1 Coríntios 8.2

Auxílio Homilético

01/06/1988

Tema: Cultura Popular: quando a vida se faz escola!

Explicação do tema:

Vivemos ainda numa época em que o grande, o forte, aquele que impõe, dá, traz e faz as soluções para tudo e todos. É o pensamento e a prática aceitos como verdadeiros. Porém, os pequenos e os fracos e os marginalizados driblam essas soluções. Aqui nasce o jeitinho brasileiro, buscando por saídas simples e praticáveis para este beco aparentemente sem saída. A criatividade popular produz uma capacidade de resistência impertinente, desenvolve uma insaciável vontade de viver com alegria e satisfação. A arte de viver melhor precisa conquistar um espaço sempre maior em nossa vida comunitária.

Texto para a prédica: 1 Coríntios 8.2

Autor: Evaldo Luis Pauly

l - A mentira da cultura pobre

As festas juninas transformaram esse imenso Brasil num único arraial. Nas escolas as crianças são travestidas de caipiras paulistas. Como se fôssemos todos membros da cultura caipira. Anulam-se as ricas diferenças da cultura popular. A pretensão de anular diferenças é objetivo da ideologia. É pecado! É negação da encarnação que pressupõe diferenças, assumir diferenças. A universalidade da missão (At 1.8) baseia-se nas diferentes etnias e culturas. Na verdade somos uma cultura popular diferenciada e diferenciante. Não existe a cultura popular. Existe a cultura popular caipira, kaigang, hunsrücker, açoriana, angolana... Tantas culturas quantos povos diferentes reúnem-se ou foram reunidos nestas terras. Admitindo-se as diferenças, tem-se condições de crescer, aprender, ensinar. O cristianismo é exemplo clássico dessas afirmações. Enquanto os judaico-cristãos insistiam na supressão das diferenças, impondo o modus vivendi judaico, o cristianismo correu sério risco de tornar-se seita judacia e fenecer sob seu próprio sectarismo. Com a proposta paulina de assumir as diferenças (1 Co 9.19-22) como parte integrante e constituinte da fé, o cristianismo tornou-se apto para superar-se e crescer. E venceu a cultura dominante, especialmente o helenismo.

II - Cultura popular à luz da dialética Lei e Evangelho

1. Cultura e Sociedade

Cultura popular ê tema nobre de importantes pesquisas acadêmicas. Não tenho acesso a esta riqueza.

Cultura é a exteriorização da psique. É expressão concreta do que vai pelas almas, inconscientes, profundezas das gentes. Ao mesmo tempo é interiorização - nas mesmas instâncias - daquilo que a sociedade tenha produzido. Cultura existe apenas como produto e produtora do social. Por qualificação popular entendo aqueles socialmente dominados, e não apenas geograficamente localizados. Em latim op é ir contra, como kata no koinê. O radical prim formará termos como primeiro, primário, primitivo, primal... Sua forma verbal assume o sentido de geração do novo, de poder produzir, de se mostrar. Em grego encontramos dynasteuo: exercer poder. Oprimido, semanticamente, é compreendido como oposição de poder, no sentido de contrário, avesso, reverso do poder. Não necessária e imediatamente, seria organização política em oposição à dominação.

As festas juninas - nesta perspectiva - dão forma a alguns desejos populares. Desejos primários, básicos: de morte e de vida. Um desejo de viver stisfeito, negando a insatisfação da vida real. Um desejo de viver numa boa vida e de que morra a vida caipira real, de canseiras e de exploração na venda da colheita. A festa popular explora a ingenuidade do caipira - o Jeca Tatu às vezes me dá a impressão de ser o Adão brasileiro, antes da queda. O caipira é cultuado como criatura cândida e singela, meiga e coerente. A dominação do padre ou do pastor sobre a vida dos paroquianos nos resquícios da sociedade agrária é ridicularizada. Pastor ou padre - em casamento na roça - invariavelmente é logrado pelos nubentes ou padrinhos. A apatia do caipira - fruto de sua doença física, psíquica, social e espiritual - ganha ares de agilidade estratégica. Fazendo-se de morto, para enganar os vivos. A noiva quase sempre grávida, demonstra a vitalidade, malícia e esperteza do casal. A falta de dentes - denúncia da desnutrição -passa a ser símbolo de beleza e enfeita todos os sorrisos do noivo. Ao mesmo tempo é protesto inconsciente e, também, acomodação acrílica à ideologia dominante. No fundo, as festas juninas fazem crer que o caipira é feliz. Usa roupas remendadas não como símbolo de sua pobreza, mas como sinal de alegria e despreocupação. O casamento - momento crucial na vida do camponês jovem: é momento de adquirir terra - serve apenas como diversão. Nesta festa popular, feita pelo próprio povo, se faz incorporar na vida de milhões de crianças escolares, tal visão do camponês.

