Josué 5.10-12 - 4º Domingo da Quaresma - 10/03/2013

Caderno de Cultos 2013

10/03/2013

10/03/2013 – 4º DOMINGO NA QUARESMA
Lc 15.1-3, 11b-32; 2Co 5.16-21; Pregação: Josué 5.10-12
P. Daniel Schorn – Orleans-SC

LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Que todas as pessoas sintam-se bem-vindas. É tempo de celebrar o amor de Deus revelado em Cristo. É tempo de reflexão sobre a maravilhosa graça de Deus que nos alcançou. Contudo, também é tempo de arrependimento, de contrição, de reavaliação da nossa vida diante do Senhor. Que o Espírito Santo de Deus inunde seu coração e fale com você por meio das canções, orações e da palavra pregada.

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CANTO DE ENTRADA
473 – HPD II – Jesus em tua presença

Ou: Nº ____________________________________________________

SAUDAÇÃO
Nos reunimos em nome do nosso Trino Deus, que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO
124 – HPD I – Deus está presente

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
Tu és Deus Santo e Justo. Em ti não há maldade, nem mancha, nem sombra. Contudo, nós somos pecadores. Somos arrastados por essa força incontrolável e contrária a tua vontade. Graças te damos por Jesus Cristo, que nos liberta do poder do pecado para não servirmos mais a ele como escravos. Mesmo assim, continuamos falhando e tropeçando. Perdoa-nos especialmente o orgulho, esta incapacidade de admitir os próprios erros. Por causa dele nos achamos melhores do que os outros. Perdoa-nos por nos tornarmos juízes das outras pessoas quando nós mesmos falhamos o tempo todo. Também perdoa-nos quando não confiamos somente na obra de Jesus para nossa salvação, mas começamos a sentirmo-nos justos e bons por causa de algumas coisas boas que fazemos. Livra-nos da justiça própria e nos conceda um coração contrito, humilde e dependente de ti, Senhor. Oramos em nome de Jesus, que nos deu livre acesso ao Pai. Amém.

ANÚNCIO DO PERDÃO
O rei Davi, depois de cair em pecado, reconheceu o que Deus procura: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Sl 51.17). Assim como ele foi perdoado ao confessar sua culpa, também receba, pela fé, o perdão dos seus pecados.

KYRIE
Oramos, Senhor, pedindo que tua graça alcance nosso mundo.

Pedimos-te que os novos prefeitos e vereadores que recentemente assumiram o executivo e legislativo municipais tenham temor diante de ti. Oramos para que exerçam suas funções como teus instrumentos, para promover justiça, igualdade, oportunidades de emprego e saúde digna. Tem misericórdia de nós e livra-nos de governantes corruptos.

Senhor, também te pedimos que um grande avivamento espiritual possa vir sobre nosso país, trazendo verdadeiro arrependimento no meio cristão, e fazendo das igrejas instrumentos de transformação da nossa cultura de corrupção. Não apenas os governantes de nossa nação são corruptos, mas todos nós estamos imersos nesta cultura do “jeitinho brasileiro” e da malandragem. Tem misericórdia de nós, Senhor, e muda nossa história.

GLÓRIA IN EXCELSIS
Louvemos a Deus, pois tem ouvido nossa oração e atendido nosso clamor:

346 – HPD II - Glória

ORAÇÃO DO DIA
Pai celestial, abre nossos corações para a tua palavra. Em nossas mentes há muitas fortalezas construídas sobre os alicerces da mentira, do engano, dos traumas causados pelas surpresas desagradáveis da vida. Nossas decepções nos encarceram dentro destas fortalezas, nas quais nos fechamos para o amor, para a vida, para a felicidade. Envia teu Espírito, para que a palavra pregada não seja apenas letra, mas verdade que liberta, que nos surpreende trazendo luz aos calabouços da alma. Pai, envia o teu Espírito para que nos revele o poder da obra do Filho. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica: 2 Coríntios 5.16-21

Aclamação do Evangelho:
Jesus repetiu muitas vezes o bordão: “Quem tem ouvidos, ouça!” Aclamemos o Evangelho cantando:
Aleluia, aleluia, aleluia...

2ª Leitura Bíblica: Lucas 15.1-3, 11b-32


CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
380 – HPD II – A tua palavra é semente

