História de vida de Erika Schwacke Niel

10/03/2022

 

Nome: Erika Schwacke Niel

Tempo de participação na IECLB desde o Batismo

Paróquia Evangélica de Confissão Luterana no Vale do Paraíba/SP

Sínodo Sudeste

 

Uma pequena história sobre a vida de minha mãe ERIKA SCHWACKE NIEL

Erika Schwacke Niel nasceu aos 25 dias de fevereiro de 1925, em São Paulo. Seus avós eram alemães. O avô era botânico, contratado por D. Pedro II para trabalhar no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Erika perdeu a mãe ainda bebê, no parto do 3º filho, deixando-a com 2 anos de idade e uma irmã com 1 ano. Irmãs que se tornaram inseparáveis. Sempre diz que nunca brigaram, foram companheiras de brincadeiras, estudos, festas e viagens. São tantas histórias que conta destes tempos! Nós as apelidamos de Flora e Fauna porque quando se encontram conversam sem parar, lembrando das suas vidas, e sempre de mãos dadas.

Erika cresceu em São Paulo, frequentou a Escola Alemã (hoje Benjamin Constant), formou-se em Secretariado, estudou francês e inglês. Embora sua madrasta fosse católica, Erika cresceu na Fé Luterana e frequentou a escola dominical da Deutshe Evangelishe Gemeinde zu São Paulo (hoje Igreja Martin Lutero), e mais tarde a OASE.

Encontrou meu pai aos 19 anos, e ele se apaixonou por seus lindos olhos azuis. Casou-se aos 20 anos, durante a 2ª Guerra Mundial, quando faltava gás e os alimentos eram racionados.

O começo foi difícil, acordava muito cedo para acender o fogão à carvão e fazer o café da manhã. Era preciso encarar grandes filas para trocar o cartão, dado pelo Governo, por pão, carne e outros alimentos.

Sempre conta que usava esfregão para encerar a casa e lavava, engomava e passava os ternos de linho do meu pai – as vezes me ponho no lugar dela e me arrependo de tantas vezes reclamar de cansaço com os meus afazeres domésticos!

Teve 2 filhos, um menino, meu irmão que, nasceu no Dia das Mães, as 18h, quando tocava o sino de uma igreja próxima lembrando a hora de Nossa Senhor e eu, a filha caçula da família.!

Erika dedicou sua vida à casa, aos filhos e ao marido. Deu todo amor, carinho, atenção e cuidado que podia, estando sempre presente. Prestimosa, costurou nossas roupas, tricotou nossas blusas, remendou o que precisava ser remendado. A casa e seu jardim, além da família, foram seu orgulho. Mas ela nunca se esqueceu de suas amigas de infância, todas descendentes de alemães, mantendo contato, escrevendo cartas, telefonando e visitando.

Minha mãe, Erika, mudou-se para São José dos Campos. Ficou viúva cedo, aos 49 anos, e seu amor se voltou para os seus 6 netos, ajudando a cria-los. Carinhosa, sempre fez os quitutes que gostam.

Nas horas difíceis, sempre dá seus conselhos, demonstrando seu caráter, honestidade e amor ao próximo.

Em São José dos Campos, passou a frequentar a Igreja Luterana do Vale do Paraíba, participando das reuniões e trabalhos da OASE, costurando para o Projeto Almofadas do Coração.

Hoje, aos 97 anos, lúcida e saudável é o pilar da família. Amada e admirada por netos, filhos e nora. Até hoje costura, faz crochê, assiste aos noticiários da TV, critica os políticos, lê romances.

Uma mulher de fibra.

História escrita por Sylvia Niel, filha.


Leia mais histórias de vida Em comunhão com as viDas das mulheres

baixar
ARQUIVOS PARA DOWNLOAD
Erika Schwacke Niel.pdf

REDE DE RECURSOS
+
Não se preocupem com nada, mas em todas as orações peçam a Deus o que vocês precisam e orem sempre com o coração agradecido.
Filipenses 4.6
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br