Capela de Cristo - Boletim Expresso Nº 241 - 150106 - Mateus 2.1-12 - Um rei diferente

A escuridão está passando, e já está brilhando a verdadeira luz. 1ª João 2.8

06/01/2015

Caros Membros e Amigos da Paróquia Vila Campo Grande – Diadema!

Já cansou de Natal? De enfeites, musiquinhas, Papai Noel, doces e comidinhas? Do mesmo jeito que o Natal atende a desejos humanos profundos, também nos deixa enjoados rapidamente. Geralmente ficamos aliviados após a retirada dos enfeites. Porque isto é assim?

Porque parece que pulamos a parte mais pragmática, concreta da vida, nestes dias de Natal. Fazemos em paz, mas continua a guerra. Giramos em torno de uma criança, mas ficamos com a sensação que isto não abrange a totalidade da vida. Já teve teólogos que pensaram que em Jesus se decidiu a questão do amor e da culpa, mas não a do poder. Jesus teria razão mas não o poder para concretizar, fazer valer esta razão. No mundo mandariam outro poderes.

Mesmo sendo tentador esta explicação, considero um erro fatal pensar desta forma.

Hoje é o dia da Epifania do Senhor que tem sua origem na história dos magos do oriente em Mateus 2.1-12. Chama muita atenção a visita misteriosa destas pessoas do oriente. Eles procuram explicitamente um rei. E quando o acham demonstram todos as atitudes de reverência que se presta a um rei. A adoração de joelhos e os presentes preciosos diante do bebê são ao mesmo tempo ridículos e são decididos e sérios. Eles não deixam dúvida: Este Jesus é o rei.

A verdade profunda da adoraçãos por fim é atestada pelo comportamento de Herodes. Ele se comporta como todos poderosos em todos os tempos. Pouca coisa o incomoda, mas quando vê seu poder questionado, vai com tudo. É isto que faz para se livrar deste novo rei: ele manda matar todas as crianças até dois nao de idade em Belém. É uma prova que Jesus é mais que alguém bonitinho para uns dias de festa. Ele é o rei do universo.

Mas que rei é este? com nosso critérios normais não dá para entender. O que nos enxergamos como poder, talvez não o tenha.

Se Jesus é a radicalização do poder do amor, então esta história dos magos nos quer ensinar de levar isto a sério como o poder último. O que muda mesmo as coisas? O Amor! Vamos lembrar onde já fomos amados e como mexeu conosco!

O que nos confunde é o conceito equivocado do que seria o amor. Amor não é fazer as vontades de todo mundo. Jesus muitas vezes não hesitou mem expressar a sua vontade contrária aos outros e de realizá-la. Ele se retirava para ao deserto para orar, ele contrariava os discípulos a vontade. Criticava muito os fariseus. Ele falava com Zaqueu, o corrupto contra a vontade dos outros, e que ele conseguiu a conversão dele, com certeza não foi falando amenidades...

Enfim temos isto na vida familiar que o egoismo muitas vezes se mascara como amor. A mãe que dá cobertura sempre ao filho mal criado até que ele se estrague totalmente. Ela não faz isto por amor, mas por interesse dela. O idoso que é tão protegido que não pode mais nada. Falam que é por amor, mas é por comodismo para ele não dar dores de cabeça.

Na comunidade tem disso também: Há uma ideia que ela expressaria o amor de Deus melhor ao aceitar qualquer atitude das pessoas sem questionar. Será? Será que é amor não chamar o oportunismo pelo nome? Ou não dizer que algo é uma desculpa barata? Deixar as pessoas no seu comodismo sem questionar? Seria até um desamor porque tira a chance de melhorar e mudar de postura! Vamos amar de verdade neste ano de 2015!

Saudações!

P. Guilherme Nordmann

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11/01/2015
1º Domingo
após Epifania
18:30 h: (Drª teol. Cida Almeida) Culto
18/01/2015
2º Domingo
após
Epifania
10:30 h: Culto com Santa Ceia (P. Guilherme)
João 2, 1-11: Jesus, mestre da vida
Terça-feira
20/01/2015
19:00 h: Reunião da Diretoria do Centro Social
Quinta-feira
22/01/2015
19:30 h: Reunião do Prebitério

 

Luz da Semana - Para nossa reflexão

 

Olhos de Menino

Numa época de trevas,
quando todos andavam cabisbaixos e desesperançados,
estranhos viajantes contemplavam o céu.

Seus olhos vasculhavam a escuridão infinita
enquanto seus queixos apontavam o horizonte.

Um pequeno ponto luminoso na vastidão
tornou-se razão suficiente para uma longa jornada.

Partiram do Oriente.
Olhos nas estrelas,
pés na estrada…
… rumo ao horizonte.

— Que haverá no horizonte?
Quando lá chegavam descobriam a resposta:
— Outro horizonte!

O povo continuava a viver em trevas,
enquanto os viajantes seguiam
guiados pelos pequenos pontos luminosos
naquele mar de escuridão.

Tanto andaram
que um dia chegaram.

Tinham diante de si a porta entreaberta de um casebre.
Com aqueles olhos acostumados a procurar luz na escuridão,
entraram na casa escura.

Lá estavam…
… duas contas brilhando no meio das trevas.

Aproximaram-se.
Era Ele! Deus!
Mas com olhos de menino… brilhando no meio da noite.

Deram-lhe presentes.
Deus brincou com eles.

Voltaram felizes porque brincaram com Deus.

Diz-se que, desde então, aqueles viajantes também se tornaram meninos;
e que quando voltaram para o seu povo, que ainda vivia nas trevas,
seus olhos também brilhavam,
cada vez mais intensos como estrelas ao anoitecer…

… porque tanto mais escura a noite, mais brilham as estrelas.

E o povo que andava em trevas foi iluminado,
e aos que viviam na região da sombra da morte
resplandeceu-lhes a luz (cf. Is 9.2).

Luiz Carlos Ramos


Autor(a): P. Guilherme Nordmann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Vila Campo Grande - São Paulo-SP
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 2 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 12
ID: 31382
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