PREGAÇÃO

AS PÁSCOAS DA VIDA
Josué 5.10-12
Compreendendo a história

Falar de Páscoa na Quaresma? Sim, pois a Quaresma nada mais é do que um tempo de contrição diante da vitória já alcançada na Páscoa. Mas vamos ao nosso texto. O livro de Josué narra a conquista da Terra Prometida, a terra de Canaã, pelos israelitas. Para entender a passagem que acabamos de ler, precisamos refrescar um pouco a memória.
Deus prometeu dar a terra de Canaã aos primeiros hebreus, aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó. Contudo, nos dias de Jacó, os israelitas (um pequeno clã de 70 pessoas) foram morar no Egito. Um Faraó de outra dinastia assumiu o poder no Egito, escravizando os israelitas. Lá eles se multiplicaram durante 400 anos, tornando-se num povo numeroso, mas oprimido pela escravidão. Então, Deus chamou Moisés para libertar seu povo e cumprir as promessas que havia feito aos patriarcas Abraão, Isaque e Jacó: transformá-los numa numerosa nação e dar-lhes a terra de Canaã como herança. Como o Faraó não queria libertar os israelitas, Deus enviou as dez pragas para convencê-lo. Para nós é importante lembrar apenas da última: a morte dos primogênitos. Você lembra como isso aconteceu?
Como Faraó não deixava que o povo fosse liberto, apesar de todo o sofrimento causado pelas pragas anteriores, houve um último e terrível aviso de Deus: a morte do filho mais velho de cada família egípcia. Naquela ocasião aconteceu a primeira Páscoa dos israelitas. No entardecer daquele dia, orientados por Moisés, os israelitas sacrificaram um cordeiro. O sangue do cordeiro foi aspergido nos umbrais das portas das casas de cada família israelita. Nas casas onde houvesse aquele sinal, não haveria a morte do filho mais velho, o primogênito. Na manhã seguinte cada família egípcia tinha um filho pelo qual chorar. Finalmente, o Faraó deixou que o povo de Israel partisse (cf. Ex 12).
Ao invés de guia-los diretamente a Canaã, que ficava a nordeste do Egito, Deus os conduziu em direção sudeste, ao deserto do Sinai. No Monte Sinai, Deus fez uma aliança com o povo de Israel, de que ele seria o único Deus deles e eles seriam o seu povo. Eles receberam os Dez Mandamentos, normas para o culto e uma série de leis para o convívio social. De lá deveriam ter partido para a conquista da Terra Prometida, mas algo aconteceu: apesar de todos os milagres que viram Deus realizar no Egito e no deserto, não creram que seriam capazes de conquistar Canaã. Por causa dessa incredulidade, permaneceram peregrinando no deserto durante quarenta anos.
Nesse tempo, Moisés também morreu e a liderança do povo foi dada a Josué. Ele seria o responsável por conduzir Israel na conquista da Terra Prometida. Assim, chegamos ao nosso texto. O povo de Israel se preparava para iniciar a conquista. Estavam acampados num lugar chamado Gilgal, próximo de Jericó, a primeira cidade a ser tomada. Nesse contexto, Josué fez duas coisas significativas: 1º - Circuncidou o povo (5.1-9); 2º - Celebrou a Páscoa. Com o primeiro ato, Josué ligou o povo às promessas feitas aos patriarcas, que também praticaram a circuncisão como gesto de pertencimento a Deus, e a aliança feita no Sinai quarenta anos antes. Ao celebrar a Páscoa, Josué lembrou a todos que Deus havia prometido liberta-los e agora a promessa estava prestes a acontecer. Não somente isso: assim como Deus os havia libertado da escravidão no Egito, Deus agora os libertava do deserto. Eles finalmente podiam comer os pães produzidos com os cereais da terra. Por isso, o maná que Deus mandava para não passarem fome no deserto, cessou de aparecer naquele mesmo dia.

