Profissional da fé...

Senhas diárias

30/05/2020

Israel se aproximava da terra prometida e conquistava várias cidades e aldeias em seu caminho. Isso causava temor nos povos que por ali habitavam. Entre eles estavam os moabitas. Seu rei, Balaque, querendo prevenir-se e poder vencer os israelitas, mandou uma comitiva, com muitas promessas de honrarias e bens, pedir para que Balaão, profeta, amaldiçoasse Israel e assim o tornasse fraco e derrotável. Deus conversou com Balaão e disse para não amaldiçoar a Israel, pois era um povo abençoado pelo próprio Deus. A resposta de Balaão à comitiva foi de que mesmo que Balaque oferecesse uma enorme quantidade de ouro e prata, ele não poderia fazer outra coisa que não fosse a vontade do Senhor. Mandou que a comitiva voltasse, pois não iria acompanhá-los. A vontade de Deus seria a vontade de Balaão. O que o Senhor dissesse, isso o profeta faria, pois não transgrediria a vontade de Deus nem que fosse uma coisa mínima. Vale para nós também. Não somos profetas, no sentido restrito da palavra, mas somos testemunhas e agentes da vontade de Deus, de Jesus, e desta forma somos chamados a obedecer a vontade e a Palavra do Senhor. Não devemos transgredi-la, nem no mais ínfimo detalhe. Precisamos ser fiéis.
Paulo, por sua vez, diz aos coríntios que não é um negociante da Palavra de Deus. Pelo contrário, enviado por Deus, por Jesus, ele anuncia a Palavra com o coração sincero e como verdadeiro mensageiro de Cristo. Ele denuncia que, já naquela época, havia os que anunciavam a palavra de Deus com o intuito de levar vantagem e receber algo em troca. Ele denuncia que havia pessoas, mensageiras da Palavra, que só queriam o dinheiro ou os bens que recebiam em troca do seu falar. Anunciavam a palavra de Deus, é verdade, mas a motivação era errada e comprometia o testemunho diante das pessoas. Eram pessoa que queriam apenas garantir o salário no final do mês e que forçavam as comunidades a garantir o dinheiro necessário. Paulo critica este tipo de mensageiro e diz que são negociantes da mensagem de Cristo. Ele, porém, tinha a consciência tranquila diante de Deus, pois se empenhava por cuidar de seu testemunho e das pessoas com as quais convivia. Assim, Paulo e Balaão nos ensinam que não basta falar bonito e empenhar-se pela mensagem de Jesus, mas é fundamental que a motivação não seja o dinheiro e os bens que se possa conseguir deste trabalho. Não se pode ser apenas profissional no anunciar da palavra de Deus, mesmo que de alto gabarito. É no silêncio do quarto, ou do coração, que se revelam os verdadeiros sentimentos do mensageiro. O Senhor nos chama, a cada cristã e cristão, a sermos testemunhas de Cristo no viver diário, sem buscar interesses pessoais e vantagens lucrativas. Façamos assim.


Autor(a): P. Luiz Carlos
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: Rio Claro (SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 56935
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Senhor, tu és bom e compassivo, abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Salmo 86.5
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