Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!
Como bons luteranos já ouvimos falar que somos salvos por graça e fé e não por lei e obras e neste 11° Domingo após Trindade vamos refletir sobre um dos textos fundamentais daonde Lutero tirava esta convicção: Gálatas 2,16-21. Paulo se confronta nas comunidades das Gálatas com um grupo que defende regras adicionais para os novos cristãos. Aceitar Cristo não basta, para ser aceito precisa ser circuncidado e seguir mais algumas regras da lei judaica.
Para Paulo isto é um absurdo que anularia todo avanço que a fé em Cristo dá a uma pessoa. Se alguém chegou a Deus através de Cristo então isto já implica numa confissão de pecado, quer dizer a pessoa já admitiu que com a aceitação de Cristo que não consegue cumprir a lei, se pudesse não precicaria o perdão que a cruz de Cristo confere. Em Cristo ela admite este seu fracasso para ao mesmo tempo sentir todo milagre conferido pela graça de Deus que chega atraveś de Cristo. Finalmente entendemos o quanto Deus nos ama!
Um contrasenso seria depois disto ainda acrescentar regras adicionais. Seria uma arrapuca que por fim desvia do essencial: A admissão que por nossa força nada podemos, e que Deus chega por graça e fé - de graça. Se alguma outra regra entra no meio, perderíamos o saber quem somos diante de Deus e consequentemente a própria graça.
Isto é coisa de 2000 anos atrás? Talvez não. Lembro bem de alguém que desempregado deixou de frequentar a igreja e questionado respondeu: não tinha mais sapato para ir... Ou: não faz tanto tempo que precisva no Brasil ter sobrenome alemão para ser luterano. Para os vizinho da Capela de Cristo ainda somos A igreja dos alemães...
É claro que tendo compreendido este segredo sobre a graça de Deus ainda pode surgir confusão: Será que agora é um vale tudo? Deus a favor do pecado? Paulo rejeita esta ideia. Para ele quem vive para e por Cristo nem é mais capaz de pensar desta forma. Sempre irá querer fazer o melhor. É movido pelo amor e pela alegria de fazer a vontade de Deus. E aqui entram outra vez os mandamentos: Não cumprimos mais os mandamentos para conquistar o amor de Deus, mas por causa da alegria de pode preencher a nossa vida marcada pelo amor de Deus com o cumprimento da vontade divina.
Boas obras não para que Deus me ama, mas porque ele já me ama. Mâos a obra!
Saudações
P. Guilherme Nordmann
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Sábado
30/08/2014
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9:00 h: Encontro de Confirmandos 13:00 h: Mutirão na Capela |
Domingo |
10:30 h: (P. Guilherme) - Culto - Bênção aos Aniversariantes Gálatas 2,16-21: O vínculo com Cristo é o amor 12:00 h Ensaio de Coral |
Terça
02/09/2014
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19:00 h: Reunião extraordinária do Presbitério |
Quinta
04/09/2014 |
14:30 h: Reunião do Grupo de Mulheres |
Domingo 07/09/2014 12º Domingo após Trindade |
10:30 h: (P. Guilherme) – Culto com Santa Ceia Romanos 11,25-31: No fim Deus reconcilia a todos 12:00 h Ensaio de Coral |
Luz da Semana - Para nossa reflexão
Vida de Graça
Vivemos num tempo em que quase tudo se compra e se paga, em que regem os valores do merecimento, do esforço próprio, da capacidade, da competitividade. Neste contexto, que exclui e marginaliza, é maravilhoso saber e sentir que Deus nos salva por graça e fé, de forma totalmente gratuita (Rm 3.24), pelo seu grande amor, misericórdia e bondade (Ef 2.4-7 e Rm 5.8).
A descoberta bíblica da justificação por graça e fé trouxe para Lutero uma profunda paz e alegria. Ele mesmo descreve a mudança radical que experimentou em sua vida com as seguintes palavras Aí me senti como que renascido, e entrei pelos portões abertos do próprio paraíso. A partir daí, Lutero se sentiu livre e motivado a servir com alegria e disposição, por amor e em louvor ao Deus gracioso.
No decorrer da história, muitas vezes, se interpretou a doutrina da justificação de forma equívoca, como se a pessoa justificada não praticasse boas obras. No entanto, na compreensão de Lutero, a verdadeira fé não permanece passiva. Ela produz boas obras naturalmente, não como condição para a salvação, mas como resposta de fé ao que Cristo conquistou por nós na cruz. Para ilustrar, Lutero usava a figura da árvore e dos frutos. Assim como uma árvore boa produz bons frutos espontaneamente, do mesmo modo a pessoa que é justificada pela fé não ficará ociosa, mas trará bons frutos espontaneamente, em gratidão a Deus.
Portanto, quem experimentou a graça de Deus, sente-se tão contente e grato que se engaja na missão de Deus com paixão e entusiasmo, colocando-se a serviço da vida, e descobre também que a vida tem muito mais ‘graça’ (é melhor e faz mais sentido) quando vivida a partir da graça de Deus e quando lhe damos graças por tudo que fez e faz por nós.
Para refletir, leia Efésios 2.1-10
Pastora Maria Helena Ost