Evidente que há felicidade, alegria, amor e não só exploração e doença na vida do camponês caipira.

2. Cultura e luteranismo

Na linguagem luterana, cultura popular é divina e diabólica. Na tradição do exílio - momento histórico decisivo do povo de Deus em que a cultura ê questão vital - ela tem uma vertente divina (Gn 1.28, p. ex.) e outra diabólica (Gn 2.17 e 3.7, p. ex.). A teologia da glória, na Idade Média, era antes de tudo a cultura dominante. A dialética Lei e Evangelho recupera esse aparente dualismo. Destrói a segurança, pretensamente divina, da ideologia desta sociedade. Ê assim que ... fora do âmbito da doutrina da justificação, com Paulo devemos sentir reverencia pela lei, levando-a adiante com o máximo louvor, chamando-a de santa, justa, boa, espiritual, divina, etc. Fora da consciência devemos fazer deía Deus - dentro da consciência ela verdadeiramente é o diabo (Lutero apud Iwand, p. 104).

Com isso estou sugerindo refletirmos a questão da cultura pela ótica da dialética. O uso externo da lei, o mundo da prática social, recebe a lei como presente de Deus. A lei faz com que as pessoas obedeçam, submetam-se e possam viver agregadas em sociedade. A lei permite a vida social e assim facilita a vida individual. No entanto, no campo do interior, na intimidade pessoal esta mesma lei é o diabo. Ela controla, segura, limita a pessoa. Impede-a de fora para dentro de realizar o que deseja. O desejo e até a necessidade de matar, p. ex., é tão intrínseca nas formações sociais que conhecemos, que sem o freio da lei, a vida seria uma impossibilidade. É curioso, mas para libertar-se é preciso também recalcar-se, reprimir-se! A mesma lei é libertadora quando fora da consciência, opressora quando dentro da consciência! A opressão da lei todo luterano conhece: conduz à falsa segurança da salvação, etc... Mas a libertação que a lei propicia é pouco refletida entre nós!

A cultura tem função semelhante à da lei. A cultura se impõe de fora para dentro, estabelece e toma possível o convívio social. Ninguém escolhe a cultura, nasce dentro de uma. Mesmo os que podem escolher uma cultura, precisam - primeiro - submeter-se. A cultura das pessoas é que as tornam libertas para o convívio social, ao mesmo tempo em que castra muitas potencialidades criativas. Assim é, por exemplo, com a fala. A fala é origem e base de toda cultura. A fala se impõe de fora para dentro, a criança precisa aprender a se submeter à cultura para que tenha acesso às relações sociais e possa sobreviver. Quem não pode se submeter a uma cultura é louco, solitário, mal pode sobreviver. Mas, apesar de impor-se, é com a própria fala impingida que a pessoa começa a expressar seu mundo, consegue compreendê-lo, ganhando assim a possibilidade de transformá-lo. Assim como a cultura, a lei conhece a profundidade dos conflitos que afloram da vida material, por isso essa como aquela podem levar ao desespero.

Ill - Cultura e evangelização

Apesar da profunda simpatia de intelectuais, clérigos e políticos de esquerda ou populistas, a cultura popular nasce da vida material das classes populares, portanto é uma cultura de exploração, vício, morte! A cultura do povo é pobre e podre. Infelizmente, o diabo é seu dono e senhor, como é dono é senhor da exploração, vício e morte. A cultura popular, assim como a lei, precisa se contrapor dialeticamente ao evangelho, à novidade, ao de fora, ao estranho, ao Libertador.

Estou suspeitando que o jeitinho brasileiro tem muito de semelhante à doutrina luterana do estado. É paradoxal demais, por isso me vem a suspeita. O jeitinho diviniza a autoridade, ao mesmo tempo em que tenta manipulá-la. Reconhece a sua legitimidade, ao mesmo tempo em que a vê como corruptível. A autoridade, nesta doutrina e no jeitinho, está aí para ser servida, mas ao mesmo tempo deve servir. Assim ... o jeito é a práxis do povo (...) Em sua origem é sempre uma decisão inventiva, individual. Sua fonte e sua razão de ser são uma pessoa concreta que apela à ação. Mas pela multiplicação dessas decisões e pela sua divulgação no meio ambiente social, formou-se toda uma estratégia socializada, variável, sem fim, mas estruturalmente semelhante, que se fixou na vida do povo, como alternativa moral diante da obediência ao sistema de normas existentes (Leers, p. 45). Suspeito, mas não tenho como aprofundar, que a estrutura do jeitinho é pensada teologicamente na controvertida questão da autoridade, da espada (Confissão de Augsburgo 16 e 28).

