É desafiador ser, de fato, cristão!!

Senhas diárias

02/08/2019

Essa palavra de provérbios nos faz refletir: Se nosso jeito de viver e agir for do agrado de Deus, até mesmo as pessoas que estão contra nós, os inimigos, haverão de transforma-se em amigos através da ação do próprio Deus. É de ficar pensando em como isto se concretiza na prática. Como um inimigo declarado muda seu posicionamento por causa do nosso agir? A resposta está justamente em nós próprios. Sempre aguardamos que as outras pessoas mudem seu jeito e passem a entender melhor o nosso jeito. Na verdade, nós precisamos mudar nosso jeito, e com ele agradar a Deus, e passaremos a entender melhor o jeito das outras pessoas, até dos inimigos. Isso criará uma nova relação com as pessoas que nos cercam.
E Jesus nos dá mais algumas pistas de como mudar nosso jeito para agradar ao Pai e Senhor. Ele nos expõe um dos maiores desafios que podemos enfrentar: amar aos inimigos e fazer o bem a eles. Isso é muito difícil, porém não impossível. Muitas vezes podemos confundir “amar” com “gostar”. Gostar é ter prazer em alguém, curtir sua companhia, admirar alguma qualidade. As pessoas que gostamos são nossos amigos, nosso cônjuge, nossos filhos. Mas Jesus não exige que gostemos de todas as pessoas, aliás, ele mesmo parecia não gostar de algumas pessoas, como os religiosos de sua época que eram hipócritas. Jesus pede que amemos a todos e amar não é ter prazer ou curtir alguém, amar é querer e agir pelo bem de alguém. Nossa sensibilidade é volátil, às vezes não simpatizamos com a “cara do fulano” ou nos sentimos irritados com determinadas personalidades, mas precisamos aprender a amar essas pessoas. O fato de não gostarmos de alguém não nos impede de amá-la, apenas torna o processo um pouco mais difícil. Jesus extrapolou esse limite chegando a estabelecer “amai os vossos inimigos”. Ora, há alguém mais desprezível para nossa sensibilidade do que um inimigo?
Além disso, Jesus nos mostra outra atitude que agrada a Deus: Se alguém precisar, podemos acrescentar especialmente uma irmã ou um irmão, devemos auxiliar com o que for necessário e não esperar receber de volta. Se receber ótimo, se não receber, agimos para o bem da pessoa. Bem aventurado quem assim age, pois a recompensa virá do próprio Deus. A sociedade não ensina assim. Pelo contrário, ela nos ensina a emprestar e depois, se for possível, cobrar juros. E mais, somos ensinados, e trazemos isso para dentro da Igreja e comunidade, a cobrar cada centavo, nem que precise tomar os bens de quem pediu emprestado. Esta palavra de Jesus é também um dos maiores desafios para o nosso ser cristão, especialmente se somos liderança dentro da comunidade ou Igreja. Quem empresta e não cobra se torna filho de Deus, nos diz Jesus. Amar a todas as pessoas e fazer o bem a elas agrada a Deus, assim também para com os inimigos. Pensemos nisso, o Senhor é conosco.


Autor(a): P. Luiz Carlos
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio Claro (SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 52731
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