Pode parecer temerário, pode ser até interpretado como ousadia, começar justamente com aquele detalhe que até hoje ainda não se efetivou por motivos muitos diversos — na história de PROCLAMAR LIBERTAÇÃO, a saber, que o volume esteja nas mãos dos leitores no final de novembro a fim de que possa usaras meditações para o Advento. Mas, é mais uma vez este o compromisso que estamos querendo honrar e para tanto tomamos uma medida que é uma faca de dois gumes: Fechamos a entrega de originais no final de julho, com a implicação de as contribuições de alguns retardatários não serem publicadas neste volume, o que é uma pena e uma perda para todos. A pergunta que fica com a gente é se este custo não é alto demais. Mas os leitores e colaboradores que se reunirem no início de 1986 deverão julgar e decidir o que é mais adequado e aconselhável.
Quero agradecera todos que neste ano enviaram a sua contribuição. Todos nós fazemos o que fazemos, por assim dizer, nas horas de folga. Mas, soe agradecer também àqueles que logo escreveram comunicando que não poderiam participar neste volume.
Por longo tempo havia uma pessoa constante e continuamente na organização de PROCLAMAR LIBERTAÇÃO. Neste ano entraram dois marinheiros de primeira viagem, o que, certamente ficará patente em erros que já não mais deveriam ser cometidos. Registramos as nossas escusas aos leitores e colaboradores.
Gostaria de enfatizar algo que transparece, de uma ou de outra forma, em muitos prefácios: Críticas, sugestões, avaliações são ben-vindas, pois PROCLAMAR LIBERTAÇÃO é dos leitores e colaboradores e é uma espécie de trabalho artesanal carente de retoques e de correções.
A tão badalada Nova República não nos deveria turbar o olhara ponto de nos iludirmos, pensando que agora a libertação já está se concretizando plenamente, pois ela não está. Também agora é extremamente necessário proclamar libertação.
São Leopoldo, julho de 1985
Harald Malschitzky
