Quaresma - Tríduo Pascal - Tempo Pascal



ID: 2656

Mateus 4.1-11 - 1º Domingo na Quaresma - 01/03/2020

Caderno de Cultos 2020 - Sínodo Mato Grosso

01/03/2020

01/03/2020 – 1º Domingo na Quaresma
Pregação: Mateus 4.1-11; Leituras: Gênesis 2.15-17; 3.1-7; Salmo 32; Romanos 5.12-19
P. em. Raul Wagner – Paróquia Lucas do Rio Verde – MT


LITURGIA DE ABERTURA

ACOLHIDA
Bom dia!
Acolho a todas e todos os membros desta Comunidade, com o lema para esta semana, conforme o Evangelho de Mateus 4.4: “Jesus respondeu ao tentador: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus”. Que possamos servir a Deus neste culto honrando a sua Palavra.

Acolher os/as visitantes

CANTO DE ENTRADA
20 – LCI – Jesus, em tua presença

Ou: Nº ____________________________________________________

SAUDAÇÃO
Neste culto Deus está presente. Portanto, como comunidade cristã nos reunimos em nome do Trino Deus: Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.

CANTOS DE INVOCAÇÃO
29 – LCI – Senhor, tu nos chamaste

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE PECADOS
Santo Deus. Tua palavra está em nossa frente como um espelho que nos revela quem somos, desde os tempos antigos até os nossos dias. A tua palavra também nos desafia a reconhecermos que temos andado em caminhos errados e carecemos de teu perdão. Que temos negligenciado o testemunho de teu amor e socorro a outras pessoas. Tu nos revelas em tua Palavra também o perdão misericordioso e teu amor infinito. Por isso pedimos, perdoa-nos, Senhor, o nosso pecado e confessamos que dele nos arrependemos. Amém.

ANÚNCIO DO PERDÃO
Ouçam esta palavra do salmista que diz: “Ó Deus, eu te louvo porque me escutaste e me deste a vitória”. Quem em humildade confessa seus pecados experimenta o perdão de nosso Deus. Assim, todos aqueles e aquelas que com coração sincero se voltam para Deus, e reconhecem os seus pecados, vos anuncio o perdão. Em nome do Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
KYRIE
Deus diariamente nos revela o seu poder, o seu amor e a sua misericórdia a nós e ao mundo inteiro. Pessoas são transformadas pelo cuidado de Deus. Vivemos tempos difíceis onde pessoas não se sentem seguras em seus países, em suas cidades e até em seus bairros. Isto causa sofrimento e dor. Nos sentimos impotentes diante da imensidão de dificuldades que o mundo sofre.


Queremos neste momento clamar, para que Deus tenha misericórdia da sua criação. Cantemos juntos: Pelas dores deste mundo, ó Senhor....

GLÓRIA IN EXCELSIS
Deus ouve o clamor do seu povo. Deus não nos deixa sozinhos com nossas inquietações, com nossas dores. Ele se compadece de nós de tal forma que padeceu na cruz para dar vida e esperança aqueles que nele creem. Por isso, louvemos ao nosso Deus cantando Glória.
74 – LCI – Tua é a glória

ORAÇÃO DO DIA
Deus, nosso Pai, reunidos em culto como Comunidade, queremos te reverenciar como nosso único Senhor. Aquele que enviou o seu único Filho para estar entre nós, ensinar as tuas verdades e princípios e que realizou a tua obra salvadora, te bendizemos. Ele venceu o poder do mal e temos a certeza de que ele virá e atrairá todos a si mesmo. Que jamais percamos a esperança da vida eterna e que juntos estaremos na eternidade. Por isso, permanece conosco neste culto que a ti servimos. Amém.

LITURGIA DA PALAVRA

LEITURAS BÍBLICAS
1ª Leitura Bíblica:
Gênesis 2.15-17; 3.1-7
Jesus respondeu ao tentador: Está escrito: Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus. Mateus 4.4
Cor litúrgica: violeta


2ª Leitura Bíblica
Salmo 32

3ª Leitura Bíblica
Romanos 5.12-19


CÂNTICO INTERMEDIÁRIO
155 – LCI – Deus é meu amparo

Ou: Nº ____________________________________________________

PREGAÇÃO
Texto da Pregação
Mateus 4.1-11

Queridos irmãos e queridas irmãs na fé!
Quando abrimos o Evangelho de Mateus percebemos como o seu autor detalha a vida de Jesus. Sua narrativa inicia nos seus antepassados desde Abraão, o escolhido para iniciar a existência do povo judeu. Faz a pausa e nos pinta todo um quadro realista da situação de José e Maria, o nascimento de seu filho Jesus. A visita dos reis magos, a necessidade da fuga para o Egito e o retorno após o tempo da matança dos inocentes.


