Lideranças católicas e luteranas falam sobre a importância da Declaração Conjunta

31/10/1999


Em Roma, o papa João Paulo II disse que a assinatura da Declaração Conjunta da Doutrina da Justificação era um marco no nem sempre fácil caminho rumo à plena restauração da unidade dos cristãos. Embora a Declaração não signifique a união dos 58 milhões de luteranos agrupados na Federação Luterana Mundial (FLM) com os mais de 1 bilhão de católicos romanos, ela abre a possibilidade para um diálogo fraterno visando novos acordos.

O presidente da FLM, bispo luterano Christian Krause, disse, ao assinar o documento, que somos testemunhas de um dia significativo na história de nossas igrejas. Pela primeira vez em séculos, aqui em Augsburgo, estamos pisando o mesmo terreno. O antagonismo e até a inimizade entre nossas igrejas foi fonte de conflitos, desditas e sofrimento para muita gente em muitos países da terra. Krause também conclamou luteranos e católicos a colocarem sinais concretos para superar a divisão das duas igrejas. Lembrou da tentativa frustrada do amigo de Lutero Philipp Melanchthon, que em 1530 apresentou em Augsburgo a Confissão de Augsburgo, com o intuito de reconciliação com Roma. Com a assinatura da Declaração Conjunta está-se construindo uma ponte no mesmo local onde em 1530 ela foi rompida, disse Krause.

O cardeal Cassidy declarou que este documento significa um passo adiante na restauração da unidade entre os seguidores de Cristo. A Declaração Conjunta, no entender do cardeal, traz nova vida e esperança para todo o movimento ecumênico, no limiar de um novo milênio. (LWI/ALC/Notícias IECLB)
 

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A vida cristã não consiste em sermos piedosos, mas em nos tornarmos piedosos. Não em sermos saudáveis, mas em sermos curados. Não importa o ser, mas o tornar-se. A vida cristã não é descanso, mas um constante exercitar-se.
Martim Lutero
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