Joel 2.21-27

Auxílio Homilético

29/06/2008

Prédica: Joel 2.21-27
Leituras: Mateus 6.25-33; 1 Timóteo 2.1-7
Autor: Rodolfo Gaede Neto
Data Litúrgica: Ação de Graças pela Colheita
Data da Pregação: 2008
Proclamar Libertação - Volume: XXXII


1 Introdução
Em nosso tempo, está em alta a religião de resultados: cobra-se de Deus a realização de suas promessas. O crente investe o dízimo (sua contrapartida) e conta com o retorno em forma de bênçãos, curas, prosperidade.
O culto de ação de graças pela colheita é uma das festas mais bonitas da igreja devido à sua dimensão prática, concreta, palpável, diretamente ligada ao dia-a-dia da comunidade, ao pão de cada dia. Há, entretanto, nessa festa, o risco de entrarmos no jogo dos resultados, cultivando uma mentalidade de recompensa: fui fiel a Deus e ele me abençoou; fui honesto, trabalhei, estou em dia com minha igreja e hoje tenho motivos para agradecer.
O texto da prédica pode ajudar-nos a anunciar uma teologia mais coerente com o todo do evangelho. Ele aponta para um Deus cuja ação não pode ser reduzida a uma cura ou a uma boa colheita. Senão, como ficam os que não foram abençoados com uma cura ou uma boa colheita? Foram excluídos dos planos de Deus? O texto fala de um projeto maior de Deus. A leitura do evangelho ratifica essa visão quando exorta a buscarmos, em primeiro lugar, não “as demais coisas”, mas o reino de Deus e sua justiça. Da mesma forma, a epístola insiste numa compreensão mais inclusiva e abrangente da fé, estimulando-nos a ações que sejam “em favor de todos os homens”, pois Deus “deseja que todos os homens sejam salvos”.
Assim, parece haver uma unidade temática no conjunto dos três textos: o projeto de Deus de um novo tempo para toda a criação, toda a humanidade, todo o universo. A comunidade que for afetada (de afeto) por essa promessa terá alegria em louvar o Criador mesmo se a última colheita não foi tão boa ou mesmo se a saúde deixou a desejar.

