Sou o melhor?

18/12/2020

 

O escritor russo Isaac Asimov (1920-1992) fez o seguinte relato: Quando estava no exército, fiz meu teste de aptidão, o qual era solicitado a todos os soldados. Onde a média era 100, fiz 160 pontos. Ninguém na base tinha visto tal nota. Durante duas horas, eu fui o centro das atenções. Todavia, no dia seguinte, eu continuava sendo um soldado raso. Durante toda minha vida, consegui excelentes notas. Eu era realmente muito inteligente. Porém, na verdade, será que essas notas não significam apenas que eu sou muito bom para responder um tipo específico de perguntas acadêmicas, consideradas pertinentes pelas pessoas que formularam esses testes de inteligência, os quais provavelmente têm uma habilidade intelectual parecida com a minha? Eis a questão. Eu tenho um amigo que é mecânico. Ele teria dificuldades em passar num teste de conhecimentos. Eu sempre me considerava mais inteligente do que ele. Todavia, quando acontecia alguma coisa com o meu carro, eu o procurava imediatamente. Ele me escutava com atenção. Depois, analisava o carro. Em pouco tempo, a falha era resolvida. Ele jamais me deixou na mão. Agora imagine se os testes de inteligência fossem preparados pelo meu amigo ou por um carpinteiro, agricultor, enfim qualquer outra pessoa que não fosse um acadêmico. Em qualquer desses testes, com certeza eu comprovaria minha total ignorância. A minha inteligência, portanto, não é algo absoluto. Mas, sim algo imposto como tal, por uma pequena parcela da sociedade em que vivo. O testemunho do escritor me fez lembrar das palavras do apóstolo: “Para envergonhar os sábios, Deus escolheu aquilo que o mundo acha que é loucura. Isso quer dizer que ninguém pode ficar orgulhoso, pois sabe que está sendo visto por Deus” (1ª Coríntios 1.27 e 29). Quem sabe para quebrar a lógica humana, Deus se fez criança, nascendo em meio a uma viagem, dentro de uma estrebaria. Antes de julgar ou desprezar seu semelhante muito cuidado!


Autor(a): P. Euclécio Schieck
Âmbito: IECLB / Sinodo: Norte Catarinense / Paróquia: Garuva-SC (Martinho Lutero)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Testamento: Novo / Livro: Coríntios I / Capitulo: 1 / Versículo Inicial: 27 / Versículo Final: 29
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Meditação
ID: 60526
REDE DE RECURSOS
+
A misericórdia de Deus é como o céu, que permanece sempre firme sobre nós. Sob este teto, estamos seguros, onde quer que nos encontremos.
Martim Lutero
© Copyright 2024 - Todos os Direitos Reservados - IECLB - Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil - Portal Luteranos - www.luteranos.com.br