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ID: 363

Um Restaurante Luterano no Equador.

Visite Equador e confira essa historia.

26/10/2017

restaurante luterano
escudo riobamba
lagoa de Colta (chimborazo ao fundo)
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Um Restaurante Luterano no Equador.
Visite Equador e confira essa historia.

Em 2014, passando pela cidade de Riobamba, no Equador vimos um Restaurante Luterano. Ficamos curiosos para conhecer as razões desse nome, tão incomum para um restaurante.
Diz a história que entre 1571 e 1575 as colônias espanholas na América Latina fortaleceram a força política da igreja católica romana e a inquisição era uma prática coercitiva para intimidar o avanço do movimento da Reforma. Por isso, o nome “luterano” era um símbolo de horror e de sacrilégio.
Naqueles anos apareceu em Guamote (perto da atual cidade de Riobamba no Equador) um médico alemão ou austríaco chamado Sibelius. Esse estrangeiro chamou a atenção desde o princípio porque – além dos seus cabelos e barba brancos – ele também gostava de coletar flores, plantas e insetos, os quais guardava cuidadosamente dentro de uma caixa. Além disso, ele sempre estava acompanhado de um cachorro e de um cavalo negro que tinha os olhos algo avermelhados. Dizem que Sibelius veio da Europa fugindo de um crime passional contra o seu próprio irmão, que o traía com sua esposa. Em Guamote ele atuava como medico, cuidando das pessoas indígenas e outras pessoas pobres. Por isso, ficou conhecido como “padre blanco”.
Essa veneração que ele inspirava entre os indígenas não foi bem visto pelo sacerdote católico romano local, chamado Horácio Montalvan, que movido pelo ciúme proibiu aos comerciantes que venderem qualquer coisa ao “padre blanco” e proibiu também aos indígenas conversar com ele.
Sibelius ficou muito chateado com a atitude do sacerdote. Como proscrito ele não conseguia comprar pão, leite, vinho, farinha e nem mesmo um copo de água. Esse rechaço da população também afetou muito seu estado de ânimo, tornando-o uma pessoa mal-humorada e sua presença foi se desgastando em Guamote.
Um dia ele entrou num armazém e pediu por pão. A mulher que lhe atendeu exigiu que ele pedisse o pao em nome de Deus. Sibelius se negou a isso e desde então foi considerado pelo padre Horácio como um luterano, isso é uma pessoa que renega a Deus. O padre Montalvan aproveitou essa situação e excomungou a Sibelius e ao mesmo tempo decretou a sua prisão para ser julgado pelo Santo Ofício (assim era chamado o tribunal da Inquisição). A acusação era que Sibelius seria luterano. Durante a prisão o padre Montalvan deu uma bofetada no rosto de Sibelius, que reagiu dizendo: “Ave agoureira… Um dia te cortarei essa mão que levantaste contra mim”. Alguns dias depois, Sibelius conseguiu escapar da prisão e se escondeu nas cavernas da região, arquitetando o plano de sua vingança.
Durante a missa de 29 de junho de 1575, a igreja católica de Riobamba estava abarrotada de fiéis. Era o dia da festa de São Pedro, o padroeiro da cidade. No meio da missa, um homem encapuzado entra silenciosamente na igreja e se dirige ate o altar, exatamente no momento em que o padre Montalvan pretendia consagrar a Eucaristia. Era Sibelius, que puxou uma faca e queria cortar a mão do sacerdote enquanto vociferava: “Nunca mais você vai me ultrajar e nem consagrar com essa mão maldita”.
Algumas pessoas se jogaram em cima do Sibelius, impedindo ele concretizar seu desejo e dois soldados ali presentes puxaram suas espadas e mataram ali mesmo o médico austríaco/alemao, atravessando suas espadas na cabeça do médico.
O presidente da Real Audiência, don Lopez Diez Auz de Armendáriz, ordenou que o cadáver do médico fosse enforcado na praça pública, permanecendo o corpo exposto durante todo o dia. Também ordenou que lhe arrancassem a língua e que ao final do dia fosse incinerado. O rei da Espanha, ficou sabendo do assunto e como recompensa pela fidelidade religiosa do povo de Riobamba elevou o povoado de Riobamba a categoria de vila e decretou que o acontecido fosse imortalizado no escudo da cidade de Riobamba.
No entanto, um grupo de indígenas e as pessoas pobresñ, no dia seguinte a execução, recolheram as suas cinzas. Estas foram colocadas num pote de barro e depois enterradas num buraco bem fundo, na margem do lago de Colta, para que o “padre blanco” jamais lhes abandonasse e que a através da água da lagoa ele continuasse proporcionado vida aos indígenas mais pobres. A montanha ao fundo do lago Colta é o Chimborazo (6267 m de altitude), a montanha mais alta do Equador, que - por causa da curvatura do planeta Terra - também é o ponto mais próximo da Terra ao Sol.


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