Luteranos Santos - Boletim Semanal Nº 158 - 170817 - Romanos 11,12.29-32

Deus nos deixou a promessa de que podemos receber o descanso de que ele falou. Hebreus 4,1

18/08/2017

 

Caros Membros e Amigos da Paróquia de Santos!

Domingo passado tivemos a nossa tradicional Confraternização do Dia dos Pais com Culto Especial, Homenagem dos Pais pelas crianças, churrasco em seguida e Chope Weiss Artesanal produzido especialmente para nossa comunidade.

Momento de estar com a família e de encontrar os amigos para em comunidade sentir o valor da vida. Comunhão na celebração, no canto em conjunto, na oração na escuta da palavra, na mesa do Senhor, no louvor e na gratidão a Deus e pela vida. As conversas na mesa, as brincadeiras, os sorrisos e riasadas durante a tarde fazem parte da mesma forma. Mais um lado importante da festa está na preparação que já inicia com antecedência. É uma engrenagem bonita entre colaboradores desde o sábado e no domingo com o público da festa.

Isto tem tudo a ver com a história das nossas comunidades luteranas na cidade grande. Elas sempre fizeram festas comunitárias como contrapólo a agressividade da metrópole que isola e massifica, transforma as pessoas em soldadinhos sem personalidade e sem história. Estar em comunidade é voltar às raizes, sentir-se gente, respirar aliviado pelo menos por um dia. Construir confiança na graça e generosidade de Deus para conosco. Parar de culpar Deus pelas coisas ruins, somar forças para lutar!

Saudações até domingo!

Agenda de Cultos e Atividades:
 
Plantões na Igreja todas as Terças, Quartas e Quintas-Feiras das 9:00 às 13:00 h
Domingo
20/08/2017
11º Domingo
após
Pentecostes
19:00 h: Culto com Santa Ceia (P. Guilherme)

Texto da prédica: Romanos 11,1-2a.29-32
Domingo
27/08/2017
12º Domingo
após
Pentecostes

10:00 hs: Culto com Santa Ceia (P. em. Hans Spring)
Texto da prédica: Mateus 16,13-20

10:00 hs: Culto das Crianças

 

Palavra da Semana - Para nossa reflexão

 
Prefácio aos do Comentário da Carta de Paulo aos Gálatas por Martinho Lutero

 

1. A coisa mais importante do mundo

a) a única doutrina que tenho no meu coração de forma suprema é a da fé em Cristo, de quem, e por quem, e a quem, se dirige todo o meu pensamento teológico continuamente de dia e de noite. Esta Rocha (…) que chamamos de doutrina da justificação (…) foi sacudida por Satanás no Paraíso, quando persuadiu aos nossos primeiros pais de que poderiam ser como Deus por meio da própria sabedoria e poder. Mais tarde, todo o mundo agiu como doido contra essa fé, inventando numerosos ídolos e religiões onde cada um procura percorrer o seu próprio caminho, com a esperança de aplacar algum deus ou deusa, por meio das suas próprias obras. Isto é, com a esperança de se redimir a si mesmo das maldades e pecados sem a ajuda de Cristo, ou seja, pelas suas próprias obras. Tudo isso se percebe claramente nas práticas e restos de todas as culturas e nações…

b) O diabo, nosso adversário, que ruge ao nosso redor buscando nos devorar, não está morto. Do mesmo modo, nossa carne e o velho homem ainda estão vivos em nós. Além do que, todo tipo de tentação nos incomodam e nos oprimem por todos os lados, de forma que esta doutrina nunca será excessivamente ensinada, exortada, ou repetida. Se esta doutrina se perder, se perde também o pleno conhecimento da verdade, da vida, e da salvação. Se esta doutrina florescer, tudo de bom florescerá…

2. Tipos de Justiça

a) Paulo explica a doutrina bíblica com o objetivo de demonstrar mais além de toda dúvida, a diferença entre a justiça cristã e os outros tipos de justiça, já que existem muitos. Em primeiro lugar, se encontra a justiça política ou civil – leis públicas da nação – que os magistrados e licenciados defendem e ensinam. Em segundo lugar, existe a justiça cultural – os modelos de nosso grupo familiar e classe social – que os pais e escolas podem ensinar. Em terceiro lugar, existe a justiça ética – os dez mandamentos e a lei de Deus – que a igreja pode ensinar (porém só à luz da justiça cristã). Muito bem, é justo ser um bom cidadão, ser amado e respeitado pelo grupo social em que vive, e ser uma pessoa moralmente honrada. Tudo isso pode ser aceito sem perigo se não atribuímos à capacidade de pagar pelo pecado, de agradar a Deus, ou merecer a graça… Esses tipos de justiça são dons de Deus, como todas as coisas boas que desfrutamos…

b) Muito bem, há uma outra, mui por cima das demais, a que Paulo chama de: “A justiça da Fé”! – a justiça cristã…Deus nos imputa essa justiça, não por nossas obras. – em outras palavras, é uma justiça completamente passiva, em quanto que as outras são ativas. Ela é chamada de passiva, porque não fazemos nada por consegui-la, nem damos nada em troca – só a recebemos e permitimos que outro atue, ou seja, Deus.

3. A necessidade da Justiça Cristã

a) Esta justiça “passiva” é um mistério que o mundo não pode entender. Efetivamente, os cristãos nunca chegam a compreendê-la totalmente, e por isso, não pode tirar o melhor proveito dela quando se encontrar com problemas e tentações. Daí que devemos de ensiná-la constantemente, repeti-la, e pô-la em prática. Porque qualquer pessoa que não entender esta justiça ou que não a abrigar no seu coração e consciência, será continuamente esmurrado pelos medos e pela depressão. Nada proporciona mais paz que esta justiça passiva.

b) Os seres humanos, por natureza, quando estão em perigo ou ante a mesma morte, por necessidade, consideram os seus próprios méritos. Defendemo-nos ante todas as ameaças considerando nossas boas ações e esforços morais. Por aquele momento, as lembranças dos pecados e das falhas acodem inevitavelmente na nossa memória, a qual nos atormenta, o que faz pensarmos: “-Quantos erros, pecados, e equívocos já cometi! Por favor, meu Deus, permita-me viver para que possa arrumar umas coisas e emendar outras”. Nos obcecados com a nossa justiça ativa e nos aterrorizam suas imperfeições. Porém, o autêntico mal é o de confiarmos na nossa própria capacidade para ser justos, e não elevamos nossos olhos para ver o que Cristo fez por nós… de modo que, a consciência atribulada não tem cura do seu desespero e do sentido de indignidade ao não ser que se apegue ao perdão dos pecados pela graça, oferecida livre de cordas que amarram em Jesus Cristo. Nisto consiste a justiça passiva ou cristã. Se tenho a intenção de cumprir a lei por mim mesmo, não posso confiar que verdadeiramente a cumpri, nem posso me manter de pé diante do julgamento de Deus. Por isso, descanso unicamente na justiça de Cristo que não devo produzir, senão receber, pois Deus-Pai nos oferece ela gratuitamente por intermédio de Jesus Cristo.

Martin Luther

(Semana que vem virá mais!)


Autor(a): P. Guilherme Nordmann
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Santos (SP)
Testamento: Novo / Livro: Romanos / Capitulo: 11 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 32
ID: 43382
COMUNICAÇÃO
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Quanto mais a gente de embrenha na Criação, maiores os milagres que se descobre.
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