Boletim Expresso Nº 218 - 140731

Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!

Una pergunta indiscreta: Você comeu bem hoje? Como você lida com a alimentação? Que o pão chegue em todas as mesas, isto é um assunto seu? É preciso vender a alma para garantir o necessário? Muita justiça atrapalha na hora de ganhar o pão? Sobre isto e outras coisas vamos refletir neste 7° Domingo após Trindade.

Vem ao nosso encontro uma história que tem 3000 anos e já traz tudo sobre estes assuntos: Êxodo 16,2-3+11-18. É a famosa história sobre o MANÁ, o alimento com que Deus sustenta o seu povo na caminhada pelo deserto. Envolve uma série de questões desde a confiança no cuidado de Deus até a pergunta se a busca pela justiça é contrária a questão do pão na mesa.

Com muita coragem e ajuda de Deus o povo de Israel consegue escapar da servidão no Egito e fugir através do Mar Vermelho até o deserto que fica entre o Egito e a terra prometida de Canaã. Mas logo chega a fome e a reclamação do povo com seu lider, Moisés: Melhor teríamos ficado nas panelas de carne do Egito. O que nos adianta a liberdade se estamos passando fome? Ai Deus intervem com o Maná que os israelitas podem recolher toda manhã para se alimentar. Em toda a caminhada pelo deserto eles são sustentados pelo Maná. Deus não os abandona em seu caminho a terra prometida.

Claro que esta história tem seu lado fantástico porque acontece na caminhada pelo deserto, mas será que podemos deixar ela totalmente de lado? Vem até nós a mensagem que podemos confiar em Deus quando fazemos as coisas certas e buscamos a justiça que ele cuida de nós. Esta é uma grande mensagem num tempo onde o jeitinho e a desonhestidade parecem ser inprescindíveis para avançar na vida.

Saudações

Luz da Semana - Para nossa reflexão

Maná para todos – o pão que alimenta

Boa comida está na moda. Todos gostamos de comer bem. Na televisão assistimos shows com Chef's de ponta. Na Capela de Cristo comemos uma deliciosa feijoada. A melhora econômica dos últimos anos melhorou o pão em muitas mesas. Ao mesmo tempo chama atenção que a boa e muitas vezes exagerada comida não faz bem a muita gente. Obesidade e doenças causadas por ela estão em toda parte e em todas as faixas etárias. E continuamos com um problema de fome que nem o bolsa família consegue resolver.
A bíblia tem sobre isto a história do Maná (Êxodo 16). Nela o assunto é sustentar os famintos, alimentar o povo de israel que acabou de escapar da escravidão no Egito. Só que logo encontrou-se no deserto sem ter o que comer. Aparece a tentação de desistir da conquistada liberdade e retornar às “panelas de carne do Egito”. Expressão que ficou proverbial.

Mas eles experimentam a ajuda maravilhosa de Deus. Com o orvalho da madrugada encontram Maná no chão do deserto, “uma coisa parecida com escamas, fina como a geada no chão.”

A história da ajuda de Deus encontra seus paralelos em nosso tempo. O mundo está cheio de peregrinos no deserto em busca de pão e liberdade. Continuamos vivendo com grandes distorções, com gente sem comer e outros doentes por comer demais.

Diante disto coloca-se novamente a pergunta. Será que tem algo a ver conosco de que forma o maná chegue até as pessoas? Na história Deus cuidou que para que todos tenham o mesmo. O Maná que alguém juntou para além disso apodrece. Deus esvazia a ganância das pessoas. Na caminhada utópica pelo deserto ele cuida da justiça alimentar. A mensagem é: Deus cuida, não se preocupem. Voltem-se do Mamóm para o Maná.

No mundo real ele deixa conosco de fazer prevalecer a justiça. Significa manter o equilíbrio, cuidar que as coisas fiquem alimentadas devidamente. O excesso apodrece mesmo no mais tardar diante do túmulo. O que temos, nada mais é que um repasse daquilo que recebemos da mão de Deus.

Mas nos custa superação separar-nos de algo que consideramos nosso. Por isso Deus já indicou o lugar certo onde podemos aprender isto: A sua COMUNIDADE. Porque é um lugar onde você é chamado de assumir um compromisso e por algo em comum, mas é também um lugar da sua convivência onde você participa e vê o que acontece com seu recurso. E ela precisa do seu Maná para poder continuar como lugar vivo e alegre onde Deus está presente no meio do seu povo.

Guilherme Nordmann