Seguir a Cristo!

09/10/2021

 

JESUS CHAMOU OS DISCÍPULOS E A MULTIDÃO. ENTÃO, DISSE: SE ALGUÉM QUISER ACOMPANHAR-ME, NEGUE-SE A SI MESMO, TOME A SUA CRUZ E SIGA-ME. POIS QUEM QUISER SALVAR A SUA VIDA, A PERDERÁ, MAS QUEM PERDER A VIDA POR MINHA CAUSA E PELO EVANGELHO, A SALVARÁ. QUE ADIANTA ALGUÉM GANHAR O MUNDO INTEIRO E PERDER A SUA ALMA? OU, O QUE VOCÊ PODERIA DAR EM TROCA DE SUA ALMA? (MARCOS 8.34-37).

Depois da conversa “a parte” com Pedro, Jesus se volta aos demais presentes e ensina algo essencial: Cuidem para não perder o foco! Como discípulo jamais procure valores ou a glória humana. O caminho do discipulado não é fácil. Ser cristão é ter paz e alegria constantes, mesmo no meio da tormenta. Em seguida, o Mestre aponta ao tripé da vida cristã, que não é uma decisão estática. Sempre de novo é preciso refletir e renová-la.

 NEGAR-SE A SI MESMO,
 TOMAR A CRUZ E
 SEGUIR A JESUS.

Deus nos ama. Cada pessoa aqui é especial aos olhos do Senhor. Cada um tem seu jeito, virtudes e defeitos. Negar-se a si mesmo jamais é desvalorizar-se. Eu amo a Deus, ao outro e a mim mesmo. Negar-se a si mesmo é entender que, de agora em diante, não é mais o que “eu” quero, mas o que “Deus” quer de mim. Por exemplo, eu tive diversos sonhos profissionais, mas com 16 anos recebi o chamado ao ministério. Eu tinha aptidão e meus pais capacidade de me proporcionar qualquer faculdade e profissão. Eu escolhi, pela graça de Deus, a Teologia e hoje sou pastor. Seria, quem sabe, um engenheiro feliz da vida. Mas, de maneira alguma renderia tanto ao Reino de Deus quanto como um pastor. Por isso, estou aqui, servindo com paixão e alegria. Negar-se a si mesmo em busca de algo maior.

Monise se dispôs a assumir a presidência da Comunidade. Ela está com a equipe em formação. Ela poderia ter dito: Tenho marido, duas filhas e meus pais para cuidar. Preciso também tocar minha vida profissional. Mas, Deus me chamou e eu vou dedicar os próximos dois anos na condução da Comunidade. Sei que será bom para minha maturidade e para o desenvolvimento do jeito luterano de ser igreja em Garuva. Negar-se a si mesmo em busca de algo maior.

Falei de chamados e vocações, que todos recebem de Deus. Mas, posso também citar questões bem práticas do dia a dia. De repente a pessoa gosta de uma “birita”, de comida gorda, bem temperada com sal ou de muita sobremesa bem doce. Deus diz: Basta! Cuida mais da tua saúde. Então, deixa de ser o que eu quero. Mas, o que Deus quer. Ou ainda, diante do aparelho de TV, pronto para assistir ao futebol ou à novela, você opta por um filme familiar ou para ler o devocionário junto com a esposa. Ou simplesmente, para tirar um tempo para conversar com a família ou com algum amigo. São atitudes que apontam ao “negar-se a si mesmo”, deixando de lado o egoísmo, observando ao Senhor e às demais pessoas.

Então, passamos ao desafio seguinte dado por Cristo: Tomar a cruz! Porém, precisamos ter um cuidado. A cruz não é minha. É de Cristo. Infelizmente há pobres coitados em todos os cantos, que dizem: Ninguém sabe o que eu sofro em casa ou no trabalho. Faço tudo por eles. Ninguém sabe a dor que eu sinto no corpo e na alma. Ninguém vê o que eu passo. Também, dentro da igreja há aqueles que dizem: Eu me dediquei ou dedico mais do que os outros. O meu filho drogado, o meu marido bêbado, essa doença... É a minha cruz! Deus não tortura ninguém. A cruz é dos romanos. A morte dele, sim, esta é por ti e por mim. Ou seja, “tomar a cruz” é lembrar o que Jesus fez e faz por ti e por mim. É o entendimento de que ele morreu pela humanidade e pelos pecadores. Mas, ao mesmo tempo, é dizer: Morreu por mim! Eu sou pecador e fiquei livre pelo sangue de Jesus. É puxar o foco lá do Gólgota para Garuva no dia de hoje.

Na sequência, aparece outro desafio. “Seguir a Cristo” é dizer que a minha vida ganhou um novo rumo. O caminho é Jesus! Não é mais o que eu quero. Eu compreendi o amor dele na cruz, por isso quero segui-lo hoje e sempre. Além de Salvador, Jesus se torna um padrão de conduta e pensamento. Um jeito de viver! Porém, meu destino não é a cruz. Jesus a carregou por mim. Eu apenas quero viver como ele viveu: Equilíbrio, mansidão, humildade, justiça, firmeza e, acima de tudo, amor, com uma fé ativa a partir do conhecimento de Deus. Para viver como ele viveu, preciso conhece-lo mais e mais. Entender e aceitar é uma caminhada diária, de revelação em revelação, de decisão em decisão. O melhor lugar é comunhão na igreja, sem jamais desmerecer a busca pessoal na oração, devoção e louvor.

Então, hoje é dia de decisão. É urgente, pois dela depende nossa salvação. Não é porque o meu pai e mãe dizem ou porque o pastor quer. Por mim mesmo, preciso reconhecer que sou como Pedro. Às vezes, tenho expectativas erradas. Por isso, preciso negar meus desejos, mirando a cruz e a vontade do Pai em Jesus. Ao aceitar a morte de Cristo por mim, apenas digo: Jesus! Eu quero te seguir. Amém!

Em 1991, Newton Azevedo lançou “Seguir a Cristo”...


 


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Marcos / Capitulo: 8 / Versículo Inicial: 34 / Versículo Final: 37
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 64705
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Muitos bens não nos consolam tanto quanto um coração alegre.
Martim Lutero
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