2 Dados exegéticos
Joel faz parte dos assim chamados “doze pequenos profetas”. O livro surgiu em torno do ano 400 a.C., e seu contexto é a comunidade cultual que se formou em Jerusalém após o exílio babilônico. Uma forte ligação entre culto e profecia caracteriza o conteúdo do livro: a mensagem profética é comunicada em ambiente cultual.
O tema principal do livro é o Dia de Javé: Joel anuncia a intervenção de Javé numa realidade de grande miséria. O Dia de Javé, ou seja, a visão escatológica de um novo tempo, é descrito nos capítulos 3 e 41. Esse dia, porém, é antecedido por uma catástrofe natural (invasão de gafanhotos, carestia e seca), descrita nos capítulos 1 e 2. A situação de total destruição enseja o chamado à penitência, ao jejum, ao arrependimento e à conversão (1.13s.; 2.12s.).
O trecho previsto para a pregação – 2.21-27 – é um hino de agradecimento, que apresenta as promessas de Javé para o novo tempo. Divide-se em duas partes: a) os v. 21-24 trazem o hino de agradecimento proferido pela boca do profeta, que se refere à grande transformação de uma situação de extrema miséria em um novo tempo de grande felicidade; b) os v. 25-27 apresentam uma palavra de Deus que anuncia suas promessas ao povo assolado.
No hino, exalta-se a grandeza da ajuda de Deus. No convite ao louvor, tudo e todos são incluídos, também a terra e os animais, além dos humanos, o que é uma bela demonstração da compreensão de unidade de toda a criação diante do Criador.
O texto expressa a grande alegria que provém das bênçãos de Deus, recebidas através da natureza. Sem dúvida, essa alegria pelas bênçãos que enchem o paiol e a despensa é totalmente legítima. Entretanto, o texto aponta também para uma alegria que excede aquela: a alegria em Deus mesmo (v. 23), porque ele novamente está próximo de seu povo. A chuva que Deus dá, em justa medida, revela um Deus justo e gracioso (v. 23)2.
Para anunciar a exclusividade do senhorio de Javé, Joel faz mais um de seus jogos de palavras: a afirmação, no v. 21, de que “o Senhor faz grandes cousas” é uma contraposição ao que é dito do inimigo (v. 20) de que “agiu poderosamente”. O texto original, que fala da ação do inimigo, deve ser traduzido como: agiu com força, com violência. Portanto, enquanto o inimigo age com prepotência, Javé atua com ações maravilhosas, conforme é descrito nos versículos seguintes (22-24).
Joel também faz um jogo de comparação do momento atual com o momento da criação original: ao dirigir-se à terra com as palavras “não temas” e convidá-la ao regozijo, está dando o recado de que aquela maldição da terra (por causa da desobediência de Adão – Gn 3.17) tem agora o seu fim quando Deus a abençoa para que ela produza frutos. Assim como o caos original foi superado pela palavra criadora de Deus e a terra produziu relva, ervas etc. (Gn 1.12), assim o caos atual (terra desertificada) será novamente superado pela ação criadora de Deus. O campo que estava de luto (1.10) não precisa mais esperar pela bênção de Baal (deus da fertilidade), porque o próprio Javé se voltou a ele para libertá-lo da maldição. O inimigo só podia agir com força em relação à terra, mas não podia libertá-la da maldição. Isso unicamente Javé podia realizar: só ele pode perdoar pecados (a maldição tinha sua origem no pecado) e criar vida nova. Esses feitos do Senhor devem ser considerados “grandes cousas” (v. 21).
No v. 23, o “não temais” é dirigido aos animais. Em 1.20, os animais ainda são descritos como os que bramam suspirantes por Javé. Estavam esquecidos e, por isso, vulneráveis à ação de outros deuses. Agora o profeta lhes anuncia que Deus se tornou novamente o único Senhor da criação.
Ao ser humano, o último a ser mencionado (como na criação original), é anunciado um novo paraíso, criado a partir da terra desertificada. No v. 25, restituir não é simplesmente uma reposição dos prejuízos que o povo sofreu com os gafanhotos, mas uma recriação da natureza, ou seja, o restabelecimento do paraíso. Assim é anunciado também ao povo que Javé continuará sendo o seu Deus, apesar do que ele sofreu no exílio.
A chuva abundante é o maior sinal de bênção na Palestina. Ela é o pressuposto mais importante para a vida e o bem-estar das pessoas. Diferente é, por exemplo, no Egito, onde a bênção vem de baixo, ou seja, das inundações do Nilo. Na Palestina, não se podia usar as escassas águas dos pequenos rios para irrigação. Por isso o povo dependia exclusivamente do cuidado de Deus através das chuvas. Joel lembra os filhos de Sião do que é dito em Deuteronômio 11.12: “Terra de que cuida o Senhor, vosso Deus; os olhos do Senhor, vosso Deus, estão sobre ela continuamente, desde o princípio até o fim do ano”. Joel anuncia ao povo que Javé se voltará de novo inteiramente à sua terra e garantirá a vida dos seus.
Mesmo assim, o bem-estar físico não é a única mensagem de Joel ao povo de Deus. Para ele, em última análise, está em jogo algo maior: um ser humano novo, com um novo coração (2.13). Somente assim a relação entre Javé e seu povo (v. 26 e 27) estará completamente restabelecida.

3 Meditação
3.1 – Em busca da teologia do texto
O texto contém a mensagem de que o Criador continua sendo o Criador, mesmo que fatos como catástrofes estejam insinuando a sua ausência, sua inoperância, sua indiferença. A presença de Deus não pode ser reduzida à incidência de chuvas, nem sua ausência ao flagelo da seca. Certamente bênçãos como a chuva, a colheita, a abundância de alimentos etc. sinalizam sua presença criadora. Entretanto, o texto aponta para além disso: o senhorio do Criador ultrapassa a barreira das aparências; não está condicionado ao que nos é possível ver e experimentar num determinado tempo ou lugar. O desafio da fé é manter-se fiel ao Deus Criador, que é Senhor do universo também quando há catástrofes e miséria.
O projeto do Criador em relação à sua criatura é maior do que medidas paliativas. Seu projeto é a nova criação, o restabelecimento do paraíso e, especialmente, um ser humano com um novo coração. Enquanto isso, as forças contrárias ao Criador (Baal, o inimigo do norte) não sabem atuar a não ser com prepotência. Não podem abençoar a terra e libertá-la das maldições. Não podem perdoar pecados. Ou seja, não podem fazer as coisas recomeçarem do nada, do caos. Não podem recriar.
Nesse sentido, Javé é o único que faz grandes cousas e age maravilhosamente. Aqui está, a meu ver, o cerne teológico do texto. Essa teologia leva a comunidade de fé a exercitar constantemente a sua sensibilidade em relação ao maravilhoso agir de Deus, que excede o que é aparente e presente.
Esse não é um desafio simples para a fé: crer em Deus além do que dele é visível e palpável no meu dia-a-dia. Mas essa é a fé que supera a religião do imediatismo, a religião de resultados (que só funciona quando há recompensa), a religião da prosperidade. Pobre é a nossa fé quando está simplesmente atrelada a resultados: curas, chuvas, colheitas, bens materiais, felicidade etc. Quando faltam esses resultados, estamos sozinhos, abandonados, desesperados. Nesse sentido, a nossa sensibilidade pode fazer-nos ver que, atrás da chuva, atrás dos frutos da terra, atrás da cura, está o Senhor do universo, que não somente envia a chuva em tempos de miséria, que não somebnte cura quando estamos doentes, mas também é o Senhor na miséria, na doença e no caos.
A abundância de bênçãos que as pessoas experimentam no âmbito material serve, em última análise, para levar ao reconhecimento da grandeza do Criador, ou seja, para conduzir ao louvor ao Criador do universo. A existência do povo de Deus não depende apenas do usufruto dos bens da terra, mas da ação maravilhosa e criadora de Deus num sentido amplo e profundo. A sensibilidade para o maravilhoso, para a surpreendente grandeza do Criador caracteriza a pessoa que confia em Deus, caracteriza quem se sabe inteiramente orientado para Deus, que tem seu olhar voltado unicamente a Deus, em qualquer situação. O texto quer despertar a confiança em Deus a partir do reconhecimento de que ele faz grandes cousas e age maravilhosamente. A justa medida da chuva que Deus dá hoje apenas indica para um Deus que é justo e gracioso sempre.