Surge então um novo personagem, João Batista. Homem simples pregando as verdades do Reino de Deus, dando testemunho de quem viria depois dele. Este é Jesus, que vai ao encontro de João Batista e é por ele batizado. E em cada episódio é acrescentada a intervenção de Deus em favor de Jesus.

Jesus tem neste tempo cerca de trinta anos. Por outros relatos, somos informados de que seu pai, José, é carpinteiro e com ele aprendeu o ofício, como era comum nas famílias judaicas. Aos oito anos é levado ao Templo de Jerusalém onde tem um encontro com os mestres da lei e com eles discute de igual para igual. É disciplinado por sua mãe, quando depois de três dias, o encontra no Templo, pois deveria ter ido com eles, depois das festas, para casa. Tem irmãos e irmãs, também primo.

O evangelista Lucas resume de forma muito simples o crescimento de Jesus em 2.2: “Crescia Jesus em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e dos homens”.

Nosso texto vai falar de uma prova pela qual Jesus precisa enfrentar. Provas sempre causam um certo arrepio. Seja quando precisamos fazer provas nas disciplinas escolares, seja no exame do Ensino Confirmatório. Minha grande preocupação foi fazer o exame de admissão depois da 5ª série para ser aprovado ao curso ginasial. Hoje o pavor é o Enem ou o vestibular.

Bem, Jesus veio a este mundo para salvar a humanidade e antes de iniciar seu ministério precisa ser provado. Se falhar, a obra de salvação construída por Deus, não se concretizaria. Se fosse aprovado, assumiria o ministério proposto por Deus a ele. Para se preparar para esta prova, precisa jejuar por 40 dias e 40 noites no deserto.

Olhemos o quadro pintado por Mateus. Jesus ao ser batizado é glorificado por Deus. Imaginem a cena. Jesus dentro das águas, o céu se abre e o Espírito de Deus vem descendo, como uma pomba sobre ele e se ouve uma voz, vinda dos céus, que diz: Este é o meu Filho, em quem me comprazo, em quem me realizo. E então é Jesus levado, pelo mesmo Espírito, ao deserto. Devemos aqui aprender uma lição muito importante: após uma grande realização, um apogeu, acontece uma queda.

O deserto é um lugar escaldante durante o dia e gelado a noite. Não tem água nem comida. Lá ele está só, por 40 dias e 40 noites. Quero que você se imagine num lugar sem nada. (Dar um tempo) O que você faria? (Dar um tempo) Esta foi a forma que Deus encontrou para preparar Jesus para a prova que definiria o sucesso da salvação de toda a humanidade.

Quero lembrar um personagem, o profeta Elias que havia enfrentado e derrotado os profetas de Baal. Com uma extraordinária coragem, Elias enfrentou e derrotou os 450 profetas de Baal no Monte Carmelo (I Reis 18.17-40). Foi um momento muito importante e um grande testemunho dado por Elias. Um momento de apogeu. Mas, a rainha soube do que aconteceu e ameaçou matá-lo. O que faz Elias? Foge para o deserto e se esconde, com medo de vir a ser morto. Fracasso total de seu ministério. Não enfrenta o último inimigo.

Ao final dos 40 dias e noites Jesus teve fome. Não há nada mais desumano que deixar alguém passar fome. É o momento em que o instinto de sobrevivência fala mais alto e o ser humano é capaz de qualquer coisa para poder se alimentar. Se prostitui, rouba, mata, negando assim a própria existência de Deus. É o momento mais delicado para se tomar decisões. É o momento do ataque do mais forte sobre o mais fraco. É o momento da tentação. E o diabo sabe disso e conhecendo o propósito de Deus faz de tudo para impedir que Jesus seja aprovado.

