Hebreus 12.1-13

Auxílio Homilético

03/09/1995

Prédica: Hebreus 12.1-13
Leituras: Jeremias 23.23-29 e Lucas 12.49-53
Autor: Günter Wolff
Data Litúrgica: 13º Domingo após Pentecostes
Data da Pregação: 03/09/1995
Proclamar Libertação - Volume: XX


1. Introdução

Para entender melhor este texto é importante saber que ele foi escrito no período do imperador Domiciano (81-96). Domiciano se caracterizou pela vio¬lenta repressão aos cristãos, considerados inimigos do Estado e hereges. O texto fala em nuvem de testemunhas; no v. 4 se diz: (...) ainda não resististes até o sangue; e o v. 12 mostra o medo, o que deixa claro o ambiente de perseguição. Os cristãos estavam, também, prestes a rejeitar a fé em Jesus Cristo (10.32-34).

2. O texto e hoje

Analisaremos o texto em três blocos, faremos algumas perguntas que surgem do texto e procuraremos refletir sobre essas questões também para hoje. As perguntas são para clarear o texto e para atualizá-lo em seguida.

1 — vv. 1-4: O testemunho de muitos e o olhar para Jesus Cristo animam na resistência contra o pecado e dão coragem na perseguição.

2 — vv. 5-11: Deus corrige sua comunidade, e o resultado é a paz e a justiça.

3 — vv. 12-13: Ânimo! Vamos em frente!

Analisemos agora bloco por bloco a partir de perguntas e respostas, com tentativa de atualização.

1 — O testemunho de muitos e o olhar para Jesus Cristo animam na resistência contra o pecado e dão coragem na perseguição.

1.1 — Quem é a nuvem de testemunhas?

Texto: O texto grego fala em martys = testemunha (daí vem a palavra martírio) e continua nesta reflexão a partir do capítulo anterior, que fala das testemunhas da velha aliança que tiveram de esperar pelo anúncio da revelação/ promessa. Hb 11.4-40 faz uma lista das testemunhas do AT e continua em Hb 12.1, agora falando das testemunhas cristãs, que igualmente são numerosas. Diz que a nós já foi dada a revelação e por isso podemos aguentar sem medo. Por que desanimar? Pois todas as promessas do AT estão ao nosso alcance. A comunidade não está sozinha, mas junto com essa nuvem de testemunhas, que podem ser mártires que morreram por causa da fé (Ap 7.9 e 13-14) e os demais cristãos. Essas testemunhas dão força e coragem aos destinatários de Hebreus.

Hoje: Hoje no Brasil a maioria é cristã, ao menos teoricamente. Mas, descartando os que estão na Igreja cristã para terem o direito de serem servidos com Batismo, enterro, etc., ainda sobra uma nuvem de cristãos comprometidos espalhados pelas milhares de comunidades pelo País afora. Apesar de a maioria serem sócios da comunidade, resta em cada comunidade gente séria que luta pelo Reino e sua justiça, que se engaja no trabalho da comunidade e luta no movimento popular, sindical e nos partidos que querem transformação de verda¬de. Também hoje recebemos coragem dessas testemunhas espalhadas pelas co¬munidades cristãs, onde também muitas são e foram martirizadas pela ditadura, latifúndio, violência urbana e pelo capital.

1.2 — Qual o fardo a ser rejeitado?

Texto: O texto usa a comparação da corrida esportiva grega, onde um fardo impede o corredor de alcançar a vitória. O atleta deve ser livre, sem peso para carregar na corrida pela vitória. Conforme a carta, os cristãos tinham fardos e são animados a rejeitar qualquer fardo que os atrapalhe no desempenho de seu testemunho.

Hoje: Também hoje os cristãos têm fardos que carregam consigo, os quais impedem um testemunho real de Jesus Cristo. Creio que os fardos de hoje e ontem são semelhantes: medo, comodismo, família, finanças, desinteresse. Hoje ainda há o isolamento que as pessoas vivem nas grandes cidades e as múltiplas ofertas de recreação oferecidas pelo capitalismo. Fardos também são as coisas que nos desviam do caminho da corrida, como a ideologia do capital e o individualismo. O texto fala em nuvem de testemunhas, o que dá a imagem de bloco onde não se vê o individual, mas onde o individual forma o bloco e dá sentido de firmeza e coragem. A fé cristã que coloca o peso na fé individual e salvação individual isola a pessoa do conjunto e não está imune a ataques, mas sim indefesa. Isto é um fardo e um desvio da rota a ser percorrida.