3.2 – Em busca da atualização do texto
No culto de ação de graças pela colheita, importa animar a comunidade ao regozijo, à alegria, ao louvor. O motivo é o Criador do universo, que faz grandes cousas e age maravilhosamente. A justa medida de chuvas, as fartas colheitas, as despensas cheias, o pão de cada dia, a produção alcançada, sem dúvida, são razões justas para entoar o louvor ao Criador. Entretanto, há um motivo maior. Se não entendermos esse motivo, correremos o risco de nos tornar uma comunidade que mede o tamanho de seu louvor pelo tamanho da bênção recebida. Entraríamos num jogo perigoso de troca com Deus. A fé estaria condicionada aos resultados que produz; ou seja, ela teria o tamanho de sua produção.
O motivo maior de louvor é que a presença e a atuação de Deus excedem o que acontece hoje e aqui, o que é visível aos nossos olhos, o que para nós particularmente significa bênção. Seu projeto é maior. Seu projeto é o Dia de Javé. Ou seja, sua perspectiva (escatológica) é a de um novo tempo, em que o ser humano terá um novo coração, em que a terra estará liberta de toda maldição, em que os campos não mais precisarão estar de luto, em que a terra não mais estará amaldiçoada, em que os animais não mais precisarão bramar suspirantes, em que os campos, os animais e o ser humano formarão uma unidade perante o Criador, em que a criação original será restabelecida e o paraíso será novamente uma realidade.
Não é necessário dizer que há incompatibilidades entre o Dia de Javé e o nosso tempo. Poderíamos lembrar quantas espécies de animais e plantas entram anualmente na lista das que estão em processo de extinção no planeta. Poderíamos apontar para o processo de desertificação de algumas regiões do mundo, para a agressão à camada de ozônio, para o aquecimento global e suas conseqüências desastrosas. Em nosso tempo, vislumbramos grandes catástrofes naturais, além da realidade de miséria que assola hoje grande parte da humanidade.
O que fazer com a nossa fé se ela tem apenas o tamanho de nossa lavoura, de nossa despensa, da última chuva, de nossa produção? E os nossos irmãos e irmãs que passam fome o ano todo? E a Amazônia? E a camada de ozônio? E os animais e as plantas em extinção? E o tsunami? E o aquecimento global? E o manancial de águas potáveis ameaçado? E o lixo? E a mortandade de peixes? E o combustível? E o futuro da humanidade?
É pobre a nossa fé se não tiver a quem se apegar, que seja maior do que tudo o que hoje se apresenta. Essa seria uma fé como aquela voltada a Baal, que se contenta com soluções paliativas, com resultados imediatos; uma fé que se contenta com “as demais coisas” (cf. a leitura do evangelho deste culto).
Conforme o texto de Joel, culto e profecia podem andar de mãos dadas. Por isso a mensagem profética pode ser comunicada no ambiente cultual da festa da colheita. Isso inclui o chamado à penitência, ao jejum, ao arrependimento e à conversão por causa de nossa participação na construção do caos vigente. Esse é momento oportuno para chamar a atenção para o que diz a leitura do evangelho: importa buscar, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça (cf. Mt 6.33).
Entretanto, penso que neste culto deve prevalecer o louvor a Deus. A fé desenvolve a sensibilidade em relação àquele que faz grandes cousas e que age maravilhosamente, no sentido de recriar, perdoar os pecados, libertar a terra de todas as maldições, conceder ao ser humano um novo coração e restabelecer o paraíso. Essa sensibilidade da fé gera a alegria em Deus mesmo. A fé alegra-se em Deus, simplesmente pelo que ele é.
O louvor a esse Deus envolve a criação inteira. Tudo e todos devem ser chamados a expressar sua gratidão ao Deus que, por seu poder criador, pode transformar a situação caótica do nosso planeta num novo paraíso. Essa é sua promessa. No texto da prédica, Deus coloca esse mundo sob a promessa de novos tempos; isso basta para crer na transformação do mundo. Por isso: “Não temas, ó terra, regozija-te e alegra-te; porque o Senhor faz grandes cousas”.