O tempo de Jesus no deserto o faz se preparar para a realização de seu ministério. Deve ter havido muita oração. Muita rememoração das verdades de Deus. O diabo de longe o devia estar espreitando, esperando o momento do bote, como ocorreu no Jardim do Éden.

O diabo lança o seu desafio em três frentes. A primeira, a mais imediata, é saciar a fome pela qual passa Jesus. O diabo usa de palavras nobres e verdadeiras e coloca uma pitada de dúvida: Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães. O diabo sabe que Jesus tem poder, que ele pode fazer qualquer coisa como Filho de Deus. Por isso lançou a isca. E Jesus não mordeu a isca.

Em nenhum momento Jesus usou de seus poderes em seu próprio benefício. Uma grande lição para nós cristãos. Recebemos de Deus dons. O dom é dado pelo Espírito Santo para ser usado em benefício dos outros. Se o uso em meu próprio benefício, me torno uma pessoa egoísta e pessoas egoístas não tem lugar no reino de Deus. O dom é dado para servir ao próximo.

Outro aspecto importante é a respeito do pão. A fome pede que seja saciada. Quando Jesus ensina a orar com as palavras do Pai Nosso, o pedido pelo pão diário está presente e ele representa o atendimento de todas as nossas necessidades. O último momento de Jesus com os apóstolos é o momento do pão partilhado. Jesus tinha o poder de dar de comer ao mundo todo e teria muitos seguidores. Seria uma grande oportunidade para subornar os seres humanos em seu favor. Não foi este o propósito pelo qual veio. Veio para chamar a todos a uma vida de bênçãos e não de favores.

Por isso Jesus responde que “não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que procede da boca de Deus”. Jesus responde com a Palavra de Deus que se encontra em Deuteronômio 8.3: Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te sustentou com o maná que tu não conheceste, nem teus pais o conheceram, para te dar a entender que não só de pão viverá o homem, mas de tudo que procede da boca do Senhor, disso viverá o homem.

O diabo usa então de uma outra tática. Leva Jesus sobre o ponto mais alto do Templo e que estava construído no ponto mais alto de Jerusalém, o Monte Sião. Sua fala é igual a da primeira: “Se és Filho de Deus atira-te abaixo, porque está escrito”. Como Jesus respondera com a Palavra de Deus na primeira tentação, o diabo também a usa, conforme está no Salmo 91.11 e 12: “Porque aos seus anjos dará ordens a teu respeito, para que guardem em todos os teus caminhos. Eles te sustentarão nas suas mãos, para não tropeçares nalguma pedra”.

Se Jesus tivesse aceito o desafio, teria sido algo extraordinário: ver os anjos o sustentando. Teria tido muitos admiradores. Porém, coisas extraordinárias, repetidas, logo cansam e precisam ser criadas outras maneiras de gerar novas coisas extraordinárias. Até não conseguir mais se auto manter e perderia seus seguidores. Um trabalho evangelizador que se fundamenta em coisas extraordinárias está fadado ao fracasso desde o seu nascedouro.

Jesus responde novamente com a Palavra de Deus que se encontra em Deuteronômio 6.16: “Não tentarás o Senhor teu Deus, como o tentaste em Massá”. Não há nenhum sentido em se provar Deus para ver até onde vai o seu agir. É muito errado pôr-se a si mesmo em perigo, sem nenhuma necessidade e esperar que Deus venha em seu auxílio. Deus espera que qualquer pessoa aceite riscos quando se trata de ser fiel no cumprimento de suas ordens, porém não que alguém busque correr riscos para enaltecer a si mesmo, pelo simples sensacionalismo.

O socorro de Deus não é um poder com o qual se pode brincar e experimentar, é algo que ao longo de nossas vidas diárias deve ser experimentado pela fé. Jesus recusou o caminho do sensacionalismo.

O diabo tenta então o seu maior trunfo. Jesus havia vindo ao mundo para o salvar e na mente do diabo apareceu a imagem de todo o mundo e diz a Jesus, usando palavras do Salmo 2 que narra como seria o reinado do ungido de Deus. Citou o versículo 8: “Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e as extremidades da terra por tua possessão”. O diabo se coloca no lugar de Deus. Aqui o motivo do tentador consistia em comprometer a pureza do evangelho, em vez de apresentar as exigências de Deus ao mundo caído. Sua proposta é ser adorado no lugar de Deus, dividindo com Jesus sua autoridade. Ora, todos nós sabemos que quem faz tal proposta, na verdade quer e vai mandar sozinho em tudo.