1.3 — Qual é o pecado que tão bem sabe nos envolver? Qual é o pecado que combatemos?

Texto: Quando a Bíblia fala em pecado, parece que todos sabem o que é, mas não está claro que pecado é, pois pecado tem nome. O pecado aqui pode ser o desânimo e o fato de não ter coragem de percorrer o mesmo caminho que Jesus Cristo percorreu: o martírio. Pecado aqui poderia ser o falo de se desviar da corrida por causa do fardo que se carrega. Por isso o texto laia tanto em correção e educação. Hebreus fala muito da lei e do culto do AT; parece que a comunidade de Hebreus ainda não havia superado totalmente esta questão nem entendido o novo culto e o sacrifício de Jesus.

Hoje: O pecado, hoje, chamado capital sabe nos envolver tão bem! Pois fortalece o eu, o individual, o cada um por si, a ganância de poder chegar onde o outro está, desconsiderando a forma como se chega lá. O eu, fortalecido pelo capital, se transfere para a área da fé em que se diz que a solução é Deus-eu e ponto final, que é prestar contas apenas individualmente frente a Deus. A comunidade serve apenas para fortalecer minha fé pessoal. Nada de compromissos, nada de lutar contra o pecado maior que é o capital. Se eu pessoalmente consegui capital, isto foi uma bênção de Deus. Nada de lutar contra o capital, mas se deixar envolver por ele sempre mais.

1.4 — Qual é a corrida que nos é proposta?

Texto e hoje: Fácil de responder: o Reino; difícil de participar dele. Tanto ontem como hoje o objetivo da comunidade não está claro. Olhemos a prática da comunidade de hoje: ela é missionária, resiste ao capital, defende a vida, o direito e a justiça? Ou só faz encontros para realizar atividades nas comunidades que na verdade não visam a luta concreta contra o pecado maior de hoje: o capital e suas influências? Fazemos cultos, enterros, encontros na comunidade por fazer; a diretoria só se preocupa com festas, construções (quando se preocupa) e finanças e não é capaz de dar uma postura missionária à comunidade. A comunidade tem muitas atividades e não sabe para que lado está correndo. Os fardos do ativismo fazem a corrida ser lenta e o ser servido pela comunidade é o objetivo dos membros-sócios. Sabemos por que e para onde estamos correndo? Para o iniciador e o realizador da fé: Jesus Cristo, responde Hebreus.

1.5 — Qual a vergonha que Jesus desprezou?

Texto: Era vergonhoso ser crucificado, era ser igualado a escravo, além de toda a tortura anterior à cruz, o desprezo e a solidão. Meu Deus, meu Deus, por que me desamparaste?, relata Marcos sobre a solidão de Jesus na cruz.

Hoje: Temos vergonha de pregar este Jesus? Vergonha de sermos seus missionários, de que a nossa Igreja é tão parada? Temos vergonha de ir numa manifestação do sindicato ou movimento popular porque os outros vão falar de nós, ou de sermos presos pela polícia na luta pela vida?

1.6 — Qual era o desânimo da comunidade?

Texto: A comunidade deve olhar para Jesus, que, apesar da oposição contra si, não desanimou, mas desafiou os seus inimigos até a morte. Por isso a comunidade não precisa ficar desanimada; ela não está sozinha, mesmo que alguns tenham sofrido a prisão.

Hoje: Hoje a comunidade também sofre de apatia e desânimo. Isto que não está sofrendo perseguição do Estado! Os nossos membros estão empobrecendo, vivendo no desemprego e subemprego e sem terra para trabalhar. A situação econômica é difícil, mas o grosso da comunidade não sofre perseguição por serem cristãos. O desânimo vem de não saberem para que serve a comunidade, e não há encaminhamentos práticos para envolver os membros no trabalho missionário. Na verdade, o que há é apatia, pois eu pago a contribuição para ter o direito de ser atendido pelo/a pastor/a. Somos uma comunidade que consome bens simbólicos e os produz em pouca quantidade. Na verdade, os membros não sabem o que fazer nas comunidade porque não há propostas claras e se sentem despreparados. E as propostas claras que foram dadas nos últimos 12 anos pelos concílios gerais são desconhecidos dos membros, pois não houve encaminhamentos práticos para serem executadas e não houve cobrança por parte da direção da Igreja (em todos os níveis).