4 Imagens para a prédica
4.1 – Um pensamento
“A mensagem do reino não é dependente do sucesso do momento, não é desmentida pelo insucesso, porque aponta para o senhorio de Deus, ao qual servem também os adversários, sem que o saibam ou queiram.” 3

4.2 – Um poema
Minha respiração está em andamento –
O que ela quer dizer?
Talvez:
Olha, ouve, cheira, degusta, pega, vive!
Talvez:
Deus respira em ti mais do que tu mesmo.
E também:
Em todas as pessoas, animais, plantas, ele respira como em ti.
E assim:
Alegria aos sentidos!
Prazer às criaturas!
Paz às almas!4

4.3 – Uma história
Em 1767, Johann Friedrich Oberlin torna-se pastor em Steintal. Nessa distante e abandonada região da Alsácia localizam-se cinco vilas pobres. O acesso às três igrejinhas do vale e aos barracos dos moradores é muito precário. Naqueles barracos reinam fome e miséria. Os moradores são huguenotes, que ali podem viver a fé cristã após o tratado de paz da Vestfália. O excesso de miséria leva essa gente à resignação.
O novo pastor tem conhecimentos na área da saúde e da agricultura. Mas percebe que, antes de qualquer outra coisa, essa região precisa de estradas. Ele mesmo toma a enxada, providencia ferramentas, reúne os colonos, manda explodir pedras, traça os planos das estradas e manda construir uma ponte, que ele denomina de “Liebesbrücke” (ponte do amor).
Após a construção das estradas em mutirão, Oberlin vê como segunda tarefa o combate à fome. Aplica seus conhecimentos em agricultura (drenagem, irrigação, adubação, cultivo de sementes, cultura de cereais e frutíferas etc.) e coordena as atividades de plantação de lavouras. A horta de sua própria casa torna-se lugar de experimentos.
Como esse trabalho tem em vista a comunidade toda, também as crianças são envolvidas: exige-se delas que, antes de sua confirmação, tenham plantado pelo menos duas árvores frutíferas.
Também o gado se encontra em estado de degeneração. Por isso adquire gado saudável para a reprodução. Outro problema é que os colonos estão endividados; em razão disso, cria-se uma caixa comunitária para empréstimos. Novos instrumentos agrícolas são adquiridos. Até mesmo uma gráfica particular Oberlin adquire para a impressão de um jornal comunitário.
Concomitante a toda essa atividade, a palavra de Deus vai sendo pregada no vale. Melhores estradas, lavouras produtivas, gado saudável e pomares produtivos são fatos que ajudam as pessoas a viver como filhos e filhas de Deus. O pastor sempre tem em vista o bem-estar comunitário e, ao mesmo tempo, empenha-se em favor dos indivíduos. O trabalho de cuidado, seja do corpo ou da alma, começa com as crianças e estende-se a todas as faixas etárias. 5

5 Subsídios litúrgicos
Confissão de pecados:
Deus Criador, com humildade chegamos a ti e te entregamos a nossa confissão: somos parte da humanidade que coloca diariamente várias espécies de plantas e animais na lista das que estão em processo de extinção; que polui o solo, a água e o ar; que produz lixo desnecessário; que consome supérfluos; que, enfim, gera a agressão à camada de ozônio e o aquecimento global. Somos parte da humanidade que teima em colocar tua criação em risco. Confessamos que pessoalmente participamos, em maior ou menor grau, do estabelecimento do caos e nos tornamos culpados perante ti. Clamamos a ti: Tem misericórdia de nós, Senhor.

