4º Simpósio Internacional de Lutero

08/10/2015

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Fotos cedidas pela P. Alessandra Altrak
Fotos cedidas pela P. Alessandra Altrak
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Com o tema: Reforma e Política aconteceu nos dias 08 e 09 de outubro o 4º Simpósio Internacional de Lutero. Durante o di,a o evento foi realizado na Comunidade Martim Lutero - Paróquia Três Vendas, em Pelotas, e era voltado para ministros/as do Sínodo Sul-Rio-Grandense e contou com participação de pastores da IELB. Á noite, foram oferecidas palestras abertas para o público em geral.

A 1ª palestra aberta ao público aconteceu também na Comunidade Martim Lutero - Paróquia Três Vendas, com o tema: Os cristãos e a corrupção na política brasileira (Prof. Dr. Euler R. Westphal). A 2ª palestra aconteceu na Comunidade Ascensão - Paróquia Santa Maria do Sul, interior de Pelotas, com o tema: Cristãos e política – Impulsos da Reforma para o presente? (Prof. Dr. Hellmut Zschoch). 

Durante os dias aconteceram às seguintes palestras:

- Como Lutero experimenta a interpreta a autoridade. O Prof. Dr. Hellmut Zschoc, professor do Kirchliche Hochschule Wuppertal da Alemanha, abordou a visão da autoridade secular nos ensinamentos de Martim Lutero. Como teólogo, Lutero escreve a partir das suas vivências e experiências. E isto também lhe proporcionou uma visão distinta em relação às autoridades e seu papel na sociedade da época. Fazendo uso dos textos bíblicos de Romanos 13 e 1Pedro 2, Lutero define o papel das autoridades. Nas questões de fé a pessoa cristã não está sujeita a nenhuma autoridade terrena. Lutero diferencia entre reino terreno e reino espiritual e as atribuições de cada um deles.

- A distinção dos dois reinos e a pergunta por sua relevância para a compreensão do papel político da IECLB na atualidade. O Prof. Dr. Claus Schwambach, professor da FLT, em São Bento do Sul/SC, abordou que a distinção dos dois reinos pressupõe a antropologia de Martim Lutero e a visão do ser humano como alguém pecador. O âmbito secular não elimina o pecado, só em Jesus que o pecado pode ser perdoado. A distinção dos dois reinos contribui para motivar pessoas cristãs a fazer diferença na sociedade. 

- A comunidade de fé e o estado laico: uma perspectiva a partir da teologia de Lutero. O Prof. Dr. Euler R. Westphal discorreu sobre o tema abordando que, para Lutero, há o Reino de Deus e o reino do mundo. Os cristãos pertencem ao Reino de Deus. Estes não precisam ser punidos pela força da espada do reino do mundo. Os cristãos, que são verdadeiramente cristãos, são governados pelo Espírito Santo. E o Estado precisa ter clareza do seu papel e não pode beneficiar uma determinada religião em detrimento de outra.

- Entre a revolta e a retirada – A “ala esquerda” da reforma e a política. Segundo o Prof. Dr. Hellmut Zschoch, para Lutero, a autoridade secular não precisa ser crente, mas precisa zelar para uma boa ordem. Abordando sobre os conflitos havido com os camponeses, na época de Lutero, percebe-se que a fé e o direito divino se cruzam. Discorreu ainda sobre o grupo dos anabatistas e seu modo de pensar a agir frente à sociedade. 

- A antropologia de Lutero em diálogo com a visão antropológica de Darci Ribeiro. Na visão do Prof. Dr. Albrecht Baeske existem corruptos em todos os setores. E na compreensão de Lutero o ser humano pode ser vistos sob dois aspectos: como criatura e como salvo por Jesus Cristo.

- Cordialidade e corrupção – Uma análise crítica da cultura política brasileira na ética da reforma luterana. Tema abordado pelo Prof. Dr. Euler R. Westphal que enfatiza, segundo Lutero, o Evangelho, ao proporcionar perdão, liberta o ser humano para a vivência racional nas coisas do mundo. A lei está aí para preservar a criação e não para destruí-la. Em virtude disso, Lutero concede dignidade à educação, ao matrimônio, ao trabalho manual, à música, às festas e à alegria. Embora Lutero não utilize a palavra cultura, mas a partir dos seus escritos podemos dizer que a cultura é vista como expressão da humanidade das pessoas e demonstração do cuidado de Deus para com a sua criação.
 

COMUNICAÇÃO
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Se a Palavra desaparecer, o mundo fica escuro. Aí ninguém mais sabe onde se abrigar.
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