1.7 — Qual a resistência até o sangue?

Texto: A comunidade ainda não teve gente martirizada até a morte, apenas na prisão (13.3). A fé ainda não foi posta à prova ao máximo. A resistência ao pecado (todo o sistema do Estado romano, que incluía a ideologia religiosa que legitimava o sistema) ainda não foi levada às últimas consequências.

Hoje: No Brasil muitos morreram na luta pela terra, pelos direitos dos trabalhadores, contra a ditadura militar. A maioria era cristã. Morreram porque resistiram ao sistema económico legitimado pelo Estado. Mas nossas comunidades, que na verdade são clubes religiosos onde se vendem bens simbólicos, que não contestam o status quo, como se portariam frente à perseguição? É uma pergunta sem sentido, pois do jeito que são nunca vão ser perseguidas porque não questionam o pecado estrutural e conjuntural; são, na verdade, fortalecedoras desse sistema, pois separam fé e vida — com exceções, é claro.

2 — Deus corrige sua comunidade, e o resultado é a paz e a justiça.

2.1 — Qual a correção/exortação de Deus para sua comunidade?

Texto: É a de colocar a comunidade novamente nos trilhos da fé; enfrentando o seu próprio medo e desânimo; enfrentando o seu pecado de frente para afastá-lo. Deus, com Hebreus, quer corrigir a rota da comunidade.

Hoje: A comunidade hoje gosta que seja nomeado o seu pecado para que haja correção? Ela admite falar em pecado em sua forma genérica, mas não admite que se dê nome ao pecado. A comunidade se esconde atrás do somos todos pecadores e por isso não se precisa dizer o nome do pecado. Quando o Concílio Geral da IECLB anima para que se lute no movimento popular, sindical e via partido e outros movimentos sociais contra o pecado estrutural e conjuntural, a comunidade diz que isso não é atividade dela. Ela não gosta de ser corrigida.

2.2 — Que educação é essa que faz sofrer?

Texto: Deus quer vida para todos/as, è nós queremos vida apenas para nós. O texto fala seis vezes em correção, duas vezes em educação e uma vez em exortação, repreende, castiga. Nós nos deixamos envolver pelo pecado que Deus não quer, pois ele afasta a vida. Deus quer que tenhamos os olhos fitos em Jesus, e nós os temos fitos em nós mesmos. Esta e outras correções são duras para que sejamos educados por Deus. Na verdade, a comunidade resiste à educação de Deus e sofre com isto. A comunidade quer a vida eterna que Deus oferece, mas gostaria de continuar vivendo sem compromisso com o alvo a ser alcançado, que é Jesus Cristo.

Hoje: A Igreja está passando por um processo educativo duro, que está trazendo sofrimento. A Igreja diz que na evangelização se deve levar em conta a pessoa como um todo. Só que a comunidade diz que o importante é a interpretação espiritual do evangelho. O sofrimento, a injustiça, a não-vida que a Igreja, junto com os movimento sociais, o sindicato e o partido, quer afastar — a comunidade diz que isso não é coisa de Igreja. Educação difícil esta!

2.3 — Por que a correção é motivo de tristeza e não de alegria?

Texto: A comunidade deve ter resistido muito nessa passagem da antiga lei (AT) para a nova forma de viver a fé. Hebreus fala da semelhança entre a educação dos pais e a educação de Deus; os dois querem o bem dos educandos, mesmo que no momento estes últimos não compreendam o processo e não consigam ver o fim da educação da qual estão participando.

Hoje: Quando hoje a Igreja fala claramente da responsabilidade que a comunidade tem com todas as pessoas do País, a comunidade não entende que os frutos dessa prática são a paz e a justiça. A comunidade hoje se preocupa apenas consigo mesma, e as pessoas individualmente dizem que não querem ouvir no culto o que ouvem todo dia na TV. Assumir como comunidade a luta contra as tristezas que a TV mostra não é sua tarefa. Queremos fugir do mundo nas celebrações. Essa educação que nos quer trazer de volta para a realidade dói; enfrentar essa realidade pecadora que nos envolve no fato de dizermos que não temos nada a ver com isto, é um processo doloroso. Por isso a comunidade não gosta de muitos cultos em que os textos falam do nosso compromisso frente a essa realidade.

2.4 — Como é o fruto da paz e da justiça dos que foram corrigidos?