Kyrie eleison (litania):
1 – Pelas dores deste mundo, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
2 – Pelas espécies de animais e plantas em processo de extinção, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
1 – Pelos animais presos e vítimas de maus-tratos, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
2 – Pelas plantas e pelos animais mortos nas queimadas.
C – Tem piedade, Senhor.
1 – Pelos mananciais de águas potáveis ameaçados de contaminação, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
2 – Pelo ar contaminado pelos gases tóxicos dos carros e das indústrias, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
2 – Pela terra agredida por nosso lixo, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
1 – Pelas geleiras que derretem em conseqüência do aquecimento global, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
2 – Pelas pessoas do mundo inteiro que sofrem fome e sede, clamemos ao Criador.
C – Tem piedade, Senhor.
1 – Pela paz no mundo inteiro e pela salvação do nosso planeta, clamemos ao Senhor.
C – Tem piedade, Senhor.

Glória:
Cantemos glória ao Criador, porque ele, mesmo ali onde o consideramos ausente, faz grandes cousas e age maravilhosamente.
C – Glória...

Oração da coleta:
Deus Criador, tu que colocas este mundo sob a promessa de novos tempos: aguça em nós a sensibilidade de reconhecer o teu agir em nosso meio já agora. Dá-nos um coração novo, que saiba acolher o projeto de teu reino. Por Cristo, nosso Senhor, que contigo e com o Espírito Santo vive e reina de eternidade a eternidade. Amém.

Oração de intercessão:
Deus do universo, graças te damos por todas as bênçãos que chegaram a nós durante este ano, vindas de tuas mãos benignas. Graças pelas chuvas, pelo sol, pelo vento, pela terra, pelas plantas... Graças pelo pão de cada dia. Intercedemos por tua igreja e por todas as pessoas que nela te servem: permita que ela cresça na alegria em ti por causa de teu agir maravilhoso. Que cresça em nós a confiança em tua promessa de criar novos tempos e, assim, mais e mais, busquemos em primeiro lugar o teu reino e a tua justiça. Intercedemos pelas autoridades de todo o mundo e, em especial, pelos governantes de nosso país, para que se sintam fortalecidos nas boas ações e invistam, com mais determinação, no cuidado da natureza, para que a terra possa produzir frutos saudáveis. Criador misericordioso, orienta os governantes a buscar caminhos de superação dos grandes problemas sociais que afetam tantas pessoas em nossa sociedade. Intercedemos pelas pessoas que não encontram trabalho, pelas que estão endividadas, pelas que não têm um pedaço de chão para plantar e colher, pelas doentes, enfim, pedimos a tua misericórdia em favor das pessoas que têm dificuldades de receber o seu pão de cada dia. Entregamos em tuas mãos todas as nossas preocupações, na certeza de que tu fazes grandes cousas e ages maravilhosamente. Apressa a chegada de teu grande dia. Por Cristo. Amém.

Bibliografia
BIC, Milos. Das Buch Joel. Berlin: Evangelische Verlagsanstalt GmbH, 1960.
WOLFF, Hans Walter. Dodekapropheten 2 – Joel und Amos (Biblischer Kommentar Altes Testament). Neukirchen-Vluyn: Neukirchener Verlag GmbH, 1969.

Notas:
1 Essa divisão do livro obedece à estrutura apresentada pela Bíblia Hebraica, que, diferentemente da versão de Almeida, apresenta a seguinte estrutura: cap. 1, v. 1 a 20 (normal); cap. 2, v. 1 a 27; cap. 3, v. 28 a 32 do cap. 2; cap. 4, v. 1 a 21 do cap. 3.
2 No v. 23, Joel faz um de seus típicos jogos de palavra: o termo hebraico more (23b) pode ser traduzido tanto por “chuva em medida justa” como por “o que ensina a justiça”.
3 BRANDT, Wilhelm. O serviço de Jesus. In: NORDSTOKKE, Kjell (org.). A diaconia em perspectiva bíblica e histórica. São Leopoldo: Sinodal, 2003, p. 13.
4 Kurt Marti
5 VONHOFF, Heinz; HOFMANN, Hans-Joachim. Samariter der Menschheit: Christliche Barmherzigkeit in Geschichte und Gegenwart. München: Claudius-Verlag, 1977. p. 136s (tradução livre de Rodolfo Gaede Neto).
 


Autor(a): Rodolfo Gaede Neto
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Dia de Ação de Graças

Testamento: Antigo / Livro: Joel / Capitulo: 2 / Versículo Inicial: 21 / Versículo Final: 27
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 2007 / Volume: 32
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 24313
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