos anos, despediram-se depois de passarem juntas dias das férias de janeiro, perguntaram uma a outra: O que vamos fazer quando sentirmos saudades? E decidiram que receberiam ajuda das borboletas: toda vez que encontrarmos uma borboleta vamos lembrar uma da outra. E assim fazem até hoje. Da primeira vez eu, registrei: - Olha uma borboleta! A Beta! E a borboleta pousou no braço da Monica por um instante.

E agora, você que está lendo esta mensagem tem, através do meu relato a possibilidade de sentir mesmo sem ver. O que os olhos não veem, pode ser sentido pelo coração. E depois eu contei pra Monica o que a Pastora Beta escreveu no caderno de estudos do tema do ano da igreja: “Sabiam que existem borboletas que atravessam o Oceano Atlântico para buscar vida?” Agora as pessoas que aceitam conversar com a Monica a respeito das borboletas ficam sabendo que elas atravessam o Oceano em busca do bem.

O tema e lema da IECLB referem-se a gestos de decisão pelo bem e não pelo mal: Pela Graça de Deus, livres para cuidar. Buscai o bem e não o mal. Amós 5. 14ª. A vida comunitária em nossas igrejas é fruto dos relatos que recebemos das primeiras comunidades cristãs e também da experiência daquilo que os profetas e as profetisas viram, sentiram e relataram para que mesmo não vendo pudéssemos sentir e fazer as escolhas entre o bem e mal de cada dia.

Comunidades e projetos missionários vivos e cuidadores são como borboletas que saem em busca do bem em conjunto. Estamos vivendo no Sínodo Sudeste e no Núcleo RJ um tempo de revoada de borboletas, queremos atravessar quilômetros e alcançar vida nas secretarias em Porto Alegre e lhes contagiar com o bem que aqui estamos experimentando em nossos Projetos de Missão e Diaconia. Fazemos trabalho bonito e suavemente vamos colorindo e mostrando a presença da igreja no sudeste do Brasil. Quando olhamos mais de perto vemos que há casulos de borboletas que também gostariam de voar e cumprir sua tarefa para o bem, mas ainda não estão prontos para isso. Pedimos que as secretarias da Igreja abram as suas janelas para não perder, assim como eu, a beleza das borboletas que juntas formam um arco íris. Não percam a beleza, principalmente aquela que vem através dos relatos de comunidades e projetos de diaconia e missão e contam histórias para que os olhos vejam e sinta o coração.  


Autor(a): Pa. Lisa Brehm
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 38655
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