COMUNICAR, COMPARTILHAR, COMPREENDER

Parte 1

23/04/2015

Disse, pois, Jesus aos judeus que haviam crido nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. (Jo 8.32)

Comunicação tem tudo haver com “partilhar”. Quando emitimos uma mensagem, queremos torná-la comum a alguém ou a um grupo de pessoas” Queremos que os destinatários de nossa mensagem compreendam o que dizemos e compartilhem daquilo que procuramos transmitir. Podemos partilhar reflexões, emoções, experiências, idéias, sensações … E não podemos fugir disso, pois somos seres relacionais e, por isso mesmo, comunicativos. Não conseguimos viver sem nos expressar, sem buscar no outro um “eco que nos justifique e que nos dê sentido à existência. E como procuramos nos justificar hoje em dia não é mesmo? No mundo da internet “(especialmente do Facebook) vale a máxima: “posto, logo existo!” Entretanto, não conseguimos “vender senão uma imagem distorcida de quem nós realmente somos. Conquanto, não há comunicação plena pela simples troca de informações.

Isto acontece porque a interpretação ou a “imagem que as pessoas têm pode ser outra daquela que nós tenhamos a respeito do que queremos informar. Não há como ter certeza de que fomos compreendidos naquilo que desejamos transmitir. Pois, pode ser que o ruído (interferência ou distorções) deturpem a mensagem. Também, não há como saber, à distância, o que a outra pessoa está sentindo. Deste modo, não conseguimos expressar a nossa verdadeira essência através da aparência de nosso perfil na internet ou das mensagem emitidas pelos meios de comunicação.

E isto é assim mesmo inclusive na Igreja. A comunicação raras vezes alcança seus objetivos plenamente. Em muitos casos, especialmente na comunicação de massa, mentes são escravizadas pelo uso de truques baratos de hipnose. Por outro lado, muitas pessoas decifram os códigos racionalmente, mas o coração não é tocado. E, dessa forma, não há nenhum feedbeck (retorno/retroação), nenhum comprometimento maior com a mensagem que foi recebida. Porquanto, comunicação cristã plena requer que a mensagem se torne concreta (vivencial). Que faça diferença e modifique tanto emissor quanto receptor numa relação em que a ética seja preservada. Nesse sentido, não há melhor comunicação do que a presencial. Onde os interlocutores possam se olhar nos olhos e se fazerem compreender. Partilhar da Palavra de Deus em comunhão é algo que nos permite perceber se fomos entendidos em nosso pensar, falar, sentir, e agir. E isso é impossível sem que haja uma troca complementar - a comunhão de idéias a partir da fé que nos liberta para amar.

Pastor em Palmitos - SC
 


Autor(a): Pastor Marcos Cesar Sander
Âmbito: IECLB / Sinodo: Uruguai
Área: Campanhas / Nível: Tema do Ano
Testamento: Novo / Livro: João / Capitulo: 8 / Versículo Inicial: 32
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 33033
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