Texto: Parece que a resposta está nos vv. 12-13: novo ânimo para continuar. Paz é a certeza de que Deus está com a comunidade, mesmo correndo perigo e sendo perseguida; sabendo que está do lado certo. Se a comunidade se deixa corrigir por Deus, seus frutos são paz e justiça.

Hoje: Quais os frutos das nossas comunidades hoje: paz e justiça? Se dizem que a Igreja não deve lutar por paz e justiça? Paz interior, sim, mas paz só existe se as pessoas são consideradas como tais, tendo uma vida digna. Nossa sociedade só produz violência e injustiça, e a comunidade não se sente motivada a transformar esta sociedade que produz esses frutos. Por isso esse processo de correção pela qual a comunidade deve passar é doloroso para ela. A luta pela paz e justiça é tarefa por excelência da comunidade, são seus frutos da fé.

2.5 — Por que Deus nos trata como filhos/as?

Quando Deus corrige sua comunidade, isso é sinal de que ela é filha dele. Apesar dos pecados que nos envolvem, somos filhos/as de Deus; e é por isso que ele nos corrige. Essa correção na verdade é uma bênção, mesmo que dolorosa. Assim como os filhos muitas vezes não entendem a educação e correção dos pais, da mesma maneira a comunidade nem sempre entende a correção de Deus.

2.6 — Qual o lucro que a comunidade terá com a educação de Deus?

O lucro é termos paz e justiça e podermos sentar ao lado de Deus como Jesus (v. 2).

3 — Animo! Vamos em frente!

3.1 — Quem são os de mãos desfalecidas e joelhos vacilantes? São os membros da comunidade para a qual a carta é escrita.

3.2 — Por que estão desfalecidos e vacilantes?

Há muito medo na comunidade e retrocesso na fé (Hb 5.12-13 + 6.10); por isso o texto fala em desfalecidos e vacilantes. A comunidade já estava mais avançada em sua prática de fé e por isso necessita de educação e correção para retomar a corrida pelo Reino. É só se deixar corrigir por Deus que a força voltará e os frutos da paz e justiça serão vistos.

3.3 — Quem é o coxo que precisa de cura?

Texto: É a comunidade que precisa se levantar para que a coisa não fique pior do que está. A comunidade que cria ânimo curará os doentes na fé, e os fracos na fé serão fortalecidos. Quanto mais tempo levarem para se levantar, pior ficará a própria comunidade. A cura da comunidade está em se deixar educar c corrigir por Deus, e produzirá frutos da paz e da justiça.

Hoje: Há muita comunidade da IECLB que necessita da educação e corre cão de Deus para que possa andar novamente com coragem e produzir frutos da paz e justiça. Estas duas últimas palavras são coisas concretas. Comunidade doente não produz frutos, só desânimo. Comunidade corrigida por Deus luta pela paz e pela justiça, diz o texto. Daí se vê que existe a necessidade de muita correção em nossas comunidades, pois a luta pela paz e justiça nas comunidades anda rara. Exatamente pelo mesmo motivo da comunidade de Hebreus: há medo, desânimo e falta de objetivo e não se enxerga mais a finalidade da corrida, que é Jesus Cristo. Por isso a educação de Deus traz sofrimento (v. 7), pois as comunidades dizem que não necessitam lutar pela paz e justiça. Isto é coisa de sindicato, partido e movimento social, não tem nada a ver com a fé em Jesus Cristo. Aqui Hebreus diz que isto é fruto da fé. Estamos nós, como comunidade, dispostos a nos deixar educar e corrigir por Deus?

4. As leituras

4.1. Jr 23.23-29

Se em Hebreus há desânimo e pecado na comunidade por causa da repressão, em Jeremias há por causa dos falsos profetas e dos reis que não educam e corrigem o povo e impedem essa correção por parte de Deus. Deus é o Senhor da história e sempre presente, diz o texto. Ele vê e ouve as mentiras que acalmam e desviam o povo. Israel estava afundando, e os profetas desviavam o povo desta discussão. Preferiam o sonho à realidade e à verdade. Profetas deveriam fazer uma análise clara da conjuntura, mas eles ficavam divagando e eram aliados do poder. Palavra de Deus é dura, e não é devaneio; ela quebra o encanto do sonho e traz de volta para a dura realidade. Da realidade gostamos de fugir e nos refugiar no sonho. Não gostamos da correção de Deus e nem quando ele nos mostra o nosso pecado. Israel gostava de ouvir falsos profetas porque deixavam tudo como estava e não havia compromisso com mudança. Nós também gostamos de sonhos e não de compromissos com a verdade. Profeta deve trazer a correção de Deus, mesmo que esta seja dura para o povo.