Considero que cada pobre brasileiro sente no seu bolso o que se chama de exploração. Preocupo-me pelo divino que há na cultura popular que se apresenta sob essa exploração. Tenho a impressão de que - à semelhança do que acontece à pessoa sob a ler - a cultura popular serve para conduzir ao desespero, à perdição. Assim como a lei suscita a ira (Lutero, toe. clt, p. 39), a cultura popular suscita a gana de mudar. As eleições de 1986 deixam isso evidente. A gana pela mudança, o desejo por ela, ganharam as eleições. Vamos a alguns exemplos, para esclarecer o que não consigo dizer mais claramente:

Exemplo 1: O machismo é valor básico de nossa cultura popular. Um de seus princípios diz que o homem que é homem tem de sustentar a mulher e os filhos. A dominação, aproveitando-se disso, sugere ainda que o sustento inclui: roupas iguais às da novela, eletrodomésticos, férias, desodorantes... A vide. material do sujeito - seu trabalho e seu salário - não permite que suporte muito além do feijão com arroz. Nasce daí o desespero: o machista não sustenta seu machismo. Esse desespero geralmente conduz à violência. Como não pode ganhar a mulher e as crianças com presentes, ganha no tapa. Esse é o lado diabólico do desespero machista. Outra saída, creio ser divina. Já que não é possível sustentar a família sozinho, não é seu dono exclusivo. É possível partilhar o poder, conversar de igual para igual com mulher e filhos. Não é o diálogo receitado nos conselhos da Revista Claudia ou da Nova. É diálogo que brota do desespero, não do amor, nem do afeto, nem da compreensão. No desespero o machista pode identificar, perceber o que lhe dói. É o começo desesperado da libertação! Se sobreviver adiante, poderá identificar a exploração do trabalho, a solidariedade da família, a fortaleza do amor, a função da política, do sindicalismo... Um mundo se abre! É hora da novidade, do extraordinário (do fora da ordem), do estranho. Da libertação/salvação.

Exemplo 2: Outro valor da cultura popular é a Bíblia. Está escrito, está acabado. Bíblia locuta, causa finita! A Bíblia vira papa, mágico, vidente, feiticeiro, astrólogo... A leitura da Bíblia, no entanto, quando feita com constância, em comunidade, com reverência, tem conduzido por caminhos novos. A leitura da Bíblia pode levar ao desespero: Pedro contra Pauto, pecadores preferidos, profeta contra profeta, Jesus Cristo com os pobres. De repente se pode chegar ao desespero de: ou perder a fé (uma tragédia para o povo) ou receber de fora uma nova fé! De fora do mundo, mas por dentro da Bíblia. Um mundo se abre. O extra nos se relativiza na vida, permanecendo absolutamente outro.

Das culturas populares, aquelas que se nutrem do desejo de mudar, que nascem do desespero, são mais aptas para a evangelização. Elas estão abertas à novidade, à alteridade. Elas carecem de novos rumos, ressentem-se de formar fraternidade e comunidade. Enfim, necessitam resolver o desespero: por Deus ou pelo diabo. Lembro que a revelação primeira aconteceu somente aos escravos do faraó que desesperados clamaram. Lembro ainda que outros escravos continuaram sob o jugo do faraó: nem todos conheceram a libertação porque não expressaram seu desespero!

A lei que abre a pessoa ao Evangelho que vem libertar, permanece sendo lei. Lutero e Paulo não suprimiram a lei, por mais que a criticassem. Acredito que a cultura popular que desespera e leva pessoas à evangelização, continua sendo cultura, e não fé. Muito menos posso ter a pretensão de, como os antigos e novos legalistas, insistir em que a cultura popular, por si só, subsista e seja suficiente para a salvação do povo. Em respeito à cultura popular não se pode deixar de evangelizar, de trazer o que está fora de nós, o que vem por si mesmo. A proposta de pensar teologicamente a cultura popular como Lutero pensava a lei, também necessita - quiçá com muito mais exigência - de lei e evangelho. A cultura popular é provisória, inconstante. O que também indica a pertinência de pensá-la dialeticamente. No fundamental, este tipo de teologia permite que a cultura permaneça cultura, e o evangelho seja de fato evangelho. Permite que a pessoa seja senhora de sua cultura, e o crente servo do Senhor. Para quem herdou uma cultura dualista, de Contra-Reforma, como nós brasileiros, a metodologia teológica de Lutero é quase impensável, inacessível. A liberdade também é quase inacessível, e nem por isso deixamos de buscá-la.