As Páscoas da Vida – Deus continua libertando

O significado básico da Páscoa é libertação. Na Páscoa judaica comemora-se a libertação de Israel da escravidão no Egito. Mas na Páscoa cristã também um Cordeiro precisou ser sacrificado! Lembra como João Batista chamou Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29b)? Também é por causa do sangue de Jesus, derramado na cruz, que o juízo da morte e da condenação não nos alcança, assim como não alcançou a casa dos israelitas que aspergiram o sinal do sangue nos umbrais no dia da morte dos primogênitos. Na Páscoa cristã não comemoramos apenas uma libertação de poderes humanos, mas a vitória sobre o pecado, sobre os poderes do Maligno e sobre a própria morte. Assim, existe uma forte relação entre a Páscoa judaica e a Páscoa cristã, mas podemos dizer que aquela era apenas uma pequena sombra desta.
Mas o que isso tem a ver com a comemoração da Páscoa realizada por Josué no texto em que lemos? Ora, os israelitas não estavam apenas celebrando a libertação que Deus havia operado no seu passado recente, tirando-os do Egito. Estavam também celebrando a nova libertação: a saída do deserto. Era o fim de um tempo de angústia, de inúmeras limitações, de duro aprendizado, de repreensão da incredulidade. Era o início de um novo tempo. As promessas de Deus finalmente estavam diante dos seus olhos. Eles estavam pisando sobre a terra que mana leite e mel, prometida aos seus ancestrais mais antigos. Eles estavam lembrando que Deus tinha sido fiel para tirá-los do Egito e, portanto, seria fiel para completar esta promessa também. Havia uma nova Páscoa acontecendo, uma nova libertação em andamento.
Esta é a lição que queremos tirar desta passagem: Deus quer operar muitas Páscoas em nossa vida, ou seja, muitos momentos de libertação. Ele deseja quebrar amarras antigas, nos tirar de prisões que nós criamos para nós mesmos. Jesus disse que a verdade liberta (Jo 8.32). Pois bem, ele mesmo é a Verdade (Jo 14.6). Quando a Palavra de Deus nos chega como verdade, não apenas como discurso, ela gera cura, produz esperança, cria fé.
Veja o exemplo do filho pródigo que lemos no Evangelho de Lucas: ele tornou-se prisioneiro da sua ilusão de felicidade, mas quando “caiu em si”, quando a verdade sobre si mesmo o alcançou, ele levantou-se e voltou para a casa do seu pai. Foi Páscoa na vida dele! Foi libertação do seu “deserto” ou do seu “Egito”. É também o que ensinou o apóstolo Paulo na epístola que lemos: “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas já passaram, eis que surgiram coisas novas!” (2Co 5.17).
O que é o seu Egito? O que tem sido o seu deserto? Em que área da sua vida precisa acontecer Páscoa? Do que você precisa ser liberto? Pode ser uma grande desavença familiar que precisa ser resolvida por meio do perdão. Quem sabe você também se tornou prisioneiro de vícios, do culto ao prazer, da vida irresponsável, como o filho pródigo. Talvez você tenha passado por uma grande perda na vida e não consegue seguir em frente. Ou você cresceu ouvindo que não valia nada, não era ninguém, não sabia fazer nada direito, e agora nada do que você faz tem sucesso.
Não importa qual é o tipo de deserto em que você possa estar. Deus deseja ver você chegando ao território das suas promessas de vida abundante (Jo 10.10). Ele quer fazer cessar o maná do deserto para ver você celebrando sua libertação com os pães da promessa. Contudo, lembre-se: se a libertação acontece por meio da verdade, então, o cativeiro se preserva por meio da mentira. Que nesse tempo de Quaresma você possa refletir se tem regido sua vida pela verdade expressa na Palavra. Nossa libertação passa pelo arrependimento, pelo reconhecimento do nosso erro, pela percepção de que as coisas nas quais nos agarramos para viver, muitas vezes, são as mentiras que nos aprisionam.
Então, confesse seu pecado. Reconheça as mentiras nas quais você acreditou – por exemplo: “O dinheiro me fará feliz”; “Vou provar ao meu pai que não sou um fracassado”; “Preciso de muitas mulheres para provar a minha masculinidade”; “Meu marido acabou com minha vida”; “Todo mundo vale o que tem, por isso, não posso descer do salto”, etc... Pergunte a si mesmo qual é a verdade de Deus, expressa na sua Palavra, sobre seu deserto. Passe a viver a partir do que Deus diz que é certo. Os grilhões da alma cairão, gerando paz, produzindo vida, conduzindo a uma comunhão reverente com o Deus que continua libertando e produzindo Páscoas na vida de quem crê!
 

HINO
161 – HPD I – Em nada ponho a minha fé

CONFISSÃO DE FÉ
Confessemos a nossa fé utilizando-nos do Credo Apostólico:

Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)

460 – HPD II – Conta as bênçãos


ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
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Senhor, dedicamos este tempo de oração para intercessão. Pedimos-te pelos enfermos da comunidade. Alguns sofrem fisicamente, mas outros têm sofrido da alma, com depressão, angústia e medos. Senhor traga tua cura. Cremos que és o mesmo, ontem, hoje e sempre. Pedimos por tua intervenção na vida dos nossos irmãos, seja por meios naturais, seja por meio de uma intervenção sobrenatural do teu Santo Espírito. Também nos move como igreja na direção destes que tem sofrido. Faz de nós teus instrumentos de consolo, de alívio, de esperança. Que nossas bocas sejam tua boca a abençoá-los e fortalecê-los. Que nossos braços sejam teus braços a acalentá-los e dar-lhes segurança. Tudo o mais, incluímos na oração que o próprio Jesus nos ensinou:

PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
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BÊNÇÃO
Que o Senhor, que cumpre o que promete, abra o teu entendimento; que o Senhor, que liberta os cativos, traga a luz da sua verdade sobre toda a treva da mentira; que o Senhor, que conduz seus filhos pelos desertos da vida, te guie em paz, confiança e esperança. Amém

ENVIO
Vamos na certeza de que o Senhor é bom e estará conosco!

CANTO FINAL
174 – HPD I – Por tua mão me guia


Autor(a): Daniel Schorn
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Domingo: Quaresma
Perfil do Domingo: 4º Domingo na Quaresma
Testamento: Antigo / Livro: Josué / Capitulo: 5 / Versículo Inicial: 10 / Versículo Final: 12
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2013
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 19169
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