A Cicatriz - Pastoral Escolar Instituição Evangélica de Novo Hamburgo

20/11/2011

Um menino tinha uma cicatriz no rosto. Os colegas na escola não falavam com ele.  Nem sentavam ao seu lado.  Quando os colegas o viam franziam a testa. A cicatriz era muito feia. Então a turma se reuniu com a direção e pediu que o  menino da cicatriz não freqüentasse mais a escola.

Considerando o pedido, a diretoria tomou outra decisão: Se conversaria com o menino, pedindo que ele fosse sempre o último a entrar na sala de aula, pela porta do fundo, e o primeiro a sair. Desta forma, nenhum aluno teria que ver o seu rosto, a não ser que olhasse para trás.

O menino da cicatriz acatou a decisão, com uma condição: Falar a todos os colegas sobre a origem da cicatriz.  A turma concordou. No dia seguinte, o menino parou diante dos colegas e relatou:

- Sabe turma, eu entendo vocês. Na realidade esta cicatriz é muito feia, mas quero contar, como eu a adquiri. Eu tinha 7 anos de idade. Eu estava em casa, com meus três irmão, um de 4 anos, outro de 2 anos, uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida e minha mãe, quando o fogo começou. Minha mãe conseguiu levar no colo meu irmão de 2 e pela mão meu irmão de 4 anos. Ela colocou-me sentado no chão, do lado de fora, e disse para ficar lá com eles. Ela foi buscar minha irmãzinha. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa, havia muita fumaça. As pessoas que estavam ali, não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha.

Foi aí que eu decidi... Saí por entre as pessoas e quando perceberam eu já tinha entrado na casa.  Estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. A tomei no colo... Neste momento vi alguma coisa caindo, algo que encostou no meu rosto, onde tenho esta cicatriz. Mesmo assim, consegui sair do quarto, até o lugar onde o bombeiro podia nos ver e nos levar para fora da casa.

Vocês podem achar esta cicatriz feia, mas tem alguém lá em casa que a acha linda. Todo dia quando chego,  ela, a minha irmãzinha, me beija no rosto e eu esqueço que tenho uma cicatriz. Para nós, ela é uma marca de amor.

O silêncio na turma era geral. A vergonha também. Conta-se que deste dia em diante, os colegas deixaram de se incomodar com a cicatriz do menino. (Autor desconhecido)

Quantos colegas, com suas cicatrizes, também estão aqui na nossa escola, e não queremos ver, nem ouvir sobre o respeito! Quantas pessoas nós discriminamos por causa das suas marcas, suas histórias, suas idéias! Será que eu, nós, não temos cicatrizes também?

Jesus Cristo também teve cicatrizes nas mãos, nos pés, na cabeça. Marcas do seu amor pelas pessoas. Cicatrizes adquiridas, na esperança de que a gente viva o amor que respeita todas as diferenças. Que possamos pensar nestas coisas, nesta semana, quando lembramos a Sua ascensão. 
Uma boa semana. P. Júlio C. Adam


Jesus Cristo diz: Eu estou com vocês todos os dias,até o fim dos tempos.
Mateus 28.20b
 


Autor(a): Julio C Adam
Âmbito: IECLB
Área: Missão / Nível: Missão - Formação / Subnível: Missão - Formação - Educação em Escola
Área: Missão / Nível: Missão - Jovens
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 11762
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Essa esperança não nos deixa decepcionados, pois Deus derramou o seu amor no nosso coração, por meio do Espírito Santo, que Ele nos deu.
Romanos 5.5
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