Ill - O caso de 1 Coríntios 8.2

1. Contexto geral

Sem dúvida, as cartas aos coríntios são dos mais complicados enigmas históricos de todo o Novo Testamento (Drane, p. 81). Os partidos religiosos de 1.10-17 indicam uma comunidade cosmopolita. Reúne gentios, ditos de Paulo, que desenvolviam acirrado combate à lei. Os de Cefas certamente defendiam a tei. Os de Apoio, de visão helenista, mais urbana e mais cientificista, eram características da escola de Alexandria (At 18.24-28). Provavelmente os de Cristo mantinham contatos extáticos com Cristo, semelhantemente aos mistérios. (Lohse, p. 60-62; Drane, p. 83-84). É nesta comunidade que reúne tantas ideologias como comerciantes em seus entrocamentos e cais, que se vive a universalidade da exclusiva justificação.

O contexto é ético, desde o capítulo 5, avançando até o 11. Toda a doutrina moral de Pauto nasce da doutrina da justificação, a qual jamais se orientou para o indivíduo, embora quase ninguém se dê conta disso (Kaesemann, p. 88). Especialmente nestes capítulos, a doutrina moral ê comunitária, é daí que ganha sentido na vida individual. Há também que considerar a cristologia paulina: a basiléia de Deus se faz presente onde somos ou nos tornamos plenamente humanos. Do contrário, ela seria uma ilusão. A cristologia encerrada na doutrina da justificação corresponde à existência vivida dia a dia no mundo (ibidem). Esta consequência cultural da cristologia é incompatível com a influência helenista, expressão fundamental da cultura urbana em transição (Bornkamm, p. 96). Baseados na excelência da sua gnose, os diversos grupos religioso-culturais de Corinto entendiam-se libertos; para Paulo, porém, existe apenas um teste para a liberdade cristã: ela serve ao próximo e fortifica a comunidade? (Idem, p. 94).

2. Contexto do capítulo 8

Trata-se da famosa questão das carnes sacrificadas aos ídolos. Fato de alguma atualidade no Brasil. Muitos centros afro-brasileiros promovem banquetes abertos ao povo. Verdadeiras festas com animais sacrificados aos ídolos.

Paulo contrapõe ao saber o amor. Coloca em discussão, não um dogma monoteísta, mas a prática da comunidade. Discute sobre a conveniência do saber serve a quem? A prática define o saber. A partir desta discussão de fundo, que não ê sectária em relação aos oponentes, Paulo tenta enfrentar uma questão do dia-a-dia popular. Em Corinto, contudo, não havia açougues. A compra de carne era uma atividade religiosa (Drane, p. 86). A carne era vendida pelos inúmeros templos. Com isso nos deparamos com a cristalina relação entre sociedade, cultura e ideologia. A ideologia e a cultura helenista dominante nas sociedades urbanizadas (Paulo, p. 138) determinava relações comerciais, e vice-versa. No fundo Pauto coloca em questão muito mais que uma simples questão teológica, questiona toda esta relação social: serve a quem? Participar de um banquete cultural pagão, ou comprar a carne deixa de ser questão gastronômica e passa a ser teológica. Assim entendo a argumentação em 10.23-33. Enquanto gastronomia, não há objeção alguma, mas se a essa função se acrescer a religiosa (ideológica?) da carne sacrificial, então não se come. Não se come em denúncia ao que propaga essa ideologia (no sentido de mentira, idolatria) e em amor aos que são fracos.

Na perspectiva da justificação, a cultura deve ser pensada em função da prática do amor consciente e libertador da comunidade (do próximo). Assim também a cultura popular, por mais simpática, deve passar por esse filtro: serve a quem? Como em Paulo, esta pergunta se coloca na sociedade: serve a quem nesta determinada formação social? O conhecimento que pode advir daí é loucura para o mundo! A cruz serve a quem? Aos dominadores do povo e aos que, sendo povo, se aliavam aos dominadores. A eles interessava a morte de Jesus na cruz. Na verdade, esta morte na cruz, na ressurreição, passa a servir aos pobres, aos que nada são, aos loucos deste mundo, à nossa salvação.

