Mesa Redonda discute Políticas Públicas para juventude

30/07/2004

No quarto dia do 17º Congresso Nacional da Juventude Evangélica, que está acontecendo desde o dia 26/07, em Paracatu/MG, Sínodo Brasil Central, os jovens foram confrontados com um assunto que está na pauta dos principais órgãos públicos e entidades sem fins lucrativos, as políticas públicas para área da juventude. Políticas Públicas são leis e ações práticas para promover o desenvolvimento sustentável da juventude na sociedade. 

O debate foi mediado pelo jornalista Ricardo Fiegenbaun, assessor de comunicação do Departamento de Diaconia da IECLB, bacharel em teologia e mestrando em comunicação na UNISINOS, e contou com um renomado time de painelistas. Norberto Kuhn Junior, sociólogo, professor do Centro Universitário FEVALE, responsável pela pesquisa da juventude na IECLB e doutorando em comunicação na UNISINOS, Márcio Dionísio de Souza, pós-graduado em lingüística aplicada pela UFBH e elaboração e gestão de projetos internacionais, com experiência de atuação internacional em mais de 10 países. Marcos Fiegenbaun, publicitário, mestrando em ciências sociais aplicadas na UNISINOS no tema da juventude.

A mesa redonda iniciou com a exposição do sociólogo Norberto Kuhn Junior, que questionou algumas iniciativas para a juventude mas que não são da vontade dela mesma. Norberto disse que o jovem é sonhador e que este sonho é que movimenta a vida. “É muito grande a diferença quando fala-se de juventude ou quando é dada a oportunidade para ela falar”, concluiu o sociólogo.

O especialista em projetos internacionais, Márcio D. de Souza, enfatizou os malefícios que o marketing provoca na vida do ser humano. “Ele ajuda a comprar o que não necessita, pagar o que não pode e se relacionar com quem não quer”. Para Márcio, a sociedade está se tornando individualista, onde a velocidade está escravizando o ser humano. “Quando perdemos a habilidade de nos emocionar, não conseguimos ver a ação do Espírito Santo”, que concluiu afirmando que um dos problemas da sociedade é que os pais não perdem um pouco do seu tempo com os filhos. Através de pesquisas, gastam em média uma hora e meia por dia.

Marcos traçou um cenário da juventude décadas atrás. Questionou se a juventude de hoje está careta, parada e sem vontade para atuar. Ele disse que não dá pra comparar as décadas mas o que precisa é a própria juventude descobrir sua identidade. Marcos afirmou que a educação tem poder, ela ajuda a libertar o pensamento. Enquanto a educação não for amparada e prioridade nos órgãos governamentais vai ser difícil mudar algo. “Precisamos uns dos outros para construir políticas públicas sustentáveis na sociedade”, concluiu.

O evento também abriu espaço para diálogo entre os painelistas e de esclarecimentos de dúvidas dos jovens participantes do debate. “Este assunto não pode ficar só neste 17º Congresso. Os jovens e agentes na área da juventude precisam participar da tomada de decisões nesta área, por exemplo participando nos conselhos municipais da juventude. Desta maneira podemos ser igreja missionária entre os jovens e atuante na sociedade”, concluiu Alexander de Bona Stahlhoefer, presidente do CONAJE.

Fonte: Tobias Mathies - CONAJE
 

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