4.2. Lc 12.49-53

Fogo purifica e separa a sujeira do ouro puro. Jesus julga a terra, mas antes da purificação da terra Jesus deve morrer por causa dos pecados das pessoas. Ele espera com ansiedade para passar logo esse estágio. Após a ressurreição de Jesus veio a paz? Veio a grande tareia da construção do reino de Deus. Essa tarefa divide: os que são a favor e os que são contra (entre estes estão incluídos os que dizem ser a favor mas não fazem nada e só fortalecem o status quo). Pela prática de luta se verá quem é pelo Reino e quem é contra. As comunidades também estão divididas entre os que não têm medo e lutam concretamente, a partir da fé, pelo Reino e sua justiça e os que afirmam que o evangelho tem que ser interpretado espiritualmente. Estes são contra a luta pela vida, pelo direito e pela justiça. A palavra de Jesus a respeito da divisão está cumprida em nossas comunidades; estão divididas porque a maioria não se sujeita, a ser testemunha (Hb 12.4) e não quer a correção de Deus. Não estamos preparados e prontos para suportar a perseguição e nem a divisão existente entre nós. E é difícil de discernir para a maioria quem divide e quem é falso profeta.

5. Sugestão para a prédica

Sugiro dividir a pregação nestes três blocos e deixar as perguntas guiarem a pregação.

6. Considerações litúrgicas

Confissão de culpa: Senhor, em nossa vida diária desanimamos por pouca coisa e desistimos de atividades importantes. Perdoa-nos por isso. Senhor, temos medo facilmente até de fazer coisas pequenas em favor dos outros. Perdoa-nos por isso. Estamos muito preocupados com nossas atividades diárias e por isso perdemos a direção que o teu evangelho nos indica. Perdoa-nos por isso. Senhor, não gostamos de ser corrigidos pelo evangelho; isto nos incomoda porque gostaríamos de deixar tudo como está. Perdoa-nos por isso. Queremos ser teus/tuas filhos/as, mas não queremos viver conforme a tua vontade e temos medo do compromisso que isso traz consigo. Perdoa-nos por isso. Senhor, corrige-nos porque não olhamos para o autor e consumador da fé, Jesus, mas para nós mesmos.

Oração de coleta: Estamos aqui como tua comunidade, com nossas fraquezas, nosso desânimo, nossas incertezas. Pedimos que a tua palavra nos fortaleça, nos dê coragem. Ilumina-nos para que possamos enxergar sempre melhor o objetivo que nos é proposto por Jesus. Dá-nos sabedoria para que o entendimento da tua palavra nos anime para a vivência dessa palavra. Amém.

Temas para a oração final: Orar pelos afastados da comunidade. Pedir que Deus nos fortaleça e nos anime a permanecermos na corrida em favor do Reino. Pedir que Deus fortaleça a diretoria da comunidade no seu desempenho missionário e que nos anime a sermos testemunhas de Jesus até os confins da letra. Pedir para Deus nos corrige se nos desviarmos do caminho do força para que possamos produzir frutos da paz e justiça. Orar pelos enlutados, idosos, crianças, doentes, governantes e pela democracia.

7. Bibliografia

Bíblia Sagrada; Edição Pastoral. São Paulo, Paulinas, 1990.
KÜMMEL, Werner Georg. Einleitung in das Neue Testament. 17. Aufl. Heidelberg, Quelle & Meyer, 1973.
Novo Testamento; Tradução Ecumênica da Bíblia. São Paulo, Loyola, 1987.
STROBEL, August. Der Brief an die Hebräer. Göttingen, Vandenhoeck & Ruprecht, 1976 (Das Neue Testament Deutsch, 4).


Autor(a): Günter Wolff
Âmbito: IECLB
Natureza do Domingo: Pentecostes
Perfil do Domingo: 13º Domingo após Pentecostes
Testamento: Novo / Livro: Hebreus / Capitulo: 12 / Versículo Final: 13
Título da publicação: Proclamar Libertação / Editora: Editora Sinodal / Ano: 1994 / Volume: 20
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Auxílio homilético
ID: 17726
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