A Oferta de Caim e Abel

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O texto de Gênesis 4.1-7 relata a oferta que Caim e Abel apresentaram a Deus. Caim era agricultor e, Abel, pastor de ovelhas. Os dois ofereceram a Deus uma parte do fruto do seu trabalho.

Chamamos a atenção para alguns detalhes do texto bíblico. Como lemos no versículo 3, Caim “pegou alguns produtos da terra e os ofereceu ao Deus Eterno”. No versículo 4 vemos que “Abel, por sua vez, pegou o primeiro carneirinho nascido no seu rebanho, matou-o e ofereceu as melhores partes ao Deus Eterno”.

Deus aceitou a oferta de Abel e rejeitou a de seu irmão. Logo temos a reação de Caim. Ele demonstra abertamente seu descontentamento com Deus. Caim deixou a inveja tomar conta de seus pensamentos. Transformou-se em um homem revoltado. Não aceitou a decisão de Deus.

Uma forma de interpretar esse texto poderia ser esta: Sendo Caim um agricultor, sua oferta representava o desejo de domínio sobre a terra. Abel, ao oferecer a ovelha, estava sinalizando o plano de redenção de Deus: a ovelha representaria Jesus Cristo.

Porém, essa interpretação não explica plenamente por que uma oferta foi aceita, e outra não. Mas então, qual o motivo para Deus aceitar uma oferta e rejeitar outra?

Caim não foi julgado pela oferta em si, mas pelo modo como andava a sua vida. Como estava seu coração? Qual era o seu real objetivo? Deus vê o coração e sabe das nossas intenções. Sabe quando a oferta é dada com alegria ou por obrigação. Uma oferta pode vir com a intenção de manipular.

Podemos dar presentes e trocar favores para conquistar outras pessoas, para nos promover, para sermos considerados pessoas mais especiais que outras.

Lembremos das palavras de Lutero: A fé produz frutos, mas não para si. No caso de Caim e Abel, sua fé animou-os a fazer uma oferta para Deus. Podemos arriscar a dizer que Abel ofereceu sem querer nada em troca; ofereceu o melhor de si. Caim ofertou, mas esperava ser recompensado.
Para pensar: Será que isso acontece ainda hoje?

Caim mostrou-se cheio de ira e desconfiança. A oferta de Abel foi aceita por Deus em virtude de sua fé (Hebreus 11.4). Ter fé é como andar de noite, no escuro, onde cada barulho pode virar um tormento. Se continuarmos a caminhar na escuridão, enfrentamos as dificuldades e vencemos o medo.
Caim se abateu, deixando que seus sentimentos o dominassem. Lutero diz que o pecado no ser humano é a sua falta de fé, falta de confiança. Portanto, quando vamos ofertar a Deus, é importante dedicar as dádivas ao Senhor com fé e confiança. Somos acolhidos por nossa intenção de contribuir e não por nossa contribuição em si, pois Deus conhece nosso coração (Lucas 16.15).

Certa vez, Jesus estava no templo e viu quando uma viúva ofertou suas duas únicas moedas (Marcos 12.42). A pobre mulher havia ofertado toda a sua vida, seu sustento, mostrando assim sua confiança total em Deus. O que diria Jesus em relação às nossas ofertas hoje?
A oferta é uma resposta ao amor que não impõe condições de Deus, que ofertou seu filho para nossa salvação. Deus, por seu grande amor, ofertou o melhor que tinha. Deu o seu único filho por cada um e cada uma de nós.

Ofertando de coração, participamos do Reino de Deus. Esse Reino é refletido no cotidiano, quando gestos de solidariedade e amor são realizados em favor das pessoas que sofrem. Todo sinal de esperança e resgate da dignidade humana é reflexo do Reino de Deus.

Um sábio disse uma vez que há uma grande diferença entre as pessoas que ajudam por obrigação e as que ajudam por vontade. Quem ajuda ou faz algo por obrigação, geralmente está com o rosto fechado e, muitas vezes, o trabalho que faz precisa ser refeito. Quando alguém ajuda com vontade e alegria, faz um excelente trabalho porque o realiza com prazer, com gratidão e com amor.

Desenvolvimento do encontro

ADULTOS
Material necessário: Bíblia, recortes de revistas e jornais que retratem coisas boas que recebemos de Deus (natureza, alimentos, moradia, pessoas reunidas e felizes, crianças brincando ou lendo, pessoas idosas passeando. Considerar elementos do contexto). Recortar as figuras e colá-las sobre um pedaço de papelão ou cartolina. Deve-se pensar em pelo menos uma figura para cada grupo de 5 pessoas. Folhas de papel sulfite A4 (brancas ou coloridas), tesoura, canetinhas, cola, barbante.
Preparação do ambiente: colocar as cadeiras em círculo e, no centro, deitar as imagens recortadas.

1) Canto: Vem, Espírito Santo (HPD 2, nº 366).

2) Oração: Ler em conjunto ou cantar Obrigado, Pai Celeste (HPD 1, nº 286).

3) Conversa inicial
Conversar com as pessoas sobre as figuras deitadas no chão. O que podemos identificar nessas fotos?

4) Leitura bíblica: Gênesis 4.1-8.

5) Comentários sobre o texto
Conversar sobre o texto bíblico, motivando todas as pessoas a se manifestarem. Enriquecer a discussão com informações do texto-base acima. Destacar que as figuras nos lembram de situações que podemos reconhecer como presentes de Deus.

6) Trabalho em grupos
Pedir que as pessoas formem grupos ao redor das figuras. A partir da leitura bíblica, das reflexões feitas anteriormente e da figura escolhida, o grupo responde a seguinte questão: Que ações podemos fazer para agradecer a Deus por esse e outros presentes recebidos? Nossa oferta em dinheiro para a igreja pode ser uma dessas ações?
O grupo escreve a sua resposta na folha de papel ofício e cola-a no verso da figura.

7) Plenária
Cada grupo apresenta suas reflexões. As figuras com as respostas podem formar um bonito móbile a ser pendurado depois no salão da comunidade.

8) Canto: Te ofertamos nossos dons (HPD 2, nº 359).

9) Oração: Convidar cada grupo a dirigir uma oração e encerrar em conjunto com o Pai Nosso.

10) Bênção e envio: CD Tema do Ano 2006.
 


Âmbito: IECLB
Testamento: Antigo / Livro: Gênesis / Capitulo: 4 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 7
Natureza do Texto: Educação
Perfil do Texto: Estudo Bíblico
ID: 22442
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Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.
João 8.31-32
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