Jesus imediatamente lhe responde a partir de Deuteronômio 6.13, dizendo: “Ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele darás culto”. Jesus sabia, que para derrotar o mal, não poderia em momento algum, lhe dar qualquer concessão. A partir desse momento ficou estabelecido o caráter insubordinável da fé cristã. Também hoje o cristianismo não pode descer ao nível do mundo. Nossa tarefa não é levar o mundo ao inferno, mas testemunhar a todas as pessoas para que sejam resgatas do mundo caído.

A escolha de Jesus foi clara: não para os benefícios do poder e sim a escolha de passar pela cruz para que tu e eu fossemos resgatados da morte eterna. Seja forte como Jesus o foi. O diabo o tentou com as palavras da Escritura Sagrada, mas Jesus pode ser forte como ser humano, porque conhecia o autor das verdades eternas. Seja um seguidor de Jesus e estude todos os dias a Palavra de Deus e serás uma testemunha, não do teu poder, mas do poder de Deus. Amém.

HINO
152 – LCI – Pela Palavra de Deus

Ou: Nº ____________________________________________________

CONFISSÃO DE FÉ
Em resposta à Palavra, confessemos a nossa fé com as palavras do Credo Apostólico:
Creio em Deus Pai, ...

CANTO PÓS CONFISSÃO (proceder motivação e o recolhimento das ofertas)
495 – LCI – Se Deus está comigo

Ou: Nº ____________________________________________________

ORAÇÃO DE INTERCESSÃO
Motivos de Oração:
1. Aniversariantes
2._______________________________________________________
3._______________________________________________________
4._______________________________________________________
5._______________________________________________________
6._______________________________________________________

Senhor, Deus, nosso Pai. Tu que és o único Senhor a quem devemos obediência. Como é bom termos a liberdade em poder ouvir a tua Palavra e fazer nossa vida ser orientada por teus ensinamentos. Somos consolados por saber que teu Filho passou também por situações de tentação e as venceu. Hoje nos alegramos em podermos estar reunidos com toda a comunidade de fé e juntos podermos nos consolar, orientar e fortalecer. Queremos interceder por nossos governantes para que tenham o discernimento de que estão a cumprir um mandato por nós delegado e que por isso devem agir em favor do povo, a partir de tua vontade. Intercedemos também pelas lideranças de nossa Igreja, Sínodo, Paróquia, Comunidade e Departamentos, para que todos e todas pratiquem os seus dons a serviço dos irmãos e irmãs em Cristo Jesus.
Também queremos colocar em tuas mãos... (colocar as intercessões comunitárias)


Te agradecemos porque tens sempre os ouvidos abertos e um coração misericordioso em favor de todos os que confessam e vivenciam a fé em ti. Por isso, juntos, queremos orar a oração que teu Filho Jesus assim nos ensinou...

PAI NOSSO
Pai nosso ...

LITURGIA DE DESPEDIDA

AVISOS
Próximo Culto: ___/___/______ às ___:___ h.
Oferta último Culto: R$ _________ - destinada para ...
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BÊNÇÃO
O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti; o Senhor sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz. Que assim te abençoe o Trino Deus: Pai + Filho + Espírito Santo. Amém.

ENVIO
Irmãs e irmãos vão em paz e sirvam ao Senhor. Amém.

CANTO FINAL
289 – LCI – Bênção da Irlanda

Ou: Nº ____________________________________________________
 


Autor(a): P. Raul Wagner
Âmbito: IECLB / Sinodo: Mato Grosso
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Natureza do Domingo: Quaresma
Perfil do Domingo: 1º Domingo na Quaresma
Testamento: Novo / Livro: Mateus / Capitulo: 4 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 11
Título da publicação: Caderno de Cultos - Sínodo Mato Grosso / Ano: 2020
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 55079

AÇÃO CONJUNTA
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A Palavra bem pode existir sem a Igreja, mas a Igreja não existe sem a Palavra.
Martim Lutero
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Martim Lutero
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