IV - Indicações para a prédica

1. Cultura a gente faz e fazem pela gente.

Assista a alguns capítulos da novela das 8. Procure verificar os personagens principais: o casal de mocinhos e os maus. Faça um relato ingénuo de alguma cena mais chocante.

2. Serve a quem? É conveniente?

Introduza o texto, o único versículo. Gomo convém saber? O que a novela quer que a gente saiba? O que quer que a gente aprenda? A quem interessa esse aprendizado?

3. Qual é o nó da novela?

A terceira parte da prédica deve fazer o ouvinte sonhar. Todos somos como o casal de mocinhos. Todos temos automóvel, não trabalhamos muito, vivemos na zona sul do Rio, vestimos roupas lindíssimas. O saber ensoberbece, o amor edifica. O que a novela traz como o amor é soberba. Tente apontar as contradições entre a realidade das pessoas e a imagem (mentira!) que a novela passa.

4. Encenar

Procure alguma velha história: do tempo dos kerbs, da guerra, da colonização. O povo idolatra esse passado. Confronte-o com a cultura de hoje e podem-se propor algumas pistas para sair do confronto. Valorizar os velhos, pensar melhor na cultura em festa de colégio e comunidade. Coisas pequenas, mas viáveis.

Outra indicação para a prédica pode ser a do PL, v. X, p. 74 a 77. Lá você encontrará um estudo sobre a festa de São João, típica do ciclo junino. Este seria o ponto 1. do esquema. Os outros seguem a mesma metodologia, só que ao invés de novela das 8, tem-se a história da festa de São João.

V - Subsídios litúrgicos

1. Confissão de pecados: Senhor, Deus todo-poderoso, confessamos que temos sido orgulhosos. Achamos que sabemos tudo sobre fé. Achamos que sabemos tudo sobre a vida. Senhor, não sabemos orar como convém. Não sabemos amar como convém. Não sabemos viver como convém. Desperta em nós o que te convier, nosso Senhor. Desperta o amor que convém, o saber que convém, a oração que seja conveniente. Tem piedade de nós, Senhor!

2. Oração de coleta: Queremos, bondoso Deus, ouvir a tua palavra. Dá-nos o teu Espírito de Sabedoria, para que aprendamos o que tens a nos ensinar. Dá-nos o teu Espírito, que tudo sabe, a nós que nada sabemos. Dá-nos o teu Espírito, negado aos sábios, concedido aos pobres, para que possamos ser tua comunidade. Amém.

3. Assuntos para a oração final: Pelas crianças: sistema de ensino (escolas, creches, famílias, vizinhança) para que aprendam o que é conveniente para a vida e não para a morte. Pelos jovens para que aprendam a viver na dura realidade da vida, e que não aprendam a drogar-se fugindo. Orar pela escola da comunidade, creche, ou trabalho social para que ensinem e aprendam o que é conveniente a Deus e à humanização.

4. Leituras: Salmo 100 (saber quem é Deus = louvor festivo) 

                  Mt 7.25-34 (saber de Deus = nossas necessidades)

VI - Bibliografia

a) Obras consultadas:

- BORNKAMM, G. Bíblia: Novo Testamento. São Paulo, 1981.
- DRANE, J. Pauto, São Paulo, 1982.
- IWAND, H. J.A justiça da fé. São Leopoldo, 1977.
- KAESEMANN, E. Perspectivas Paulinas. São Paulo, 1980.
- LOHSE, E. Introdução ao Novo Testamento. São Leopoldo, 1980.
- PAUL, A. O judaísmo tardio. São Paulo, 1983.

b) Obras que influenciaram, mas que nem todas foram utilizadas neste auxilio: 

- FREIRE, P. et FREI BETO. Essa escola chamada vida. 2. ed. São Paulo, 1985.
- LEERS. Jeito brasileiro e norma absoluta. Petrópolis, 1982.
- LÖWY, M. Para uma sociologia dos intelectuais revolucionários. São Paulo, 1979.
- PAIVA, V. P. Paulo Freire e o nacionalismo-desenvolvimentista. Rio de Janeiro, 1980.
- SAN-TAELLA, L Arte & Cultura. São Paulo, 1982.
- VOLPE, G. et alii. Moral e sociedade. Rio de Janeiro, 1982.


 


Autor(a): Evaldo Luis Pauly
Âmbito: IECLB
Testamento: Novo / Livro: Coríntios I / Capitulo: 8 / Versículo Inicial: 2
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1987 / Volume: 13
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 17886
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