Diretrizes para a Comunicação na IECLB

Recursos Normativos

I – POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO NA IECLB

A Política de Comunicação na IECLB está expressa no Art 3º da sua constituição:

“A IECLB tem por fim e missão propagar o Evangelho de Jesus Cristo e estimular a vida evangélica em família e sociedade, bem como participar do testemunho do Evangelho em todo o mundo.”

II – FUNDAMENTOS BÍBLICO-TEOLÓGICOS DA POLÍTICA DE COMUNICAÇÃO

A política de comunicação, à luz da fé, é a história da caminhada de Deus com os seres humanos.Nesta história a comunicação de Deus acontece de muitas formas. Ocorre através de Sua Palavra Criadora, onde Deus nos revela a sua própria natureza, querendo que sejamos em tudo sua “imagem e semelhança” (Gn 1.26). Deus se comunica seja através da criação (Ex 3.3), de anjos (Lc 2.9 ss) ou de pessoas (Jr 1.9s). Os profetas anunciavam que apesar da idolatria e da injustiça, que rompe a comunicação com Deus e com os/as irmãos/ãs, Deus promete comunicação plena no futuro (Jr 31.31).

Porém o maior “ato comunicacional” de Deus é a encarnação do Verbo: “A palavra se tornou um ser humano e morou entre nós” (Jo 1.14). Pela encarnação em Jesus Cristo, Deus se fez semelhante àqueles que haviam de receber a sua mensagem. Mensagem que Ele comunicava com a palavra e com a vida. A encarnação do Verbo de Deus, na pessoa de Cristo é o próprio conteúdo, o próprio método, a própria pedagogia da comunicação de Deus. Por suas obras e palavras, Jesus dá testemunho do Pai (Jo 3.11), assim como o Pai da testemunho dele (Jo 5.36ss). Sendo um com o Pai (Jo 10.30) Jesus é o comunicador perfeito: “Quem me vê, vê também o Pai” (Jô 14.9b).

Através da ação do Espírito Santo todos compreendem a linguagem de Deus (At 2). A força do Espírito reúne os discípulos que passam a se constituir testemunhas comunicativas da libertação de Jesus. Fiéis ao mandato do Mestre “Vão pelo mundo inteiro e anunciem a Boa-Notícia do Evangelho a todas as pessoas (Mc 16.15)”, “os discípulos foram anunciar o Evangelho por toda a parte, E o Senhor os ajudava, por meio de milagres, a provar que a mensagem deles era verdadeira” (Mc 16.20).

Pessoas são chamadas e enviadas para anunciar a Boa-Notícia (Jô 17.18; Rm 10.13s; Ef 6.10-19), a comunicar o Evangelho. A fé cristã, pois, é impossível sem a comunicação, pois ela supõe não apenas uma comunicação de Deus como é de sua essência ser uma resposta a essa comunicação. Fé, portanto, essencialmente, é fenômeno comunicacional.

Assim, se a Igreja mesma, em si, não for comunicação, torna-se ineficaz e: “Se o sal perder a sua força... melhor que seja lançado fora e pisado pelos homens (Mt 5.13).

III – A COMUNICAÇÃO NA IECLB TEM AS SEGUINTES CARACTERÍSTICAS
1) Pressupõe o ouvir a Palavra de Deus e o discernimento de Sua ação na História;
2) Partilha a boa notícia de Jesus Cristo, com empenho em favor da vida desejada por Deus;
3) Acontece através da Palavra e se encarna em gestos e ações, é Palavra unida a ação;
4) Propicia a reconciliação das pessoas com Deus, com seu próximo e com a criação;
5) Edifica a Comunidade, estimulando comunhão e desafiando-a para a prática do amor e da justiça;
6) Considera que todas as pessoas são sujeitos do processo de comunicação.

IV – A COMUNICAÇÃO NA IECLB TEM OS SEGUINTES OBJETIVOS EM CONFORMIDADE COM O ART 3º DA CONSTITUIÇÃO
1) Ir ao encontro das pessoas com a Boa Nova, visando a edificação da comunidade;
2) Compartilhar conhecimento e experiências da vida de fé e da vida comunitária;
3) Divulgar a identidade da igreja às Comunidades e à Sociedade;
4) Promover vida digna, paz, justiça e fraternidade;
5) Formar consciência crítica e fomentar a reflexão através de critérios baseados na ética cristã;
6) Promover o relacionamento ecumênico nos diferentes níveis;
7) Investir na formação de obreiros e leigos, capacitando-os para as diferentes áreas da comunicação;
8) Buscar o diálogo com profissionais das diferentes áreas da comunicação;
9) Promover a participação comunitária na gestão dos seus veículos de comunicação.

Documento aprovado pelo Conselho Diretor, em sua reunião de 17 a 19 de março de 1994
Publicado no Boletim Informativo 136, de 5/04/1994
 

Deus, ao atender uma oração, atende-a de modo maravilhoso e rico, assim que o coração humano é por demais apertado para poder compreendê-lo.
Martim Lutero
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