Campanha Em comunhão com as viDas das mulheres


História de vida de Zilda Eggers

02/06/2015

 

Nome: Zilda Eggers
 

Tempo de participação na IECLB: desde o Batismo (31.10.1952)
 

Comunidade: Maripá/PR
 

Paróquia: Maripá/PR
 

Sínodo: Sínodo Rio Paraná

 

 

Eu sou Zilda Eggers, fui batizada em Tuparendi/RS, no dia 31 de outubro de 1952. Com 15 anos comecei a frequentar a juventude, onde inclusive cantei no coral. Com 18 anos comecei a namorar e me casei com 19. Meu marido, Hugo Eggers, era professor e diretor da Escola Oswaldo Cruz em Cruzeiro, Santa Rosa/RS. Ali nasceu nossa primeira filha. Casamos em 24 de janeiro de 1959, e em março começou a OASE. Eu recebi um convite para participar e desde então eu faço parte. Eu estava participando há poucos dias e já me convidaram para fazer parte da diretoria. Meu marido sempre me apoiou; algumas vezes, eu não queria assumir cargos, mas ele me incentivava.

Em Carazinho, Hugo foi diretor da Escola Rui Barbosa, e nesta época aconteceram mudanças na nossa Igreja e faltavam pastores. Então começou um curso intensivo, e o Pastor Schlieper nos levou junto à Porto Alegre, e ficamos lá nove meses para o Hugo estudar. Após esse tempo de estudo, fomos enviados para a Paróquia de Maripá, no Paraná, que depois foi desmembrada, formando a nova paróquia de Nova Santa Rosa. Desde então, estou ativa dentro da OASE. Nós assumimos o trabalho do Reencontro de Casais. Lideramos este trabalho durante 16 anos. Eu sempre estive ao lado do Hugo. O trabalho do Reencontro de Casais foi algo que marcou a minha vida. Até hoje amo esse trabalho da nossa Igreja. Amo os casais Reencontristas.

Continuei sempre participando da OASE, como orientadora do núcleo. Quando se formou a V Região Eclesiástica, fui a segunda vice-presidente, depois tesoureira, e assim, durante vários anos, participei da diretoria da OASE em nível sinodal. Nesse período, comecei o trabalho com artesanato em nível de sínodo. Depois fiz esse trabalho nos núcleos e ainda hoje ajudo nas comunidades. Ainda hoje participo ativamente do nosso grupo de OASE local, aqui em Toledo/PR.

Hugo e eu tivemos uma filha (Virlene, que nasceu em Santa Rosa/RS) e quatro filhos (Gerson e Daniel, que nasceram em Santo Ângelo/RS; Tiago e Paulo, que nasceram no Paraná). Tenho oito netos.

A Igreja, para mim, representa tudo em minha vida. Minha fé está baseada no Senhor, e faço tudo por amor. Eu me sinto bem dentro da minha Igreja. É uma das coisas que sempre valorizo muito, porque a minha Igreja sempre me deu apoio. Desde que me conheço por gente, participo das atividades da Igreja: ensino confirmatório, de que eu gostava muito, juventude... Quando Hugo e eu nos casamos, no primeiro dia em nossa casa, ele disse: “Nós vamos começar com Jesus!” Assim, sempre que nos sentávamos à mesa para comer, orávamos. Mantenho esse costume até hoje; à minha mesa não se come sem primeiro fazer a oração. Então, a minha Igreja é tudo para mim. Se eu não tivesse esse apoio que tenho da OASE, não sei se teria sobrevivido nesta minha viuvez. É por causa desse apoio que estou sempre feliz e alegre, sempre participando e fazendo artesanato. Onde posso, e na medida do possível, estou ajudando, pois a gente já não tem mais 20 anos. Mas eu sempre digo que vou ajudar até quando Deus me permitir. Vou ajudar dentro da minha comunidade, onde me sinto bem. E sempre tive apoio dos meus pastores. Quantas vezes fui pedir ajuda e vocês não me abandonaram! Também o Pastor Nilo, nosso Sinodal, nos ajudou muito quando o Hugo ficou doente.

Em 2008, fiquei viúva, mas continuo sempre buscando fortalecer a minha fé, nos cultos, nos estudos bíblicos, nos grupos de famílias que temos aqui nos bairros. Participo em tudo. Tudo isso fortalece a minha fé, porque eu preciso sempre pegar de novo da água viva.

Lembro-me de vários momentos marcantes em minha vida. Um dos mais importantes foi o nascimento dos filhos, porque nós queríamos muito. Outro foi quando ganhei um convite especial para participar de Congresso da OASE e lá recebi uma homenagem. Por isso eu não esperava, e chorei muito. Lembro-me de que, quando cheguei em casa, liguei para o meu filho, Tiago, que me disse: “Mãe, tu viste quanta coisa boa vocês dois fizeram? A recompensa está aí! Deus nunca abandonou vocês!”

O nascimento do primeiro neto também me marcou muito. Foi uma alegria para toda a nossa família. Depois nasceu a neta, e foi muito bacana.

Hoje se está dando mais espaço e importância para a mulher na Igreja. Mas nem sempre foi assim. No começo, quando eu me casei, ainda não era assim. Somente com os anos isso foi mudando, e a mulher foi conseguindo mais espaço, inclusive podendo estudar para ser pastora.

Como palavra final, quero incentivar as mulheres mais novas a participarem dos grupos de senhoras, a participarem da OASE, pois isso faz bem. A gente cresce na fé e cresce como pessoa, como mulher. Quanta coisa se aprende nesses grupos... Eu agradeço a Deus pela oportunidade que tive dentro do grupo de OASE, pois lá foi onde mais cresci como mulher e também como cristã. Foi lá que eu mais aprendi a Palavra.

Hugo e eu acumulamos muita experiência de vida no período em que ele exerceu o pastorado. Na medida do possível, sempre trabalhamos juntos. Enquanto ele dava o Ensino Confirmatório, eu ensinava artesanato ou lia um livro para as mulheres dos grupos de OASE. Ao todo, eram oito grupos na Paróquia. Nós cantávamos, fazíamos brincadeiras ou uma gincana bíblica... O Hugo fazia um estudo bíblico com elas. Às vezes, numa semana eu ia a três lugares diferentes com o Hugo.

Participei sempre de todos os congressos e das diretorias da OASE em todos os níveis, tanto no núcleo quanto no Sínodo. Atualmente ainda recebo convites para participar, mas agora não quero mais. Agora vou trabalhar na minha comunidade, mas sem o compromisso com cargos, e vou fazer o que posso, o que sei, o que amo. Fazer visitas é uma das coisas de que eu mais gosto, principalmente visitas aos mais carentes. Durante as visitas, nós cantamos e levamos uma mensagem bíblica. Às vezes eu não acho palavras, mas Deus me dá. Eu sempre peço sua ajuda para poder falar o que é certo. Enquanto eu puder, darei apoio.

Gosto de cantar sempre: “A minha fé e o meu amor, estão firmados no Senhor”.


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