João Batista é o maior

Poesia

03/12/2013

 

JOÃO BATISTA É O MAIOR
 

Mozart Noronha

(Mateus 11.7-11)

Jesus dirigiu-se ao povo
Falando de João Batista,
Deslumbrado alpinista
Que pregava ideal novo.
Voz clamando no deserto
Com vestes rudimentares
Sem degustar os manjares
Tinha um futuro incerto

 Bem firme ele anunciava
Com estrema convicção
O fim da torpe opressão
Que Herodes comandava.
Jesus indagava ao povo
Porque ter ido conhecer
Alguém que vai perecer
Apregoando o renovo.

 A quem saístes a ver?
Perguntou logo Jesus.
Um profeta que faz jus
Na luta contra o poder.
Ele é mais do que profeta,
Mesmo pisando espinho
Veio aplainar o caminho
Pra fazer uma linha reta.

Quis construir nova pista
Para o Reino lá do céu,
Desvendar o escuro véu,
Seu nome é João Batista.
É o filho de Zacarias,
Sua mãe Dona Isabel,
São rebentos de Israel
Anunciando o Messias.

Este é breve testemunho
Que Jesus dá sobre João,
Trazendo à luz uma lição,
Com vigor do testemunho.
Mateus registra este fato
Para guardar na memória
E preservar esta história
Tirando-a do anonimato.

(Lucas 3.2-14))

São Lucas, o evangelista,
Também relata este fato
E não deixa no abstrato,
Como autêntico cronista
Vem São Mateus ampliar.
Porque João é o maior?
É um mensageiro mor
Para o Cristo proclamar.

O maior dos pregadores,
Um homem de convicção,
Fidelíssimo à vocação,
Denuncia os matadores
Percorrendo a vizinhança.
Prega o arrependimento
E não perde um momento
Para falar de mudança.

Do pecar ensina remissão,
É voz no deserto a clamar,
E do profeta Isaias exaltar,
O caminho para a salvação.
Como bom mestre ensinou
Preparar logo o caminho
Ensinar tudo ao vizinho,
Para a vereda arrumar

Todo vale é soterrado,
E reta a trilha tortuosa,
A montanha defeituosa,
Tudo será bem nivelado
E todos verão a salvação.
Esta mensagem perfeita
O poder ouve e rejeita
E passa a perseguir João.

Ele comoveu a multidão
E a quem estava na ruína
Chamou de raça viperina
Quem era filho de Abraão.
No meio de toda confusão
Ensinou com fundamento,
O valor do arrependimento,
Necessário para salvação.

(Lucas 3.9)

João, ainda com ousadia,
Pede da árvore bom fruto,
Diz que o machado bruto
Vai fazer uma cirurgia.
Não vale Abraão por pai,
Nesta humana Teologia
Pois no céu há harmonia,
Um propósito de Adonai.

Que as pedras poderão ser
Filhos de Abraão, também,
Pois os critérios do além
Ninguém pode entender.
Mas necessário é viver
De forma bem coerente,
Íntegro de corpo e mente
E na graça permanecer.

À multidão que almejava,
Como deveria proceder,
Disse o que tinha a fazer,
Ele a ninguém enganava.
Daquilo que lhe for mister
Tendo duas vestes uma dê,
E se houver pão pra você,
Conceda a quem não tiver.

Árvore sem fruto é cortada,
Metáfora pra se entender
Que todos têm o que fazer,
Sem fins a vida não é nada.
Disse enfim aos cobradores
Para ao cobrarem imposto,
Não impingirem o desgosto
Aos que forem pagadores.

Disse ainda aos militares
Para a ninguém maltratar
Que deviam se conformar
Com os soldos regulares.
Portanto, João é o Maior
Da gestação das mulheres,
Tendo os seus caracteres
De ser um homem menor.

Destaca-se a HUMILDADE,
De um pregador da justiça,
Combate contra a injustiça
É um arauto da VERDADE.
Herodes o põe na prisão
E ele com muita CORAGEM
Luta contra a velhacagem
E contra toda a opressão.

Denunciou a maldade
De um governador cruel,
Que fora imposto a Israel
Para mandar na cidade
E com muita perversidade
Maltratava a multidão
E foi por isso que João
Conquistou a inimizade.

(Lucas 3.15-17)

João falou com segurança,
Ser o precursor do enviado,
O Cristo que fora anunciado
Como um sinal de esperança.
Ele em sua humildade dizia
Não ser Cristo nem profeta,
Mas um pregoeiro asceta
Que ao poder gera antipatia.

Disse com água eu batizo,
Mas ele batizará com fogo,
Como um divino pedagogo
Trará sobre todos o juízo.
Batizará no Espírito Santo,
E a sua pá tem na mão,
Doará eterna salvação,
Dos olhos secará o pranto.

Ele fará muita exortação,
E anunciará o evangelho,
Sepultando o homem velho,
E proclamando a mansidão.
Assim dos filhos de mulher
Ninguém foi maior que João,
Revelando eterna salvação
E PAZ ÀQUELE QUE QUISER.


 


Autor(a): Mozart João de Noronha Melo
Âmbito: IECLB
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo do Natal
Natureza do Texto: Vários
Perfil do Texto: Poesia/Poema
ID: 26010
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