Sínodo da Amazônia



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História da IECLB na Amazônia

 

Foi em Pimenta Bueno, R0, nas barrancas do rio Melgaço, que teve o marco histórico da presença luterana em Rondônia. Em 23 de julho de 1970 quando o P. Joachim Maruhn enviado pela IECLB, celebrou o primeiro culto oficial nesta terra ávida de esperança. As famílias Discher, Häese, Trespadini, Holander, Braun e Simoura, constam na Ata de fundação deste dia histórico, onde a primeira Comunidade luterana da IECLB foi criada em solos rondonienses.

 

Guia-nos Jesus, pela tua luz! Que fiéis a ti sigamos e que em vero amor sirvamos! Leva-nos Senhor, para o teu fulgor.
Dá na provação força ao coração! Que teu fardo carreguemos e jamais desesperemos! Mesmo o amargor leve a ti, Senhor!
Dá-nos tu, Senhor, graça e paz na dor! Que em paciência a suportemos e os aflitos consolemos! Faze-nos vigiar, ao teu Reino olhar!
Tu, Senhor, nos dás vida e plena paz. Mesmo em árdua e rude via nos serás pastor e guia. Faze-nos vencer pelo teu poder!

Nikolaus Ludwig Von Zinzendorf, 1700-1760

Com estas palavras cantadas, o povo luterano celebrou, o primeiro culto com a presença fixa de um Pastor na Rondônia. Esse culto foi celebrado em Espigão do Oeste, no entanto o Pastor Geraldo Schach, residiu inicialmente em Pimenta Bueno, a partir de 1972.
“O primeiro Pastor residente em Pimenta Bueno e que atendia até Cacoal, Espigão do 0este, era um catequista em funções pastorais, o qual deveria dar conta de tudo e de todos. Ele era a pessoa de referência para chorar as saudades, encontrar ânimo quando a malária matava ou derrubava as pessoas.Ou quando o desejo de voltar era enorme, mas os recursos não existiam para tal. O povo acolhia seu pastor com muito carinho”.

Essas palavras do Pastor Geraldo, que para cá veio juntamente com sua esposa Leoni, aceitando assim o desafio da IECLB de acompanhar seus membros, denunciam a dureza dos primeiros anos de trabalho, mas também demonstram a grande vontade de vencer e ter uma vida digna. Também o Pastor Arteno Spellmeier vinha de Porto Alegre - RS, visitar os mesmos e sonhar junto a eles a edificação de comunidades luteranas e encontrar o específico missionário nesta nova terra, para todos, desconhecida. Mais tarde Spellmeier veio residir mais perto, em Cuiabá, MT.

As enormes dificuldades enfrentadas para conseguirem as primeiras plantas, o confronto de culturas, o clima úmido, a certeza de que encontrariam a sua casa – oikos, fez com que centenas de pau-de-arara (caminhões carregados de tudo e todos) viessem em colunas do Estado do Espírito Santo e alguns da região sul, para Rondônia. Não podemos deixar de mencionar que estes 38 anos também não foram somente glórias.

A cidade de Espigão do 0este foi construída em cima de uma aldeia Indígena Suruí. Estes povos tiveram que sumir da região. Eram de fato expulsos para dar lugar aos capixabas, gaúchos, catarinenses, paranaenses... que vinham desbravando a riqueza nos enormes mognos e cerejeiras, a riqueza à flor da terra. E, assim se procedeu. Pensava-se que aquela vastidão de capital nunca acabaria. Pois em suas regiões de origem, a terra já estava devastada e seca, ou ocupada por monocultura do boi, celulose, soja, café...

Neste breve tempo dos quase 38 anos não há mais madeira. Tudo devastado e agora os bois avançando. Mesmo assim, muitas pessoas persistem no cultivo da terra para produzir alimentos tradicionais que aqui se adaptaram ao clima e solo (inhames, carás, mandioca, mamão, banana, café, etc.).
Inúmeras famílias já estão sobrando nesta região, e, estão re-migrando para as fronteiras da devastação brasileira, Buritis, Colniza, Conservan, Apuí,... Parece um ciclo interminável de migrações em busca de terras, mas por outro lado é uma cultura de constantes migrações.

A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil – IECLB, fica muito orgulhosa, e solidariamente sofreu junto com o seu povo e demais povos das mais diferentes confissões religiosas.

Além do sofrimento, angústia, desespero, desânimo e muitas mortes, o povo continuou sua caminhada. Por outro lado, alegria e disposição, força e esperança de seus obreiros e obreiras, tanto junto a constituição de paróquias, trabalhos missionários, como na defesa dos direitos indígenas, assim como projetos de desenvolvimento, são o rosto que a IECLB tem nesta região. A missão da IECLB para a Amazônia era não acompanhar somente “os seus”, mas o povo migrante, formando novas comunidades incrustadas na realidade local. Para isso formou diversas equipes de trabalho em diferentes lugares tendo como principal motivação o Evangelho de Jesus Cristo: salvação integral das pessoas.

As equipes eram formadas por uma enfermeira ou médico (saúde), um técnico agrícola (agricultura) e um pastor ou uma pastora para acompanhar espiritualmente e dar assistência pastoral ás pessoas, anunciando o Evangelho da vida e da paz (Mt 28. 18s).

A construção do Centro Evangélico Ituporanga em Espigão do 0este que acolhia os COR (Cursos de Orientadores Rurais), a aquisição de uma fazenda para a implantação de uma escola agrícola, o projeto vacas na Paróquia de Colorado do 0este, o Projeto de Agricultura em Ariquemes, Rolim de Moura, foram iniciativas de envolvimento das pessoas na condução de sua história, com apoio total de sua Igreja. Muitas parcerias
Ecumênicas foram sendo construídas, destacamos a ação e participação desde o início junto a Pastoral da Terra – CPT, prevalecendo até hoje.

Várias Comunidades e paróquias foram se formando nos últimos anos.


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