Vida Celebrativa - Ano Eclesiástico


ID: 2654

Jesus: Que Rei é este? - Marcos 11.1-11 - Prédica Domingo de Ramos - Santo André/SP - 10/04/2022

Em tempos de COVID

10/04/2022

Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD.
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD.
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD.
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD. (Pregação)
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD.
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD. (Leitura da Palavra)
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD.
Culto Domingo de Ramos - Paróquia do ABCD. (Santa Ceia)
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Que a graça e a paz de Jesus Cristo, o amor de Deus o Pai e a comunhão no Espírito Santo estejam conosco. Amém!

O texto bíblico relata sobre a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, lugar onde mais tarde ele foi traído por Judas, na quinta-feira, condenado e crucificado, na sexta-feira, e foi ressuscitado, no domingo.

O evangelista narra a história de que Jesus e alguns de seus seguidores estavam próximos a Jerusalém. Jesus envia dois de seus seguidores à frente com a seguinte tarefa: buscar um jumentinho que nunca havia sido montado. Isso significa que o jumentinho ainda não havia sido domesticado, ensinado. Seria a primeira vez que alguém iria montá-lo. Os discípulos seguiram a ordem de Jesus e foram buscar o jumentinho. De fato, ao chegarem lá, encontraram um jumentinho preso, novinho, amarado ao lado de fora, na rua. Quem sabe, ele estava arisco, espantado, agitado. Quando soltam o jumentinho, algumas pessoas que presenciaram aquilo questionaram a atitude daqueles discípulos, perguntando: “Por que vocês estão soltando o jumentinho?” (Marcos 11.5).

Eles não sabiam, porém, que esse jumentinho seria mais uma das grandes pregações de Jesus a respeito do seu reinado. Os discípulos responderam que o mestre solicitava aquele jumentinho para uma missão. Foram autorizados! E o jumentinho foi levado até Jesus. Nada de sela, nem qualquer outro conforto, a não ser algumas vestes, panos ou lençóis que foram colocados em cima do jumentinho para Jesus sentar-se. Jesus, o filho de Deus, divino e humano, gente como a gente, vestindo-se de humildade, compaixão e humanidade, sentou-se naquele simples e inocente jumentinho. Muitas pessoas, de pés no chão, sobre o descaso de autoridades da época, esperançosamente, clamavam com suas vozes desafinadas pelas injustiças: “HOSANA! Bendito o que vem em nome do Senhor! Bendito o reino que vem, o reino de Davi! Hosana, nas maiores alturas.” (Marcos 11.9).

A esperança somada à expectativa era grande! Esperava-se um milagre extraordinariamente maravilhoso. O Reinado de Cristo era aguardado por muitos, mas compreendido por poucos, de tal modo que alguns faziam pedidos incompatíveis com aquilo que Jesus pregava e ensinava: “Senhor, nos permita que, na tua glória, nos assentemos um à tua direita e outro a tua esquerda.” (Marcos 10.37). A esperança e a expectativa humana passaram distantes daquilo que era à vontade Deus em Cristo. Talvez, a expectativa dos fariseus e dos mestres da lei era que Jesus os aplaudisse, de pé, pelo severo cumprimento do mandamento de guardar o sábado, de não colher espigas/alimento mesmo quando pessoas ao lado estavam famintas. Talvez, a  expectativa dos saduceus (aqueles responsáveis pelo templo) era de que Jesus os elogiasse pelo cuidado e zelo para com o espaço culto, ignorando a corrupção que eles faziam na casa de Deus. Talvez, a expectativa daquela multidão de pessoas que gritavam HOSANA era que Jesus viesse montado em um enorme cavalo, demonstrado força, poder, guerra, brutalidade.

O Reinado de Cristo, no entanto, está alicerçado no serviço humilde que coopera em favor da vida (Marcos 10.45; João 10.10). Que supera leis humanas e coloca acima delas a dignidade humana, como assim ele o fez ao deixar seus discípulos colherem espigas em um dia santo (Marcos 2.23). O Reinado de Cristo é um testemunho profético de que Deus não autoriza nem se alegra com a corrupção dentro e fora do templo, como assim ele pregou ao derrubar a mesa dos cambistas (aqueles negociavam desonestamente no templo - Marcos 11.15). O Reinado de Jesus não é um reinado de vanglória, de exaltação, de achismos, de engrandecimento, mas é um reinado onde aqueles e aquelas que querem ser grandes neste Reino devem ser humildes servos e servas de todas as pessoas e servidores e servidoras de todas as coisas.

Jesus: Que Rei é este? Ou melhor, Jesus: que Servo é este? Ainda hoje, pelo poder do Espírito Santo, essa pergunta ecoa em nossos corações e nos leva a outras perguntas: “Onde experimento sinais de tal Reino? Como posso ser protagonista desse Reino?” Ora, esse Reino é revelado a nós quando nós servimos as pessoas com gratidão a Deus, porque tudo o que temos e somos vem d’Ele. Esse Reino é revelado a nós quando nós somos capazes de reconhecer no garçom ou na garçonete (aquele ou aquela que nos serve no almoço ou no jantar), no ou na gari (aquele e aquela que limpa a nossa cidade, seja diante do sol ou da chuva, calor ou frio), nos professores ou nas professoras (representantes de Deus no ensino), nos profissionais da saúde (aqueles e aquelas que possibilitam aos pulmões degradados pela COVID-19 o ar da vida novamente, da ressurreição), dentre tantos outras pessoas a imagem e semelhança de Deus. E, por isso, nos cabe a tarefa de preservar a dignidade dessas pessoas, as valorizando, as acolhendo e, se necessário, intervindo quando reis montados em seus cavalos de guerra poupam essas e tantas outras pessoas do trabalho, da educação e da saúde digna.

Jesus: que Reino é este que pregas? É um Reinado justo, ético, igualitário, que não usa espadas, armas, nem a violência verbal e física, que não anula a dignidade de ninguém e não poupa ninguém de nada, nem crianças nem idosos, nem pobres nem ricos. É um Reinado que nos deixa famintos e esperançosos com a sua vinda plena diante do reinado humano que é tão falho e pecador. Que a nossa expectativa seja compatível com aquilo que Jesus prega e ensina. Que ela não seja sedentária, mas ativa no verdadeiro serviço de amor a Deus e as pessoas, assim como o Cristo doou-se na Cruz do Calvário por todas aquelas pessoas que gritaram “HOSANA” (no Domingo de Ramos), mas, posteriormente, gritaram: “CRUCIFICAM-NO (na Sexta-Feira Santa).

Que a Paz de Deus, que excede todo e qualquer entendimento humano, guarde as nossas mentes e os nossos corações em Cristo Jesus. Amém!
 

Ministro Candidato ao Ministério Pastoral Gustavo Mundt Klug

Dialeto: Português
Autor(a): Candidato ao Ministério Pastoral Gustavo Mundt Klug
Âmbito: IECLB / Sinodo: Sudeste / Paróquia: ABCD (Santo André-SP)
Área: Confessionalidade / Nível: Confessionalidade - Prédicas e Meditações
Área: Celebração / Nível: Celebração - Ano Eclesiástico / Subnível: Celebração - Ano Eclesiástico - Ciclo da Páscoa
Área: Ministério / Nível: Ministério - Habilitação
Testamento: Novo / Livro: Marcos / Capitulo: 11 / Versículo Inicial: 1 / Versículo Final: 11
Natureza do Texto: Pregação/meditação
Perfil do Texto: Prédica
ID: 66720

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