Arrependei-vos e crede no Evangelho, pois o fim está próximo! Jesus breve voltará! Amados irmãos, frases como essas vem sendo repetidas desde o início da igreja Cristã, sempre que a humanidade se encontrava, ao longo dos séculos, em períodos trágicos. Períodos de guerras, pestes e outros eventos que dizimaram milhares de pessoas, a exemplo do que estamos vivendo nessa pandemia de Covid19. Nestes períodos ouvir alguém dizer, “arrependei-vos, crede no evangelho, pois o fim está próximo”, causava temor, provocava reações nas pessoas. E nos nossos dias atuais, amados? Ainda existe algo que nos cause temor? É tanta violência que vemos dia após dia nos noticiários que parece que se tornou uma coisa normal ver milhares de pessoas morrerem em um Tsunami na Ásia, outros milhares de pessoas serem soterradas num terremoto na China, terroristas matando crianças em escolas... E é sempre nesses momentos que aparecem grupos religiosos afirmando: Estão vendo! As profecias do Apocalipse estão se cumprido! O fim está próximo! Os telejornais apresentam reportagem de cientistas, geólogos, ambientalistas e outros especialistas no assunto, que alegam ser o aquecimento global, o degelo das calotas polares, o acomodamento das placas tectônicas no subsolo, causando terremotos e maremotos.
Amados! O objetivo não é questionar se as tragédias que atingiram e ainda atingem a humanidade, são sinais do fim dos tempos, ou simplesmente desastres ambientais causados pelo próprio homem, devido à poluição e exploração desordenada dos recursos ambientais do planeta, mas todos nós estamos inseridos nessa realidade, e conhecemos perfeitamente quais são os riscos que acarretam vivermos aqui. Então a minha pergunta para todos é a seguinte: Nós não conseguimos criar um campo de força ao nosso redor que nos torne imune a tudo que acontece ao nosso meio, nós também estamos expostos as tragédias e as fatalidades da vida, e da próxima vez pode acontecer comigo! E se acontecer? Nós estamos preparados? A nossa lâmpada estará acessa, pois fomos precavidos, semelhante as virgens prudentes e assim poderemos encontrar o noivo, ou nos encontramos sem azeite, deixando, portanto, escapar entre os dedos a oportunidade de participar deste maravilhoso banquete.
Nesta parábola Jesus é o noivo, as virgens são as almas cristãs que, desposadas com Cristo seu único esposo, esperam ser apresentadas a Ele para as bodas celestiais. A vida é um peregrinar que tem como meta o banquete nupcial. O caminho é escuro, e clareado apenas pela frágil luzinha de uma lâmpada, símbolo de uma fé vigilante. Assim também amados irmãos, é o caminho que nos leva as bodas celestiais, estreito, escurecido pelo pecado, mas a nossa humilde luzinha, a fé, ilumina o nosso caminho e nos mantêm vigilantes. No versículo 06, segundo a tradução do Almeida, à meia noite ouviu-se um grito: Eis a noivo! Saí ao seu encontro! Não é metáfora, mas sim a proclamação da chegada do reino de Deus, e quando este grito for ouvido, abalara os homens, principalmente os crentes, acordando-os do estado de sonolência espiritual. Amados, quantos de nós, hoje vivem em estado de sonolência espiritual? Quantos de nós acreditamos que o caminho que leva a Cristo não é tão estreito assim! Pensamos que é suficiente ser membro de uma igreja Cristã, ser batizado, participar regularmente dos cultos, que isso vai manter o nosso vaso de azeite cheio.
Amados é de cortar o coração, quando muitas vezes vemos as pessoas das mais diferentes igrejas vivendo em estado de sonolência espiritual. Muitos mantêm uma vida que não condiz com a verdade do evangelho, interpretam a escritura ao seu bel prazer, não deixam Deus agir nas suas vidas, não permitem que o Espírito Santo os molde, mas sim tentam moldar o Espírito Santo conforme suas vontades humanas e acabam sendo pedra de tropeço para muitos irmãos na fé. Estamos realmente preparados para a hora do grito? – Chegou o noivo! Estar preparado significa sermos construtores da prática da justiça, andar conforme os caminhos do Senhor, manter uma vida condizente com o evangelho, que traduza concretamente o reino de Deus inaugurado por Jesus. Nossa vida é um convite constante a festa da vida, que não termina aqui neste mundo, mas que continuará quando estivermos na presença do Noivo. Amados há promessa de vida para todos e todas que praticam a justiça, ensinada e vivenciada por Jesus. A porta estará aberta ou fechada de acordo com a nossa preparação, pois a morte e a ressurreição de Jesus nos convidam para uma vigilância ativa.
Jesus fez a sua parte, pagou alto preço, derramou seu sangue na cruz para que nós pudéssemos participar desta festa, a nos só cabe o cuidado de não perder o convite, sair ao encontro do noivo e esquecer o azeite. Todas as dez virgens conheciam perfeitamente o noivo, ambas aguardavam ansiosamente a sua chegada, mas para cinco delas ser prudente, estar vigilante fez toda a diferença. Quando as virgens prudentes negam azeite as virgens insensatas não significa que elas não possuíssem compaixão, ou não praticassem a caridade, tema que perpassa todo o evangelho de Mateus, mas sim o que Jesus quer deixar bem claro nesta parábola, é que o momento do encontro com o Esposo, com ele Jesus Cristo, é bem estritamente pessoal, incomunicável, decisivo, onde apenas a fé perseverante estará preparada. As virgens insensatas ainda saem à procura de azeite, acreditando que ainda haveria tempo suficiente para entrar com o noivo para o banquete. É ilusão pensar que se poderá encontrar algum remédio quando já for demasiadamente tarde. Quando elas finalmente chegam, e clamam: Senhor, senhor, abre-nos a porta! Ele responde: Em verdade vos digo que não vos conheço. Já no sermão da montanha Jesus afirmara que daria a mesma resposta àqueles que, embora o chamasse “Senhor, senhor”, e não fizeram à vontade de seu Pai nos céus.
Amados irmãos! O caminho do mundo é largo, convidativo, indica seu caminho com grandes faixas, letreiros luminosos, música alta, oferece todo tipo e prazer, mas esse caminho consome todo o nosso azeite, apagando a nossa lâmpada. Já o caminho que leva ao noivo é estreito, escuro, indicado com pequenas setas, precisamos estar atentos para nos orientarmos por ele, exige renúncias, escolhas prudentes, que manterão nossas vasilhas cheia de azeite e nossas lâmpadas acessas, vigilantes, à espera do noivo, para então entrarmos com ele e participarmos do banquete celestial. Vigiai, portanto, porque não sabeis nem o dia nem a hora. Amém.
