Manifestações de carinho e esperança marcam enterro de Doraci

08/03/2004

Num clima de grande emoção, foi sepultada no sábado, 6, de manhã, a irmã diaconisa Doraci Edinger, assassinada a 21 de fevereiro, a marteladas, no apartamento em que morava, em Nampula, Moçambique.

O corpo da irmã chegou a Porto Alegre à 1h da manhã de sábado, e levado imediatamente a São Leopoldo, onde foi velado na capela da Casa Matriz de Diaconisas, e enterrado, às 11h30min, no cemitério da irmandade.

Vai com Deus, minha irmã, e leva a certeza de que a tua vida não foi em vão, despediu-se de Doraci um dos seus dez irmãos, Alenir, que falou em nome da família.

O pastor primeiro vice-presidente da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB), Homero Severo Pinto, frisou, no velório, que a ressurreição de Cristo permite um novo olhar, uma vez que a fé não se limita a este mundo.

O bispo luterano, C. M. Molefe, da África do Sul, relatou, no velório, que Doraci era amada pelo povo de Nampula, a quem providenciou água, transporte e cuidados médicos. Falando em nome da Igreja Luterana do continente, ele condenou esse ato diabólico cometido contra a irmã.

Para o presidente da IECLB, pastor Walter Altmann, o assassinato da irmã Doraci foi um golpe contra a causa da solidariedade entre os povos. Doraci viajou à Moçambique em 1998, onde prestou serviços diaconais à Igreja Evangélica Luterana do país africano, em cooperação com a Igreja brasileira e a Federação Luterana Mundial.

A irmã Gisela Beulke, da Casa Matriz, disse que a irmandade é grata pela experiência de vida da colega, que tinha o objetivo fazer a vontade de Deus. O padre Vitor Hugo trouxe aos familiares e à comunidade luterana reunida na Casa Matriz uma palavra de conforto em nome da Diocese católica de Novo Hamburgo.

No velório, diaconisas da Irmandade distribuíram pequenos crucifixos confeccionados por elas em madeira, lembrando o trabalho que Doraci desenvolveu em Moçambique. A família doou à igreja o crucifixo que Doraci tinha em seu apartamento, em Nampula, e que ficará dependurado na sala da presidência da IECLB como testemunho de sua atividade, disse Altmann.

A diretora executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) enviou carta de condolências à família de Doraci e à igreja, destacando que a irmã fez do Evangelho o seu modo de viver.

Servindo até o fim um povo a quem amou profundamente, a querida Doraci foi terna e compreensiva pastora desse rebanho que a soube querer e hoje chora a sua falta, cioso da sua boa companhia, afirmou.

A CESE espera que os governos do Brasil e de Moçambique tomem todas as medidas necessárias para esclarecer o crime.

Fonte: ALC
 

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