SENHAS DIÁRIAS - 21.12.2020
Não são poucas as vezes em que Javé, o Deus de Israel, acusa seu povo de incoerência. Nos livros proféticos isso é uma constante. Inclusive, as invasões e sofrimentos inerentes são consequências desta incoerência. Como diz Isaías: o povo ora, louva e fala da palavra de Deus, mas não vive conforme esta palavra. Podemos dizer que dentro do templo ou da sinagoga, que era a igreja da época, tinham uma atitude beata. Mas, saindo dali, Deus não tinha mais lugar na suas vidas, nas suas atitudes e nas suas ações. Viviam como se Deus não existisse. Esta é a palavra que Isaías anuncia ao povo, especialmente às lideranças do povo: rei, corte, juízes, sacerdotes e outras tantas lideranças. Deus se enojava deste tipo de vida e continua se enojando hoje também. Esse povo ora a mim com a boca e me louva com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Isso vale para cada uma e cada um de nós também hoje.
O apóstolo João conhecia muito bem a índole humana, começando por ele próprio. Sua palavra à comunidade é de que o amor não fique apenas nas palavras bonitas, nas meditações, nos belos hinos, nas celebrações que causam emoção, mas se torne ações muito práticas em relação ao próximo. Este tempo de Advento e Natal é muito propício para avaliarmos nosso amor ao próximo e usar esta palavra de João em sua carta. Deus continua exortado a que não se viva o cristianismo de boca e lábios, nem de palavras e de conversa, mas se pratique a fé com amor, traduzido em boas obras de cuidado com o próximo. Façamos assim. O Senhor se alegrará muito e as pessoas que forem ajudadas muito mais ainda.
