Festa Junina 23/06/13 na Igreja Sul Americana em Diadema
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Domingo, 23/06/2013 5° Domingo após Pentecostes |
10:30 h: Culto na Capela de Cristo (P. Guilherme)
12:00 h: Ensaio do Coral
a partir das 11:00 h: Festa Junina no Salão Comunitário dem Diadema 16:00 h (!): Culto no Salão Comunitário em Diadema (P. Guilherme) |
Sábado, 29/06/2013 | 17:00 h: Ensaio do Coral na Capela de Cristo |
Domingo, 30/06/2013 6° Domingo após Pentecostes |
10:30 h: Culto na Capela de Cristo (P. Guilherme) - Benção aos Aniversariantes
10:30 h - 15:30: Encontro de Confirmandos na Capela de Cristo
18:00 h: Culto no Salão Comunitário em Diadema (P. Guilherme)
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Caros Membros e Amigos
da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!
Neste 5° domingo após Pentecostes refletimos sobre João 8,3-10, um texto daqueles que gerou até um dito popular que sobreviveu ao longo de 2000 anos: Quem de vocês estiver sem pecado, que atire a primeira pedra... É a história da mulher que foi flagrada no adultério e que pela lei mosáica tem que ser apedrejada.
O caso dela é usado para por Jesus contra parede: Se ele for contra, então ele seria contra a lei e se desclassificaria em função disto. Se ele for a favor da punição, ele seria igual a todos eles e nada melhor. Um notável dilema para Jesus!
Só ele para encontrar uma saída! A lei vale, mas é superada pelo encontro com Deus que transforma a vida das pessoas. Ele transforma a vontade de condenar a mulher e transforma fragilidade dela: Vá e não peques mais... Nos olhos e atitudes de Jesus é o próprio Deus agindo transformando as vidas. É o céu irrompendo na terra.
É um olhar interresante que esta história lança sobre a nossa realidade marcada pela violência e impunidade. Discutimos baixar a maioridade penal, a falta de vagas nos preśidios, ação policial deficiente e justiça morosa. Como comunidade cristã somos chamados de colocar ênfase em promover encontros com o Deus da vida em vez de ficar jogando pedras nas pessoas.
É claro que este texto não tem poder normativo no sentido de responder tudo sobre a necessidade de repressão ao crime neste mundo marcado pelo pecado, mas ele deixa claro onde nos cristãos temos nossa principal tarefa.
Mãos a obra!
Saudações
P. Guilherme Nordmann
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Natal em Junho
A maior festa popular com raízes religiosas provavelmente não é o carnaval mas sim, o São João. Aqui em São Paulo chamamos de festa junina que acontece mais nas escolas, clubes e comunidades. As comemorações são onipresentes ao longo do mês de junho. Em outras partes do Brasil, principalmente no Nordeste, é uma grande festa popular tanto com grandes eventos como em cada família. De longe supera em importância a festa de Natal que só ganhou mais visibilidade a partir do apelo ao consumismo pelas propagandas. Historicamente o São João ocupa o espaço que nos países europeus é da festa do nascimento de Jesus.
Pode ser observado um efeito prático: As pessoas simples procuram fazer alguma roupa nova duas vezes por ano: No Natal e no São João. Quando a situação não permite desistem da roupa do Natal primeiro e por último da do São João.
O que tem por detrás desta inversão no calendário litúrgico? O São João adquire ares de Natal e o Natal fica meio esquecido. Podemos somente adivinhar o que provocou esta troca.
Quando o Brasil foi colonizado muitas coisas foram introduzidas a força. A terra ficou na mão de poucos que deixaram os muitos com muito pouco. O que existia aqui era desprezado, somente o que vinha de fora tinha valor. Assim também fez a igreja: Entre outras coisas introduziu o calendário litúrgico europeu com toda sua simbologia ligada ao ciclo da natureza sem observar os efeitos que isto iria provocar num país do hemisfério sul. A páscoa cujo lugar estava na primavera do renascimento da vida ficou no outono que simboliza o fim, a decadência da coisas. E a festa do Nascimento de Jesus saiu do momento mais escuro do ano quando a luz começa a aumentar, para o momento mais claro no verão com a luz diminuindo.
Pode se levantar a hipótese que o povo sentiu a necessidade de uma festa religiosa forte nos dias escuros e lá deu de cara com São João.
E em torno deste santo um tanto esquisito desenvolveu-se uma espécie de Natal brasileiro. E pode muito bem ser que o personagem do João Batista combinava com o sentimento de vida do povo. Este pregador do deserto pregava uma mensagem de arrependimento profundo para todas as pessoas. Mensagem apropriada para um mundo de grande distorções com poucos ganhadores e muito perdedores.
A frase principal do João Batista esta em João 3,30: “Convém que ele cresça e que eu diminua.” Aplicada a esta nossa terra invertida pode ser lida como um apelo aos fortes para que declinem da sua força para dar espaço aos fracos. E como uma palavra de força aos fracos para acreditarem na sua capacidade de se fortalecer. Assim inverte-se o mundo até ele ficar mais perto do jeito que Deus quis e que é bom para as pessoas.
Até o momento que isto se completa temos a comunidade como a da Capela de Cristo para ensaiarmos esta inversão boa das coisas.
Pastor Guilherme Nordmann