Reforma, morte e ressurreição

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” 1 Co 15.19

29/10/2012

O tempo de Reforma e Finados é propicio à reflexão sobre a relação entre ambos, por mais que pareçam assuntos, datas, ou temas desconexos.
Num espaço de três dias celebramos a descoberta da liberdade cristã feita por Lutero. O Deus Justo, O Pai Misericordioso, Amoroso que se revelou em Jesus Cristo, do qual nada pode nos separar (Rm 8.31-39). E também lembramos a memória dos nosso/as queridos/as que já faleceram, os quais, viveram na promessa da ressurreição para a vida eterna, assim como nós vivemos.
Sabemos que a morte quando se faz presente em nosso meio deixa marcas profundas. Leva nossos entes-queridos deixando em seu lugar, a dor, saudade, tristeza... enfim, um vazio indescritível que nos assombra diariamente. A certeza que nós carregamos de que um dia vamos morrer, também nos inquieta, e por mais que nós creiamos na promessa da vida eterna, não deixamos de nos preocupar diante da dura realidade da morte.
Talvez a preocupação com a morte e o julgamento, a ameaça do purgatório tenham sido um dos assuntos mais relevantes para Lutero no movimento da Reforma, visto que era uma de suas preocupações pessoais a de agradar a Deus e conseguir perdão e salvação.
A partir da Reforma descobrimos que é impossível agradar a Deus com obras. A pratica da indulgência em nosso tempo se mascara na barganha. Quando alguém se propõe a “ofertar” ou ser “dizimista” para obter algum “favor” de Deus. Mas sabemos que ressurreição não depende de nós, mas sim do amor de Deus; não podemos alcançá-la por meio de negociações ou por que fomos bonzinhos, mas, sim pela vontade de Deus que concede a sua graça àqueles que crêem que seu Filho e nosso Senhor Jesus entregou sua vida por nós, ressuscitando dentre os mortos e vencendo a morte.
Necessitamos, portanto, do amor, da misericórdia e da graça de Deus, para sermos ressuscitados e termos a vida eterna em Cristo. Que, como o dicionário bem define, é ressurgir para uma vida nova, vida em perfeição.pois, morremos por completo e somos ressuscitados por completo.
A partir da Reforma, nos descobrimos pessoas libertas, sujeitas ao senhorio de Jesus Cristo o qual aponta para a vida nova, a ressurreição, da qual Ele é penhor.
Por isso, a partir de nossa fé entendemos, que a Reforma também é morte e ressurreição. “Morte” de um conceito e ressurgir para a liberdade de servir a Deus por amor, por fé e por esperança na vida eterna.
Por isso, permaneçamos firmes nas promessas de Jesus, apesar de este também ser um tempo de saudades e de lembrar a memória, este também é tempo de esperança na ressurreição.
 


Autor(a): Pastor Ademir Trentini/Ibirubá
Âmbito: IECLB / Sinodo: Planalto Rio-Grandense
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 17343
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